Jovens Werthers: amores e sensibilidades no mundo Emo (original) (raw)
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Os Sofrimentos do Jovem Werther: do Sturm und Drang à contemporaneidade
Contingentia, 2020
Resumo: Mais de duzentos anos após sua primeira publicação, a obra Os Sofrimentos do Jovem Werther é ainda capaz de despertar sentimentos e opiniões diversas, muitas vezes conflitantes, ao tratarmos do jovem que morreu de amor na recusa de uma vida marcada por privações, que o impediam de concretizar um desejo tão genuíno. O romance epistolar do então jovem escritor Johann Wolfgang von Goethe hoje conta com algumas releituras, paródias e três adaptações para o cinema. Sabemos, certamente, que Werther foi responsável por consolidar, na literatura, uma revolução, lançando para o mundo umas das manifestações artísticas nacionais e autênticas do povo germânico, que já não se pautava nos clássicos moldes importados da França, como já nos apontava a Dramaturgia de Hamburgo, de Lessing. Seja por sua enorme repercussão, em escala global, seja pela trama memorável, guiada pelo sentimentalismo exacerbado de seu protagonista, a produção é, por vezes, relembrada como ponto de virada para o início do Romantismo na Europa, sendo denominada por parte do público e crítica como "pré-romântica". No entanto, a partir de sua integração em um contexto artístico-literário exclusivamente alemão, o Sturm und Drang, essa obra será analisada tanto em sua relação intrínseca com os preceitos adotados por muitos artistas do período, quanto em uma possibilidade de leitura outra, que se abre a partir daí: a construção de um caráter crítico às configurações sociais da época, feita por Goethe, logo em seu primeiro trabalho de grande sucesso. Veremos que, utilizando-se das características dominantes do movimento referido, isto é, a expressão dos sentidos, das paixões, das emoções consolidadas no espírito libertário da segunda metade do século XVIII, a narrativa pode então direcionar-se para o questionamento daquilo que retrata, especialmente a figurativização de Werther como herói ideal e revolucionário, dadas as circunstâncias sobre as quais a diegese se constrói, como a focalização e voz narrativa que gradativamente postulam o caráter dúbio e contraditório do protagonista através do romance. Palavras-chave: Johann Wolfgang von Goethe; Os Sofrimentos do Jovem Werther; Sturm und Drang.
Os Sofrimentos do Jovem Werther Johann Wolfgang Goethe
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Livro e jardim. Novos horizontes para os passeios do jovem Werther
Jardins - Jardineiros – Jardinagem [Atas do Colóquio 2013], 2014
Desde a cultura cortesã medieval e o misticismo, o jardim tem vindo a desempenhar um papel fulcral na cultura da comunicação espiritual e amorosa, contribuindo para um vetor da literatura europeia que interage, por sua vez, com a evolução do paisagismo, nomeadamente a partir do sentimentalismo do século XVIII: o advento do Jardim Inglês coincide com um novo conceito de livro e de leitura a partir da cultura epistolar e da ‘literatura portátil’. No romance epistolar Die Leiden des jungen Werther (1774), de repercussão europeia, o jardim revela-se um espaço mediático que integra a leitura. Partindo desta interpretação, propomos uma nova concretização do binómio de ‘livro’ e ‘jardim’ sob as condições de hipertexto e realidade aumentada (jardim real / virtual), defendendo uma reintegração criativa da literatura.
Johann Wolfgang von Goethe. Os Sofrimentos do Jovem Werther
coordenação editorial bárbara prince assistência editorial victoria rebello comunicação mayra medeiros preparação sibele paulino edição de texto renato ritto revisão natália mori marques tássia carvalho projeto gráfico, capa e diagramação alles blau textos de pedro pacífico luisa geisler claudia dornbusch victor mera também se corresponderam com werther daniel lameira luciana fracchetta rafael drummond & sergio drummond Confesso-lhe com prazer, pois sei o que vai querer me dizer em seguida, que são mais felizes aquelas pessoas que, assim como as crianças, vivem todo dia
Werther e o (suposto) poder da literatura (Anamorphosis, 2019)
2019
RESUMO: Os amigos da literatura costumam dizer que ela é capaz de tornar as pessoas mais compreensivas e benevolentes. Os inimigos da literatura, por outro lado, costumam dizer que ela é capaz de corromper os leitores. Cada um do seu modo, os dois grupos exageram o poder da literatura. O exagero tem consequências importantes para a discussão sobre o papel da literatura no currículo das faculdades de direito e para o debate sobre os limites da liberdade de expressão literária. Este artigo discute uma das obras literárias mais frequentemente usadas para exemplificar os efeitos nocivos da literatura: Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe. Diz um lugar-comum entre estudiosos da literatura que a publicação da obra teria provocado uma onda de suicídios na Europa do século XVIII. Este artigo questiona o lugar-comum sobre o livro de Goethe, ressaltando a fragilidade dos seus fundamentos e a gravidade das suas implicações.
