Biologia da imitação e seu emprego na reabilitação da esquizofrenia (original) (raw)
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Transtornos psiquiátricos “de novo” na cirurgia de epilepsia
2021
Introdução. A relação entre comorbidades psiquiátricas e as síndromes epilépticas, inclusive a psicose “de novo”, após cirurgias, são temas ainda elusivos e despertam grande interesse para estudos dentre psiquiatras, neurologistas, neurocirurgiões, profissionais da saúde em geral. Objetivos. investigar e caracterizar os transtornos psiquiátricos “de novo”, após a cirurgia de epilepsia, para melhor compreensão e avaliação dessas patologias. Método. Foi realizada uma revisão crítica da literatura, por meio de pesquisa bibliográfica realizada nas bases LILACS, Embase e Medline, entre 2010 e 2020. Resultados. Foram identificados 33 artigos. E selecionados 7 estudos que se enquadraram nos critérios de inclusão previamente estabelecidos nessa revisão. Conclusão. Os transtornos psicóticos parecem ser frequentes tanto no pré como no pós-operatório. São escassos os estudos clínicos sobre transtornos psiquiátricos “de novo”, após a cirurgia de epilepsia. Existem muitos relatos de uma remissão...
Revista De Psiquiatria Clinica, 2006
Estas diretrizes para o tratamento biológico da esquizofrenia foram desenvolvidas pela Força-Tarefa da Federação Mundial das Sociedades de Psiquiatria Biológica (World Federation of Societies of Biological Psychiatry, WFSBP). As metas fixadas durante o desenvolvimento destas diretrizes foi a revisão sistemática de todas as evidências disponíveis referentes ao tratamento da esquizofrenia, tanto no âmbito clínico como no científico, e o estabelecimento de um consenso sobre as principais recomendações para a prática psiquiátrica. Estas diretrizes são destinadas a todos os médicos que atendem e tratam de pacientes portadores de esquizofrenia. Os dados usados para desenvolver estas diretrizes foram extraídos primariamente de vários painéis e diretrizes nacionais para o tratamento da esquizofrenia, assim como de metanálises, revisões e estudos clínicos randomizados sobre a eficácia do tratamento farmacológico e de outras intervenções terapêuticas biológicas, identificadas por uma busca nas bases de dados MedLine e na Biblioteca Cochrane. A literatura identificada
Modelos experimentais de esquizofrenia: uma revisão
Revista Brasileira de Psiquiatria, 2006
OBJETIVO: O uso de modelos experimentais tem permitido importantes avanços no diagnóstico e na terapêutica de doenças somáticas, tais como diabetes e hipertensão. No caso da esquizofrenia, entretanto, as tentativas de modelos experimentais causaram, historicamente, pouco impacto e algum ceticismo. Estudos mais recentes, contudo, indicam que a Ciência Cognitiva aplicada ao uso de modelos pode nos ajudar na compreensão da fisiopatologia da esquizofrenia. O estudo objetivou realizar uma revisão crítica dos modelos experimentais propostos para a esquizofrenia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As dificuldades próprias dos modelos de esquizofrenia são a subjetividade dos sintomas, a dificuldade em reproduzi-los em animais e a complexidade clínica a ser totalizada. Fenótipo tão complexo só pode ser abordado pela separação de seus componentes (endofenótipos) e pela respectiva manipulação de seus correlatos experimentais, feita por intervenções específicas (e.g. farmacológicas, cirúrgicas, genéticas)...
