Abordagem dos profissionais de saúde em instituições hospitalares a crianças e adolescentes vítimas de violência (original) (raw)
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Notificação da violência contra crianças e adolescentes por profissionais de saúde
Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, 2017
RESUMO Objetivo: Descrever as notificações de violência contra as crianças e adolescentes na 19ª Região de Saúde de Brejo Santo, Ceará, Brasil. Método: Estudo transversal. Foram consideradas todas as notificações de violência contra crianças e adolescentes contidas no Sistema de Informação de Agravos de Noti ficação (SINAN), entre 2010 e 2014. Foram consideradas as variáveis: sexo, faixa etária, raça, local de ocorrência, reincidência, relação com a vítima e tipo de violência. Os dados foram extraídos e apresentados em tabelas na forma de frequência absoluta e percentual. Resultados: No período estudado, foram registradas 40 notificações de violência contra crianças e adolescentes nos municípios da 19ª Região de Saúde de Brejo Santo, o que representa 53,3% do total de 75 atendimentos. Houve aumento das notificações de quase 1.050%, passando de 3 notificações, em 2010, para 23 notificações, em 2014. A violência psicológica-moral teve o maior número de notificações. Em relação ao sexo, prevaleceu a violência moral/psicológica (59%) e a sexual (100%) no feminino, e a violência física (46,1%) e a negligência (100%) no sexo masculino. Conclusão: Houve um aumento significativo no número de notificações, o que deu visibilidade ao problema. Tal fato demonstra uma necessidade de constante qualificação dos profissionais que participam no processo de atendimento às pessoas que sofreram ou que vivem em situações de violência e a importância do preenchimento efetivo e padronizado das fichas de notificações, pois as informações obtidas pelo seu preenchimento, além de dar visibilidade ao problema, são essenciais para a elaboração de políticas de atendimento consistentes e comprometidas com a realidade da infância vitimada. Palavras-chave: maus-tratos infantis; violência; criança; defesa da criança e do adolescente.
2015
Este trabalho apresenta o relato de uma pesquisa participante desenvolvida com profissionais de saude em um Hospital Infantil. Tem como objetivo identificar as contribuicoes dessa metodologia para a integracao das diversas atividades desenvolvidas pelos diferentes profissionais quando do atendimento a crianca vitima de violencia. Adotou-se a metodologia participante para propiciar uma aprendizagem coletiva e comprometida. Este enfoque visou, ainda, promover a integracao interdisciplinar para facilitar a pratica de procedimentos implicados e ajustados a situacao atendida, as politicas publicas e a realidade do hospital. Formou-se um grupo de discussao onde os profissionais identificaram as dificuldades do trabalho, refletiram sobre as implicacoes de cunho ideologico, cultural e psicologico que interferem nas suas praticas. Como resultado, elaboraram um esboco de protocolo de atendimento com a descricao das acoes que cada profissional deveria realizar. Concluiram que os encontros prec...
Moysés, que permitiu que meu sonho se tornasse realidade. Mais do que acreditar em mim, esteve presente em todos os momentos. Obrigada professora! À minha querida amiga, Profa. Dra. Cecilia de Azevedo Lima Collares, pela gentileza, atenção e todo conhecimento que compartilhou comigo ao longo desse caminho. Obrigada professora! Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram… Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim. Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para SEMPRE!
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 2016
O artigo analisa a atenção à saúde de crianças e adolescentes em situação de violência sexual (VS) na rede pública municipal de saúde de quatro capitais brasileiras – Porto Alegre (RS), Belém (PA), Fortaleza (CE) e Campo Grande (MS) –, enfocando a disponibilidade de serviços e a oferta de atendimentos, tais como a anticoncepção de emergência hormonal (AEH), profilaxias para doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e interrupção legal da gravidez (ILG). O método de estudo de casos foi conduzido por entrevistas semiestruturadas, com vinte gestores e técnicos do nível central, representantes das secretarias municipais de saúde, e de análise documental. A atenção é desigual entre as capitais. Considerando-se a alta demanda, há baixa oferta de serviços em três delas. Os atendimentos especializados, como AEH e ILG, encontram resistências dos profissionais e setores religiosos. Destacam-se inovações de dois Centros Integrados de Atenção e de um Centro de Atenção Psicossocial Pós-Trauma.
