Dos palcos às telas do cinema (original) (raw)

Públicos de cinema: do sofá para a sala

Públicos de cinema: do sofá para a sala, 2015

Depois da paulatina erosão nos hábitos de frequência das salas de cinema, provocada primeiro pela televisão e recentemente pelas novas modalidades de consumo doméstico, que concorrem para reter no sofá o antigo público de sala, será ainda possível contrariar esta tendência e recuperar público para os cinemas? Qual o segmento mais susceptível a esse movimento e em que condições?

A Tela virou Palco: O uso do ambiente do cinema como arena para a performance musical

O artigo tem por objetivo analisar como o ambiente do cinema tem sido reapropriado para a transmissão de apresentações musicais a fim de discutir suas consequências para o mercado da música no Brasil. A hipótese central desse trabalho é que, diante do atual cenário em que o show tende a ser a mediação mais valorizada da experiência musical, as salas de cinema podem emergir como um circuito alternativo para fomentar a realização de shows com a formação de um público consumidor com performance e padrões de sociabilidade específicos. Assim, para ilustrar o debate, será analisado o case referente à transmissão ao vivo do show comemorativo de 15 anos da banda carioca “Los Hermanos”, realizada em 2012, em cinemas de 21 cidades brasileiras.

Do palco à tela (projeto inédito de doutorado)

2006

O projeto Do palco à tela aborda um dos aspectos das relações estabelecidas entre o teatro e o cinema brasileiros na década de 1960 a partir de um conjunto de filmes que foram adaptados de peças escritas por autores da nova geração de dramaturgos surgida na década anterior, a saber: O pagador de promessas, (dir. Anselmo Duarte, 1962), Gimba, presidente dos valentes (dir. Flávio Rangel, 1963), O santo milagroso (dir. Carlos Coimbra, 1965), Vereda da salvação (dir. Anselmo Duarte, 1965), A Compadecida (dir. George Jonas, 1970) e A navalha na carne (dir. Braz Chediak, 1970). Busca-se questionar se um “novo teatro brasileiro” – redefinido como tal a partir da linguagem e dos temas, tramas e personagens presentes nas primeiras peças de autores como Jorge de Andrade, Ariano Suassuna, Gianfrancesco Guarnieri, Dias Gomes, Lauro Cezar Muniz ou Plínio Marcos, todos eles adaptados para o cinema – representou um ponto de apoio econômico, temático, estético ou ideológico para uma produção cinematográfica dita “comercial” contemporânea desses textos, e se essa premissa pode servir como um parâmetro que auxilie a reflexão sobre um grupo de filmes jamais avaliados em seu conjunto.

Pré-cinema e desejos de teatralidade

RESUMO O artigo pretende apresentar alguns aparelhos denominados pré-cinemas, argumentando que na constituição de relação com sua plateia encontravam-se vestígios de uma espetacularização herdeira direta do teatro. Percorremos uma linha histórica que destaca artistas e cientistas que preconizaram experimentos e efeitos óticos, que farão eco com empreendimentos poéticos do teatro contemporâneo. ABSTRACT The article intends to present some devices called pre-movies, asking about the constitution of his relationship with the audience, were influenced by the theater. We have a historical line that aims to highlight artists / scientists who advocated experiments and optical effects, which will find the echo with poetic endeavors of contemporary theater.

Entre literatura, cinema e filosofia: Miguilim nas telas

We have compared literature and cinema according to contemporary philosophy. The objects of research were "Campo Geral", written by João Guimarães Rosa (a novel first published in 1956), and the film inspired by this writing, Mutum (2007), by Sandra Kogut-the most recent film based on Rosa's literature at the time of the proposal of this study. In order to analyse the corpus, we have selected philosophical concepts by the French philosopher Gilles Deleuze, an author who has written both on literature and cinema, with or without his writing partner, Félix Guattari. As we focused on the text and the film in the perspective of the previously chosen concepts, we have reassured the contemporary potential of Rosa's writings. While working the concepts in a transversal plane, coherently with the deleuzian thought, we have also established criteria for comparative studies between literature and cinema, especially through the concept of fabulation.

Perversões cinematográficas do espaço a partir do teatro de câmara

Cinema e Outras Artes IV: Diálogos e Inquietudes Artísticas, 2021

Este ensaio tem como objetivo analisar a utilização do espaço de um conjunto de filmes designados como 'single-set films', de acordo com as suas influências iniciais no teatro de câmara, com especial preocupação na maneira como subvertem o seu próprio conceito de espaço único. Recorrendo a exemplos de vários 'single-set films', tentaremos explicar a sua nomenclatura e caraterísticas, explorando o seu passado teatral com os trabalhos de Max Reinhardt e de August Strindberg, bem como o conceito de unidade de espaço no cinema, que configuram os 'single-set films', na sua noção absoluta, como uma designação perversa devido às necessidades narrativas da linguagem cinematográfica e da gestão do espaço diegético.

Os sertões do cinema

O presente texto procura investigar as representações, o uso, as adaptações d´Os sertões de Euclides da Cunha no cinema brasileiro, assim como a recorrência do tema do sertão, seus trajetos culturais e transformações na forma de emprego e seus significados.

Imagem: do cinema para a performance

Revista Brasileira de Estudos da Presença, 2014

RESUMO No âmbito de uma pesquisa sobre as artes do corpo, o texto aborda o problema da representação da imagem perante as forças corpóreas. Com os estudos filosóficos que Deleuze faz junto ao cinema, trazemos sua taxionomia da imagem, que passa de uma imagem-movimento a uma imagem-tempo, e também consideramos o teatro para analisar como a imagem se lança de uma representação estratificada, moralizante, a uma imagem performática, vibrátil. O trabalho de artistas contemporâneos nos permite e faz pensar a imagem na sua relação com o novo, com o que não é possível conter, com as imagens produzidas pela arte da performance, por um corpo que cria imagens sucessivamente.