O eterno feminino em Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe e Dom Casmurro, de Machado de Assis
O eterno feminino em Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe e Dom Casmurro, de Machado de Assis, 2021
Dissertação de mestrado. O presente trabalho pretende estudar a representação do feminino nas obras Os sofrimentos do jovem Werther (Die Leiden des jungen Werther, 1774), do escritor alemão Johann Wolfgang Von Goethe (1749-1832), e em Dom Casmurro (1899), do escritor brasileiro Machado de Assis (1839- 1908) sob a perspectiva do eterno feminino. Apesar de haver uma distância temporal entre as obras e diferenças relativas ao contexto em que foram produzidas, em ambas ecoa o motivo do feminino que, embora se apresente de maneiras diversas e tortuosas, exerce função determinante para a composição das imagens que perpassam os dois romances com implicações para o ideário que envolve as obras. O eterno feminino se desdobra, em cada obra, como formas particulares de idealização da figura feminina diante dos dados da experiência cotidiana, e que denotam, por seu turno, opções estéticas e visões de mundo que traduzem contornos em os Sofrimentos do jovem Werther, próprios no ideário romântico e, em Dom Casmurro, com inclinação realista e crítica. Em ambos os romances o olhar sobre o feminino adquire notável relevância, sendo acompanhado pela presença de uma melancolia pulsante que leva os protagonistas a distintas atitudes, igualmente extremas. Nossos objetivos consistem em realizar uma leitura comparada das obras pautada na descoberta, para que seja possível a depreensão das particularidades existentes entre a perspectiva com que Werther, romântico e idealista, e Dom Casmurro, realista e pessimista, compreendem o mundo e se relacionam com o feminino, representado por Charlotte e Capitu, e como essas mulheres cristalizadas em suas próprias representações traduzem as orientações estéticas dos romances estudados.
Solidão e Stimmung. A paisagem de solitários, de Werther a Albertus
NÓS: Cadernos do I Congresso Internacional Estudos da Paisagem , 2022
Articula-se o conceito de Stimmung (estado de ânimo; atmosfera; caráter) à solidão, condição por vezes necessária à sintonia do ser com o mundo envolvente. As bases de interpretação teórico-metodológicas se circunscrevem em discursos literários e na pintura de paisagem alemães dos séculos XVIII e XIX. São convidados à narrativa textos e imagens de solitários na paisagem, como o Werther de Goethe, quadros de Caspar David Friedrich e as cartas do médico-pintor Carl Gustav Carus, criador do personagem Albertus que dá título ao artigo. O elo que une os seres poéticos e seus criadores é, a título de conjectura, a Stimmung, o trato recíproco entre a solidão (subjetividade) e a paisagem (arte, objetividade). Privilegia-se a análise epistemológica de Stimmung e de paisagem segundo leitura multidisciplinar, lançando luz na literatura, na filosofia (especialmente do Idealismo alemão), na história (social e da arte) e na estética. O título define o recorte cronológico proposto: o início se dá em 1774, quando Goethe publicou o seu "Os sofrimentos do jovem Werther"; o término refere-se ao ano de 1841, data em que Carus reeditou o seu Briefe über Landschaftsmalerei [Cartas sobre pintura de paisagem].
O DISCURSO AMOROSO: WERTHER E CHARLOTTE
LINGUAGEM EM FOCO, 2014
O que há de maior impacto em um ser humano que não as suas emoções? Essa é inquietação norteadora desta pesquisa. O problema é procurar marcas específicas do discurso amoroso. Dessa feita, pergunta-se: quais são as marcas discursivas no discurso amoroso literário? Este artigo busca destacar na Literatura dois breves discursos amorosos a fim de se perceber a movimentação desse sujeito que ama e busca o amor; tema que não será esgotado. No entanto, busca-se discutir algumas características dos discursos amorosos com a finalidade de que se possa contribuir com a literatura da análise do discurso. Neste exercício de análise, os conceitos de Polifonia, reversibilidade Discursiva, Ethos Discursivo e Interdiscurso serão discutidos a fim de embasar a concretização desse discurso. Palavras-chave: Análise do Discurso; Discurso Amoroso; Literatura; Linguística.