Pluralismo e Teologia (original) (raw)
Related papers
Teologia e Pluralismo Religioso
Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica referente ao pluralismo religioso e sua concepção histórica a partir da teologia cristã católica romana, abordando o quadro de possibilidades e realidades formados na contemporaneidade secular e suas implicações perante a economia escatológica. Em sua conclusão, busca avanço no modelo pluralista proposto como uma nova demanda teológica com caráter de abrir uma teologia verdadeiramente ecumênica de direito e princípio
Interpretação Pluralista Das Religiões
PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP, 2021
Quem busca reinterpretar o seu caminho espiritual frente à consciência crescente de uma pluralidade de religiões em nossa “aldeia global” defronta-se com um desafio cultural: a lógica aristotélico-tomista que articula o modo de pensar a diversidade em nosso mundo baseia-se em identidades isoladas, em não-contradição e exclusão de misturas. Esse jeito de pensar, a partir de uma ilha de conhecimento isolada, leva à contraposição e à exclusão de qualquer caminho diferente, por mais continental que ele seja. Só existe uma religião verdadeira e uma igreja que verdadeiramente a representa: a minha. Mas estamos entrando em uma nova era de percepção das coisas, mais relacional e inclusiva, à qual deve corresponder uma mística mais integral, plural e dialogal, em que o mistério da vida transparece entre nós, despertando apreço e cuidado com os outros. Assim é possível descobrir que aquilo que uma religião descobre de inspirado é por causa das outras religiões e, também, para todas elas.
Teologia, pluralismo e alteridade ecumênica
Teocomunicação, 2018
O texto apresenta os resultados de pesquisa sobre aspectos teológicos do pluralismo com destaque para o tema da alteridade, levando em conta o dado crítico de que as aberturas fundamentais para o “outro” precisam considerar efetivamente os diferenciais de poder que marcam as relações sociais e políticas.Metodologicamente, foram dados os seguintes passos: (i) análise da necessidade de identificação das dimensões de alteridade a partir da explicitação dos diferenciais de poder que marcam os processos de interculturalidade e as diferentes relações, inclusive inter-religiosas, (ii) explicitação da noçãobíblica de alteridade a partir das relações básicas da antropologia teológica que constituem o ser como humano, (iii) indicação da abertura ao diálogo e a prática interativa que a visão trinitária da fé cristã oferece, inclusive para práticas sociais democráticas e participativas e visões eclesiais marcadas pelacomunhão, e (iv) uma identificação do valor de uma mística de alteridade que r...
A teologia face ao pluralismo religioso
HORIZONTE, 2015
O pluralismo religioso apresenta-se hoje com uma das questões decisivas para a teologia cristã, a ponto de delinear uma fisionomia nova para a reflexão em curso. Não há como fazer teologia no século XXI fora da interlocução criativa com os diversos caminhos religiosos que vão se apresentando no tempo atual. E a novidade está em reconhecer a dignidade da diferença, acolhendo esse pluralismo como um dado positivo no desígnio misterioso de Deus. O pluralismo deixa de ser visto como expressão negativa, como dado conjuntural ou expressão da cegueira dos humanos, para ser reconhecido como um fenômeno rico e fecundo. E a questão que se coloca para o cristianismo é o desafio de manter viva a sua identidade própria colocando-se à disposição para a escuta e o diálogo construtivo com as outras expressões religiosas. Partindo de considerações sobre os posicionamentos teológicos em torno do pluralismo religioso, o texto busca destacar os embaraços e desafios que se apresentam em particular para a cristologia e a eclesiologia.
Pluralismo Moral e Raciocínio Prático
Revista Natureza Humana
Procuro esclarecer e precisar o que seria o pluralismo moral com base em uma caracterização do que julgo ser a forma mais profunda e radical de conflito moral: o conflito entre valores incomensuráveis. A seguir, lido com os limites do papel da sensibilidade moral nos cenários de conflitos práticos. Por fim, introduzo um modelo de racionalidade prática consistente com o pluralismo moral mais radical. Concluo que, longe de significar a abdicação da racionalidade no domínio prático, o pluralismo, uma vez absorvido pela nossa cultura moral e política, traria importantes lições de tolerância para nossa época.
Pluralismo religioso e transformação social-eclesial
HORIZONTE, 2015
Parte-se nesta Comunicação de um questionamento histórico do fenómeno religioso na pós-modernidade, revisitando os "Mestres da Suspeita" (os três clássicos citado por Paul Ricoeur, mais Feuerbach), procurando detetar as "perversões" da Religião. Apresenta-se a Espiritualidade como algo diferente da Religião (podem reforçar-se ou não). A Espiritualidade como sendo mais a expressão das antigas tradições espirituais e a Religião como sendo a sua formulação histórica. Defende-se uma Espiritualidade Holística que procuraria as convergências entre todas as tradições espirituais. A partir daqui examinam-se alguns dos principais desafios contemporâneos, nomeadamente, o neoliberalismo, a pós-modernidade, assim como as questões relativas à Justiça, Paz e Ecologia. Aponta-se o Holismo como saída para um novo paradigma. Finalmente, pretende-se conjugar o paradigma holístico com o paradigma da Teologia da Libertação. Neste sentido, conclui-se a Comunicação com questões práticas: o problema das mediações do Reino de Deus (são as Igrejas cristãs, hoje, mediadoras do Reino? E a Vida Religiosa?), os temas inadiáveis da justiça, da paz, do respeito ecológico, da opção pelos mais pobres e oprimidos, da procura de um modelo económico não-capitalista e de democracia mais direta, da necessidade da não-violência ativa, da presença da Graça no meio das mediações estratégicastáticas e da Espiritualidade prática ("Caminho do Silêncio") no seguimento do Mestre da Galileia.
Notas Sobre Pluralismo, Diálogo Inter-Religioso e Missão
ATUALIDADE TEOLÓGICA, 2016
Este artigo trata sobre a questão da missão cristã em um mundo plural. Assume o diálogo inter-religioso como um valor e não como uma ameaça. Está dividido em duas seções. Na primeira, refl ete sobre o aumento da percepção da pluralidade em nosso tempo e sobre a consequente abertura do cristianismo para o diálogo-não sem reveses e ambiguidades. Na segunda parte, aprofunda a refl exão teológica sobre o diálogo inter-religioso e a missão, partindo do mais fundamental para a fé cristã: o evento Cristo. Aponta para a necessidade de saber ouvir o outro a partir do lugar em que ele se encontra e não a partir do que conhecemos de suas doutrinas, teologias e ritos. Dessa forma, amplia a dinâmica do encontro, pois valoriza o diálogo que também se dá na vida diária, permitindo outras formas de percepção do encontro com o diferente e da experiência com o sagrado.