Correção de cifose secundária à mielomeningocele através de osteotomia vertebral (original) (raw)
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Coluna/Columna, 2013
OBJETIVO: Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico da cifose lombar congênita em portadores de mielomeningocele. MÉTODOS: Realizado estudo retrospectivo incluindo 31 pacientes, com média de idade de 10 anos, tratados cirurgicamente por via posterior exclusiva pela técnica de Dunn-McCarthy. O segmento médio foi de 22 meses (5 a 60). Foram avaliados os potenciais de correção, perda de correção, percentuais de fusão e complicações. RESULTADOS: A cifose inicial média de 114º (60ºa 183º) obteve correção média para 37º (-63º a 180º) na radiografia obtida na última consulta. A taxa global de complicações foi de 46% entretanto a morbidade cirúrgica foi muito baixa. A taxa de fusão de 80%. CONCLUSÃO: A técnica descrita se mostrou eficiente, com um alto potencial de correção e fusão, e com baixo potencial de perda de correção.
Coluna/Columna, 2009
OBJETIVO: avaliar os resultados clínicos e radiográficos pós-operatórios da correção de cifose congênita em pacientes com mielomeningocele de nível torácico, utilizando a prótese vertical expansível de titânio para costela (VEPTR). MÉTODOS: estudo retrospectivo de 19 pacientes com mielomeningocele torácica e cifose congênita submetidos a tratamento com VEPTR, entre Outubro de 2005 e Outubro de 2008, com avaliação radiográfica e clínica pré e pós-operatória imediata. Foram avaliadas também a duração do procedimento cirúrgico, a necessidade de transfusão sanguínea e as complicações pós-operatórias. RESULTADOS: a média de idade dos pacientes foi de 70 meses ou cinco anos e dez meses (32 a 130 meses). A média de seguimento dos pacientes foi de 13,5 meses (2 a 26 meses). A duração média do procedimento foi de 117 minutos (variação de 70 a 195 minutos). Todas as crianças adquiriram equilíbrio de tronco, sendo que 13 delas não apresentavam isto no pré-operatório. A média da cifose pré-oper...
Coluna/Columna, 2012
OBJETIVO: Avaliar os resultados clínicos e radiográficos do tratamento cirúrgico da escoliose paralítica na mielomeningocele. MÉTODOS: Estudo retrospectivo mediante revisão de prontuários e radiografias dos pacientes portadores de mielomeningocele, tratados cirurgicamente entre os anos de 1999 e 2009. RESULTADOS: Foram analisados os prontuários e radiografias de 29 pacientes. A média de idade no momento da cirurgia foi de 12,2 anos, com um acompanhamento médio de 3,8 anos. O ângulo pré-operatório médio da escoliose de 77º foi inicialmente corrigido para 29º e, no final do seguimento deteriorou para 34º. A média da obliquidade pélvica foi de 16º, corrigida no pós-operatório imediato para 10º e, no pós-operatório tardio para 13º. A descompensação média do tronco foi de 117mm, inicialmente corrigida para 67mm e, no final do seguimento, deteriorou para 98 mm. CONCLUSÕES: Os pacientes no qual a instrumentação estendeu-se até a pelve, obtiveram melhores resultados em todas as mudanças rel...
Mielomeningocele: tratamento cirúrgico e resultados
J Pediatr, 1995
Os autores estudaram retrospectivamente 72 casos de mielomeningocele tratados em um hospital pediátrico do Rio de Janeiro. 65 (90,2%) lesões localizavam-se nos segmentos inferiores da coluna vertebral, e 87,5% dos pacientes necessitaram de derivações ventriculares para controle da hidrocefalia. Infecções de derivações ventriculares foram três vezes mais freqüentes em portadores de spina bifida cística que no restante da população de hidrocéfalos tratados na instituição. Houve grande incidência de complicações pós-operatórias relacionadas a infecções e necrose de ferida cirúrgica. Onze pacientes (15,3%) desenvolveram sinais e sintomas relacionados à malformação de Chiari do Tipo II. A mortalidade foi 8,3% e, na maioria absoluta dos casos, associada à malformação de Chiari.
