Arquitetura e criatividade (original) (raw)
Criatividade na prática profissional em Arquitetura e Design
2021
Criatividade, repertório, processos criativos são essenciais tanto na vida acadêmica quanto nas atividades profissionais de áreas como Arquitetura, Urbanismo, Design e Artes Plásticas. Claro que em todas as práticas a ação criativa deve estar presente, mas são nessas que a exigência se torna primordial. Esse texto mostra algumas pesquisas na área, assim como técnicas conhecidas e disseminadas pelos autores que se dedicam a essa pesquisa.
Arte e criatividade – Caminhos para a Longevidade
Revista Portal de Divulgação, 2011
Arte e criatividade-Caminhos para a Longevidade Por que é tão difícil suportar o envelhecimento? Esta é uma das perguntas que inicia o artigo Velhice na sociedade Pósmoderna, e também nos provoca e chama à reflexão nesta 16ª edição da Revista Portal de Divulgação. Esta questão nos remete à frase que iniciava o Editorial da edição nº 15 / outubro desta Revista-Envelhecer não tem nada bom. Se o envelhecimento não tem nada de bom, fica difícil, e quase impossível, suportá-lo. E, sobre esta premissa, foi construída uma ideia generalista, e generalizadora, na sociedade atual, sobre o que é envelhecer, criando e mantendo os mitos e preconceitos em relação às faixas etárias mais avançadas.
2000
que, pela clareza de suas observações, orientou a consecução desta pesquisa com paciência e inteligência. À Universidade de São Paulo pelo acolhimento desta pesquisa e pela possibilidade de desenvolvê-la junto a amigos e professores.
Proa: Revista de Antropologia e Arte
O ano de 2019 foi marcado por uma ostensiva marcha contra a ciência e a educação brasileira. O descaso e a omissão do atual governo nos obrigam a começar esse texto chamando atenção para os riscos que a guerra travada contra professores e pesquisadores traz para o presente e o futuro da ciência em nosso país e, por extensão, para a melhoria da qualidade de vida da população e para a ampliação da cidadania. Mas nem tudo foi perdido em 2019. O ano marca também uma década de existência da Proa: Revista de Antropologia e Arte. Vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Estadual de Campinas, concebida como um fórum de divulgação de pesquisas e, a um só tempo espaço, de formação de futuros cientistas sociais, ela é uma empreitada dos alunos de mestrado e doutorado. Ao longo desses dez anos, a revista se firmou no cenário nacional como uma publicação voltada para o diálogo e o entrelaçamento da antropologia aos aportes teóricos de outras disciplinas na ...
Criatividade e Brainstorm no Design
João Gomes -Doutor em arquitetura e urbanismo pela USP. Mestre em estruturas ambientais urbanas pela USP e designer industrial pela FAAP. Professor de cursos de graduação e Pós-graduação em design. Consultor em ergonomia e design. Autor dos livros "Gestalt do Objeto: sistema de leitura visual da forma", "Ergonomia do Objeto: sistema técnico de leitura ergonômica" e "Design do Objeto: bases conceituais", da Escrituras editora, São Paulo.
, in: Urbanisme, n.303, nov/dez 1998, pp. 44-51. A cidade e a arquitetura são narrativas que se conjugam no passado, presente e futuro. Quem mais do que Paul Ricoeur, filósofo atento ao "trabalho da memória", poderia abrir este debate; "abrir", isto é, nos acompanhar nesse caminho que leva a uma clareira, como diria Heidegger. Mas a narrativa subentende a narração, a qual exige, ela própria, a interpretação. A memória das pedras fala tanto quanto a dos textos? Paul Ricoeur nos propõe sua leitura dessas memórias, que vivificam para sempre o passado de nosso presente. Como o tema que me foi atribuído é a memória, vou começar explicando como relaciono memória e narratividade. Adoto a definição mais geral de memória-a que se encontra em um pequeno texto de Aristóteles intitulado precisamente Da memória e da reminiscência, e que retoma, aliás, notas, e em especial do Teeteto de Platão, sobre o êikon, a imagem: "tornar presente a ausência", "tornar presente o ausente"; assim como a nota que distingue dois ausentes; o ausente que como simples irreal, que seria, portanto, o imaginário, e o ausente-que-foi, o precedente, o anterior, o proteron. Esse último é, para Aristóteles, a marca distintiva da memória quanto à ausência. Trata-se, pois, de tornar presente a ausência-que-foi. Eu encontrei uma grande cumplicidade de pensamento nos dois extremos de nossa história do Ocidente, entre os Antigos-com essa idéia da ausência tornada presente e da anterioridade-e uma proposição de Heidegger que me é cara, não importando minha distância de seu pensamento sobre o "ser-para-a-morte": a idéia que diz que devemos desdobrar nosso conceito do passado naquilo em que ele chama de "completado" ("realizado"), o Vergangen, e o-que-foi, o Gewissen. Ao mesmo tempo, faz-se justiça com a definição dos Antigos, pois o anterior-feito-presente é duplamente marcado gramaticalmente: ele não é mais, mas ele foi. E me parece que a glória da arquitetura é tornar presente não aquilo que não é mais, mas aquilo que foi através do que não é mais. A narratividade O que ocorre com a narratividade? Havia-me parecido, em trabalhos de uma década atrás, em Temps et Récit, que a memória era levada ao mesmo tempo à linguagem e a obras pela narrativa, pelo pôr-em-narrativa. A passagem da memória à narrativa impõe-se assim: lembrar-se, de forma privada assim como de forma pública, é declarar que "eu estava lá". O testemunho diz: "eu estava lá". E esse caráter declarativo da memória vai se inscrever nos testemunhos, nas atestações, mas também numa narrativa pela qual eu digo aos outros o que eu vivi. Adoto, pois, dois pressupostos em minha reflexão: por um lado, tornar presente a anterioridade que foi e, por outro, estabelecê-la pelo discurso, mas também por uma operação fundamental de narrativa que identifico como "configuração". Inicialmente, gostaria de estabelecer uma analogia, ou melhor, o que parece ser, à primeira vista, nada mais do que uma analogia: um paralelismo estreito entre arquitetura e narratividade, no qual a arquitetura seria para o espaço o que a narrativa é para o tempo, a saber, uma operação "configurante"; um paralelismo entre, por um lado, construir, portanto, edificar no espaço e, por outro, contar, criar uma intriga no tempo. Ao longo dessa análise eu me perguntarei se não é necessário levar a analogia muito mais longe, até um verdadeiro entrecruzamento, um embaralhamento entre a "configuração" arquitetural do tempo e a "configuração" narrativa do tempo. Em outras palavras, trata-se de cruzar espaço e tempo através do construir e do contar. Tal é o horizonte dessa investigação: embaralhar a espacialidade da narrativa e a temporalidade do ato arquitetural pelo intercâmbio, de certa forma, entre espaço-tempo nas duas direções. Poder-se-á assim
Colaboração para a revista da SET - Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (Nº 145 - Setembro/Outubro 2014).