2016
Schizophrenia is a serious mental illness that affects how a person thinks, feels and acts. Research about cognitive deficits in schizophrenia becomes more sophisticated and, in the last ten years, there is a considerable increase of published studies in this area. The results highlight to executive dysfunction as a fundamental characteristic of this disease, and are associated to difficulties in performing daily activities of the affected population. This study aims to present a proposal for a serious game on a virtual environment, developed to improve executive function and functional performance, and based on tasks of instrumental activities of daily living, namely, meal preparation, home organization and shopping. The study is organized on five major parts supporting the serious game proposed. The first part presents a qualitative and multi-dimensional study, about the characterization of occupational performance in instrumental activities of daily living as evidence of executive dysfunction in people with schizophrenia. Data were collected among 40 participants distributed on 3 groups: users, professionals and family members of people with schizophrenia. The second part is a literature review about application of cognitive rehabilitation in treatment of people with schizophrenia, while the third is a systematic review about the use of virtual reality in treatment of schizophrenia. The fourth part focused game features, in particular digital serious game as backdrop for a cognitive rehabilitation program. Finally, the fifth part presents the proposed serious game, called DAY BY DAY, as an auxiliary rehabilitation tool of executive functions by training cognitive skills through functional tasks. The game was based on the theoretical principles of errorless learning and Cognitive Orientation to Occupational Performance Model. It is composed by activities and tasks designed to recruit the elements of executive functions, using restorative and compensatory strategies through top down and bottom up approaches.
Imitadores da Epilepsia: As Crises Não-Epilépticas Fisiológicas
J Epilepsy, 2007
Crises não-epilépticas (CNE) são eventos que podem lembrar crises epilépticas, porém não acompanhados de suas características clínicas e eletrencefalográficas. Podem ser subdivididas em CNE psicogênicas (CNEP) e fisiológicas (CNEF). As CNEF podem ocorrem em 12-36% dos pacientes com epilepsia. A distinção entre CNEF e epilepsia é importante pacientes erroneamente diagnosticados são freqüentemente investigados de forma excessiva, tratados desnecessariamente e restringidos em sua atuação. A história clinica constitui a ferramenta diagnóstica mais útil no diagnóstico. Lamentavelmente não há um conjunto confiável de sinais e sintomas com adequada sensibilidade e especificidade para formulação do diagnóstico inequívoco. A interpretação errada de padrões eletrencefalográficos benignos pode ser um dos erros cardinais no diagnóstico equivocado. O vídeo-EEG permanece como método de eleição para a apuração do diagnóstico diferencial. Unitermos: epilepsia, crises não-epilépticas, crises não-epilépticas psicogênicas, crises não-epilépticas fisiológicas
Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 2013
OBJETIVO: Revisar sistematicamente a literatura sobre programas psicoterapêuticos para a esquizofrenia com enfoque em CS, cujos métodos envolvam estratégias metacognitivas. MÉTODOS: Foi realizada uma busca na base MedLine, por trabalhos publicados em inglês ou português utilizando a frase "Social cognition" AND "Schizophrenia" [Mesh] AND "Psychotherapy" [Mesh] e os limitadores "Humans", "Clinical Trial", "Meta-Analysis" e "Randomized Controlled Trial". Adicionalmente, foram elaborados critérios de inclusão para selecionar os trabalhos com abordagem metacognitiva. RESULTADOS: Dezessete estudos foram selecionados, abrangendo essencialmente programas de reconhecimento do afeto facial e de emoções, Teoria da Mente (ToM), imitação e tomada de perspectiva em situações sociais. CONCLUSÃO: A maior parte dos estudos mostrou que seus programas são eficazes para melhorar medidas de psicopatologia, CS e funcionamento social. ...
Imitação e desenvolvimento inicial: evidências empíricas, explicações e implicações teóricas
Estudos de Psicologia (Natal), 2002
A imitação em fases iniciais do desenvolvimento tem sido estudada sob diferentes perspectivas teóricas, que atribuem importância e interpretação diferenciadas para seu papel no desenvolvimento infantil. Considera-se que a compreensão da imitação inicial mostra-se extremamente relevante do ponto de vista epistemológico e teórico. Assim, neste trabalho é feito um breve histórico dos estudos sobre imitação, para apresentar uma revisão e discussão das principais evidências empíricas sobre imitação inicial. As explicações teóricas dessas evidências e as hipóteses que foram sendo falseadas a partir das mesmas são analisadas. Finalmente, a relação dessas evidências com o desenvolvimento da percepção e da origem da representação e as implicações para explicações do desenvolvimento inicial são discutidas.