Anestesia para correção intra-útero de mielomeningocele: relato de caso
Revista Brasileira de Anestesiologia, 2005
Braga AFA, Rousselet MS, Zambelli H, Sbragia L, Barini R -Anestesia para Correção Intra-Útero de Mielomeningocele. Relato de Caso JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A cirurgia fetal constitui tratamento de malformações no período pré-natal, que não são adequadamente corrigidas após o nascimento e tem como objetivo tratar ou evitar a progressão das anomalias. O objetivo deste relato é apresentar um caso de anestesia para correção intra-útero de mielomeningocele. RELATO DO CASO: Paciente com 19 anos, 23 semanas de idade gestacional, sem antecedentes anestésicos, estado físico ASA I, submetida à cirurgia fetal intra-uterina, sob anestesia geral associada à peridural contínua. No pré-operatório utilizaram-se indometacina (50 mg por via retal), metoclopramida (10 mg por via venosa), cimetidina (50 mg por via venosa), e como medicação pré-anestésica midazolam (2 mg por via venosa). No espaço peridural injetou-se bupivacaína a 0,25% com adrenalina (25 mg) associada à fentanil (100 µg), seguida de passagem de cateter cefálico, para analgesia pós-operatória. O útero foi mantido deslocado para esquerda com auxílio da cunha de Crawford. Indução anestésica em seqüência rápida, com fentanil, propofol e rocurônio e manutenção com isoflurano em concentração de 2,5% a 3% veiculado em O 2 e N 2 O (50%). Após histerotomia, realizada com staplin (grampeadores) para promover hemostasia, a região fetal a ser operada foi exposta e a analgesia e imobilidade fetal, foram obtidas com a associação fentanil (10 µg.kg -1 ) e pancurônio (0,1 mg.kg -1 ) administrada na região glútea fetal. A pressão arterial sistólica materna foi mantida acima de 100 mmHg, com efedrina em bolus (5 mg), colóides e cristalóides. O líquido amniótico perdido foi substituído por solução fisiológica aquecida. Após correção do defeito fetal, procedeu-se ao fechamento uterino e da membrana amniótica em dois planos, com fio de vicryl e cola de fibrina. Seguiu-se a diminuição gradativa da concentração do isoflurano, e para a manutenção do relaxamento uterino utilizou-se sulfato de magnésio (4 g/20minutos), seguido de infusão contínua (2 g/hora). Ao final da cirurgia injetou-se morfina (2 mg) pelo cateter peridural para analgesia pós-operatória. CONCLUSÕES: A anestesia para cirurgia fetal envolve dois seres, mãe e feto, e o manuseio anestésico exige segurança materno-fetal, anestesia e imobilidade fetal, relaxamento uterino, prevenção do trabalho de parto prematuro e analgesia pós-operatória. Unitermos: CIRURGIA, Fetal: mielomeningocele; TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Geral: combinada SUMMARY Braga AFA, Rousselet MS, Zambelli H, Sbragia L, Barini R -Anesthesia for Intrauterine Myelomeningocele Correction. Case Report
Autoenxerto de crista ilíaca de coelhos na união vertebral dorsolateral lombar
Brazilian Journal of …, 2004
Foi realizada artrodese dorsolateral das vértebras lombares L 5 -L 6 de coelhos, avaliando-se a eficácia do autoenxerto da crista ilíaca na promoção de união vertebral. Foram utilizados 33 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, distribuídos em dois grupos, com nove indivíduos no grupo 1 (G1), submetidos a descorticação bilateral dos processos transversos; e vinte e quatro indivíduos no grupo 2 (G2), que receberam 2g de autoenxerto da crista ilíaca sobre a área de descorticação. Três coelhos do G1 e oito do G2 foram submetidos à eutanásia as cinco, sete e nove semanas após o ato operatório e à avaliações por palpação, radiográfica e histológica no local do procedimento. Testes biomecânicos para avaliação de força e rigidez da união foram realizados somente nos animais do G2 e as vértebras adjacentes não operadas, serviram de controle. Os animais do G1 apresentaram mobilidade normal à palpação do segmento operado em todos os momentos de avaliação e não apresentaram evidência radiográfica de união. Na avaliação histológica foi observada discreta reação periosteal, sem evidências de formação de ponte óssea. No G2, as avaliações por palpação e radiográficas evidenciaram