Revista de Atenção à Saúde
Introdução: a violência destaca-se pelo impacto e ameaça à vida; tem merecido lugar de destaque entre as preocupações cotidianas, gerando necessidade de atençaõ e políticas públicas. Objetivo: caracterizar os impactos à saúde bucal de crianças e adolescentes vítimas de violência na cidade de Belém do Pará, Brasil. Materiais e Métodos: A amostra foi de 129 participantes atendidos no Pró-Paz Integrado do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. O exame clínico foi realizado individualmente em sala específica do Pró-Paz. Foi utilizada ficha de coleta validada com questões de identificação, condições da violência e avaliação da saúde bucal utilizando o índice CPO-D/ceo-d. Resultados: a maior parte da amostra sofreu violência sexual (89,9%), o estupro foi o principal subtipo encontrado (50,4%) e a penetração vaginal foi a mais prevalente (51%). O CPO-D médio dos analisados foi de 2,5. Observou-se a formação de três grupos com perfis para os episódios de violência. Crianças de 2-6 an...
Profissionais de saúde e violência intrafamiliar contra a criança e adolescente
Acta Paulista de Enfermagem, 2009
OBJETIVO: Compreender o modo como os profissionais de saúde abordam as situações envolvidas na violência intrafamiliar contra a criança e o adolescente. MÉTODOS: Pesquisa de natureza qualitativo, na modalidade de estudo de caso, realizado com 30 profissionais de saúde. RESULTADOS: Os profissionais mostraram-se preocupados com a falta de resolução dos problemas. Revelaram que as medidas empreendidas priorizam a punição em lugar do atendimento e que a estrutura de trabalho não lhes permitia expor seus sentimentos e reações e com eles lidar. O modo de abordar as famílias que já vivenciaram violência pode configurar um ato violento para com estas. CONCLUSÃO: A maneira como é realizada a maioria das abordagens em casos de violência contra a criança e o adolescente reflete a falta de integração entre os profissionais e os diversos setores.
Brazilian Journal of Development
Objetivo: O estudo busca entender a percepção dos profissionais das Unidades de Saúde da Família (USF) acerca da violência contra a criança e o adolescente e a forma de atuação na prevenção e combate, bem como as dificuldades enfrentadas. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa por meio de entrevista nas USF de Santana do Ipanema-AL com profissionais da saúde, com vínculo de ensino médio e de ensino superior. Resultados: A dificuldade no entendimento das violências sofridas por menores; a forma de identificá-las por meio de visitas domiciliares, consultas, denúncias e a importância dos Agentes Comunitários de Saúde nesse contexto. Foi possível identificar que a principal medida adotada no caso de violência contra criança e adolescente é confirmar e acionar o Conselho Tutelar, mas nota-se o medo de retaliação. Dentre as formas de combate conhecida estão as ações em saúde. Conclusão: O estudo reflete a realidade das USFs que não abordam a temática devido ao despreparo dos profissiona...
Assistência em unidades básicas de saúde às vítimas de violência na concepção de enfermeiras
Ciência, Cuidado e Saúde, 2008
O estudo tem por objetivo analisar as concepções das enfermeiras sobre a assistência nas Unidades Básicas de Saúde ao usuário vítima de violência, destacando os instrumentos necessários e as dificuldades para a realização da atenção. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas com enfermeiras. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo temático para o tratamento dos dados. Os resultados indicam que as Unidades Básicas de Saúde possuem importante papel na assistência e na prevenção da violência. As estratégias para o enfrentamento das situações de violência dizem respeito a empatia, disponibilidade pessoal, atenção e escuta dos sinais e sintomas apresentados pelas vítimas. O tempo do atendimento e as experiências pessoais e de trabalho em equipe são destacados como fundamentais para a detecção precoce dos casos. Os resultados fornecem subsídios para a qualificação dos processos de trabalho, visando à integralidade do cuidado na atenção às vítimas de violência.