Escravidão, Mistura Racial e Étnica e Hierarquias no Brasil (original) (raw)
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Apontamentos Sobre a Escravidão e O Racismo No Brasil
XI Coloquio Internacional Educação e Conteiporaneadade, 2018
Este artigo versa sobre a trajetória histórica da escravidão no Brasil e seus rebatimentos na vida da população negra m do seu fim, como o racismo e a exclusão social. Traz ainda elementos que nos fazem compreender como se deu esse exclusão, a exemplo do incentivo ao trabalho do imigrante europeu, quando se tratando de trabalho assalariado, e da "branqueamento" da população brasileira como se esta fosse a solução para os problemas sociais que assolavam o p apresenta dados relevantes sobre a população negra na atualidade, como escolaridade, emprego, renda, etc. comprova ainda é um tema bastante atual apesar de parecer ultrapassado já que existe no Brasil o mito da democracia racial, on apoiam para ocultar o racismo existente.
Relações Étnico-Raciais No Brasil
Poíesis Pedagógica
Resumo: O presente texto procura discutir as relações étnico-raciais pautadas no reconhecimento do outro e também de si mesmo, no sentido de olhar à própria origem e orgulhar-se dela, independentemente da localização geográfica ou da origem cultural. Reflete sobre a importância da identidade cultural e sua importância na construção histórica da cultura brasileira, onde o processo de partilha dos elementos culturais diversos e diferentes entre si, deu origem à um sujeito social diferente ao modo vivido pela visão eurocêntrica. Apresenta a pluralidade existente nos diferentes modos de ser e de estar no mundo como riqueza que precisa ser compartilhada e respeitada na realidade histórica atual no Brasil. O texto defende que a diferença cultural deve ser encarada como possibilidade de ver o mundo de outra maneira, com os olhos de outros, com outra visão da realidade, e não como movimento que separa aquilo que é diferente. Palavras Chaves: Relações Étnicos-Raciais; Identidade Cultural; Cu...
A Escravidão no Brasil e no Mundo
O artigo IV da Declaração Universal dos Direitos Humanos que foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações unidas em 10 de dezembro de 1948 alude in litteris; "Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas". O que nos leva a crer que formalmente de acordo com a lei, a escravidão não existe mais no mundo. E, o derradeiro país a abolir a escravidão foi a Mauritânia em 1981. Porém, a escravidão prossegue em muitos países, pois as leis não são cumpridas. As leis foram somente feitas pela pressão de outros países e da Organização das Nações Unidas, mas não representavam a vontade do governo do respectivo país. Calcula-se que atualmente pelo menos existem 28 milhões de escravos em todo mundo. Quando se cogita em trabalho escravo, logo nos vem imagines de grilhões e açoites tal propaladas pelos livros de História. Mas a escravidão se perpetua até mesmo nos dias atuais, e, não somente nos países pobres ou em vulnerabilidade social, como também naqueles países desenvolvidos. A miséria como produto da desigualdade e da impunidade é uma grave doença social e, em alguns continentes é endêmica. Contemporâneas, há as mais diversas formas de escravidão humana, como a prostituição infantil, o tráfico de órgãos, o tráfico internacional de mulheres, a exploração de imigrantes ilegais e à servidão por dívida. Apesar da legislação vigente proibir a escravidão, mesmo assim, não tem impedido que inescrupulosos se beneficiem do trabalho de pessoas cativas.
Historiografia, Escravidão e Luta de Classes no Brasil
2014
Na Colônia e no Império, justificou-se a escravidão devido à desigualdade dos homens, à vontade de deus, ao respeito à propriedade, etc. As raras visões antagônicas foram abafadas. No pós-1888, operações complexas resgataram a escravidão e deslocaram o cativo como centro do devir histórico. As visões heterodoxas foram igualmente silenciadas. Nos anos 1970, o avanço mundial da luta de classes permitiu que o trabalhador escravizado se transformasse em elemento explicativo do passado do Brasil. A maré neoliberal dissolveu esses avanços propiciando restauração das visões historiográficas tradicionais sobre uma escravidão feliz e consensual.
Relações Étnico Raciais no Brasil, um Resumo.