indícios de união óssea as cinco semanas, intensificando-se ao longo das semanas de avaliação. Na análise histológica foi observada reabsorção de fragmentos ósseos as cinco semanas, predominância de trabéculas ósseas e corações condróides, além de suprimento sanguíneo abundante as sete semanas e osteointegração em todo leito de enxertia as nove semanas, com predomínio de formação óssea endocondral. Os testes biomecânicos evidenciaram aumento da força e rigidez da massa óssea ao longo do tempo de avaliação. Quando foi realizada comparação das vértebras tratadas e não tratadas, os índices de união foram maiores em todos os momentos, no grupo tratado. Com os resultados foi possível concluir que alta percentagem de união vertebral foi conseguida quando o osso autógeno da crista ilíaca foi utilizado como material de enxertia em coelhos. Palavras-chave: Enxerto ósseo. Artrodese. Coluna vertebral. Introdução A união vertebral dorsolateral lombar for ma uma ponte óssea sólida, entre vértebras acometidas por afecções que tendem a causar instabilidade, objetivando manter o alinhamento da coluna, a correção da instabilidade mecânica de um segmento, a prevenção de lesão neurológica e o alívio da dor lombar 1 . O tipo de união mais realizado em medicina humana é a artrodese dorsolateral
Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública
Traumatismos do esqueleto axial são geralmente causados por atropelamentos, quedas, brigas, ou por projétil de arma de fogo, podendo gerar contusões, luxações e/ou fraturas vertebrais, ou, ainda, secção medular. O objetivo do presente trabalho é descrever a técnica de osteossíntese vertebral, realizada no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Maringá, utilizando-se parafusos corticais associados ao polimetilmetacrilato, aplicada em um cão, SRD, fêmea, com aproximadamente seis meses de idade, pesando três quilos, com fratura oblíqua do corpo vertebral de L6 e desvio ventral do fragmento distal. Após incisão na linha média dorsal, e localização da fratura, a mesma foi reduzida com o auxílio de pinças de apreensão óssea, e dois orifícios foram realizados no corpo vertebral de L6 e de L7, onde os parafusos foram inseridos, de forma que as cabeças dos mesmos ficassem elevadas em relação aos corpos vertebrais, e, em seguida, acondicionaram-se duas porções de polimetilmetacrilat...
Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública, 2018
A Ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma das enfermidades articulares mais comuns no cão e diversas são as técnicas cirúrgicas utilizadas para correção de sua instabilidade, porém nenhuma delas impede o desenvolvimento da doença articular degenerativa (DAD). Entretanto deve-se promover a estabilidade articular, garantindo qualidade de vida ao animal. A osteotomia de nivelamento do platô tibial (TPLO) é umas das técnicas mais utilizadas na atualidade e tem demonstrado melhores resultados quanto ao retorno funcional nos animais submetidos a este procedimento. O objetivo deste trabalho é avaliar o resultado da técnica de osteotomia de nivelamento do platô da tíbia (TPLO) em um cão com RLCCr bilateral.
rbo.org.br
Intertrochanteric osteotomy for severe slipped capital femoral epiphysis From May 1990 to November 1997, twenty-three cases of severe slipped capital femoral epiphysis were treated. Based on Fish's classification, 22 patients were reported as grade III and two as grade II. All of them were treated by the Sugioka's modified Hungria-Kramer intertrochanteric osteotomy. An analysis of the current concept involving slipped capital femoral epiphysis and the recent concept that the epiphysis displaces into the posterior direction in most cases are discussed. Sugioka's X-ray study was performed to demonstrate the real position of the epiphysis. Merle-D'Aubigné-Postel modified Charnley hip score and X-ray analysis provided 83% of satisfactory results, with a mean follow-up of 65 months. Two cases of chondrolysis, one varus consolidation, one case of pseudoarthrosis and no case of avascular necrosis occurred. The authors conclude that this is a consistent method to treat severe cases of epiphysiolysis.