Racismo= atribuição de aspectos negativos a um grupo por conta de suas características físicas ou culturais. Racismo institucional= instituições, governos que entendem que um determinado grupo racial deve ter a primazia em relação a outros grupos (ex. Empresa japonesa) Racismo cultural= um determinado grupo entende que sua herança cultural se sobrepõe em importância à de outros grupos (ex. Colonizadores e colonizados) Discriminação racial= acontece na medida em que o preconceito racial ou o racismo se manifeste, em uma ação ou manifestação, de forma a prejudicar alguém. Etnocentrismo= coloca determinado grupo étnico como parâmetro para os demais. É o centro, os outros por serem diferentes não tem relevância. (ex. Eurocentrismo [europa]) Segregação racial= separação física dos grupos Racismo às avessas= determinado grupo (ex. Negro) discrimina o outro (branco). Eugenia= estudo cientifico do século XIX com objetivo de diferenciar as raças-supremacia da raça branca. Europa-inquisição, perseguição de judeus e ciganos (não adeptos ao catolicismo) Brasil-abolição tardia. Implantação um método de seleção humana baseada nas premissas biológicas= branqueamento da população. Só existe uma raça-a humana. Raça é construção histórica e social como forma de identificar as pessoas. 1845 começa a haver um controle do tráfico de escravos por navio negreiro, e quem o fazia era a Inglaterra, devido a lei chamada Bill Aberdeen. No Brasil, o tráfico se torna ilegal apenas em 1850, mas a venda e a escravidão continua internamente, apenas não era mais permitido o tráfico da África para o Brasil. Em 1871 surge a Lei do Ventre Livre, que faria com que os filhos de escravos nascido a partir de então se tornassem livres. E finalmente, em 1888, surge a Lei 3.353, conhecida como Lei Aurea, assinada pela Princesa Isabel, extinguindo a escravidão. Nesse momento os negros seriam considerados livres do trabalho escravo, mas apenas isso, não havia direitos e outras liberdades aos negros. Entende-se por discriminação e preconceito o ato de impedir, negar ou recusar: o uso de transportes, ou o acesso a cargos públicos ou empregos privados, o acesso a estabelecimento comercial, esportivo, cultural ou de serviços, o acesso ao serviço das forças armadas, ou o acesso ao casamento. E a pena é a reclusão de 1 a 5 anos. A percepção da invisibilidade e dos desrespeitos aos direitos dos índios e negros na nossa história que trouxe, junto com os movimentos sociais a necessidade de repensar o papel da escola na construção de uma sociedade mais democrática e é ai que entram as Leis 10.639 de 9 de Janeiro de 2003, e 11.645 de 10 de março de 2008. No século XVIII os negros e índios eram rejeitados pelos racistas europeus e americanos, e inferiorizados em relação ao branco. Considerados como tendo poucas capacidades, muitos eram contra a missegenação
Panorama Jurídico Da Escravidão Indígena No Brasil
Argumenta Journal Law, 2013
O presente trabalho demonstra que no mundo do Direito existe pouca pesquisa na area indigenista e que a escravidao indigena era considerada legal para impor a religiao catolica, mas que atualmente ainda continua, mas de forma ilegal.
Escravatura, Religião e Etnicidade - Revolta dos Malês
2021
Página 2 de 16 Introdução O expansionismo e, sobretudo, os descobrimentos europeus são épocas fascinantes da história do ponto de vista das relações entre o Ocidente e todo o novo mundo. Neste trabalho pretendo dar enfase a uma parte da história que foi esquecida durante séculos quando se fala das conquistas além-mar. Escolhi, por isso, como objeto principal deste estudo os escravos. A população escravizada foi sem dúvida o principal motor de arranque da produção, comércio e consequente enriquecimento dos europeus, e, sem ela, não teria sido possível. Deste modo procurei analisar um tema que estivesse relacionado com a escravatura e acabei por me deparar com a Revolta dos Malês. Examinei, neste contexto, o final do século XVIII e a primeira metade do século XIX, em Salvador da Bahia, de forma a perceber a conjuntura escravocrata, as relações entre crioulos, negros e brancos e as manifestações culturais e de religiosidade, principalmente a islâmica. Tentei explorar este panorama onde existiu um clima de bastante instabilidade com todas as novas revoltas que começaram a insurgir com cada vez mais intensidade e, cada vez mais complexas em todos os seus domínios. Com toda esta análise conseguimos perceber aquilo que foi, de facto, a Revolta dos Malês, bem mais profunda do que uma simples rebelião entre oprimidos e opressores.
Embates Em Torno Da Escravidão e Do Racismo: O Passado e O Presente Em Diálogo
Literatura em Debate, 2019
Este artigo tem por objetivo propor reflexões sobre a experiência da escravização e pós-abolição no Rio Grande do Sul, analisando fotografias produzidas entre meados do século XIX e primeiras décadas do século XX, em sua maioria realizadas na cidade de Porto Alegre. Estas fontes iconográficas não são meras ilustrações deste passado e traduzem várias e conflitantes formas de se representar estas práticas sociais. Tomando como ponto de partida tensionamentos públicos sobre representações preconceituosas na contemporaneidade, assim como a discussão das definições jurídicas sobre o trabalho escravo contemporâneo, este breve texto procura demonstrar que o racismo subjaz não apenas como uma herança do passado, mas principalmente como uma ressignificação deste passado nas experiências do presente.