Conservadorismo e (Neo)Positivismo Na Educação Brasileira: O Movimento Escola Sem Partido (original) (raw)

Escola Sem Partido: Neoliberalismo e Conservadorismo De Mãos Dadas

2020

Este texto tem como objetivo compreender o movimento Escola sem Partido (ESP), situando-o no contexto da crise estrutural do capital, para desvelarmos as ideologias contidas em seu conteúdo. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e nela buscamos explicitar o momento em que ganha força o discurso e a militância ultraconservadora, bem como sua relação com a lógica neoliberal. Não por acaso, o discurso que defende a família, os valores religiosos, o ataque às ciências, é o mesmo que defende as políticas de austeridade fiscal, a ampliação da margem de atuação da iniciativa privada e a retirada de direitos da classe trabalhadora, ou seja, a privatização e o Estado mínimo. Portanto, faz-se necessário entender que o Escola sem Partido (ESP) se apresenta como instrumento de controle social da burguesia, que utiliza a educação como forte aliada no processo de manipulação de indivíduos, visando à manutenção do projeto societário em curso. Palavras-chave: Escola sem partido. Crise estrutural do capital. Neoliberalismo. Conservadorismo.

Mapeando O Conservadorismo Na Política Educacional Brasileira

2021

Este artigo tem como objetivo contribuir no desenvolvimento do conceito de conservadorismo no contexto da política educacional brasileira, a partir de análises construídas em projeto de pesquisa acerca dessa temática. A proposição teórica que aqui apresentamos é decorrente de investigação dedicada a examinar redes políticas no escopo do avanço do conservadorismo na educação, mobilizando-se as categorias de "aliança conservadora" e "articulação". A pesquisa que subsidia este trabalho é orientada pela metodologia da etnografia de redes (BALL, 2014). Ao longo deste manuscrito, demonstra-se a importância de operar com o conceito de conservadorismo tendo em vista a atual onda conservadora na educação brasileira. Para tanto, apontam-se contribuições a partir dos estudos de Apple (2003; 2013), Moll (2010) e Lacerda (2019). Na sequência, ilustram-se essas discussões teóricas por meio de uma breve análise do processo de militarização da educação no Brasil. Por fim, apresenta-se o entendimento do que é o conservadorismo na atual política educacional brasileira, sintetizando alguns dos argumentos dos autores e da autora estudados e elencam-se alguns elementos, a partir da análise, deste atual conservadorismo. Conclui-se demonstrando que características trazidas por Apple, Moll e Lacerda podem contribuir para compreender o conservadorismo na política educacional brasileira, mas que ainda persistem desafios em relação ao desenvolvimento desse conceito tendo em vista especificidades do Brasil.

Onda conservadora: o emergente movimento escola sem partido

Escola sem partido ou a escola da mordaça e do partido único a serviço do capital, 2018

cunho religioso, denuncia professores de escolas públicas pelo suposto anticristianismo que propagam; o outro, https://stopk12indoctrination.org/k-12-code-of-ethics/, acusa professores de tornarem os es-___ *

Neoconservadorismo e Políticas Educacionais no Brasil

Educação Unisinos

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Pedagogia De Massas Do Neoconservadorismo

Revista Exitus

Este trabalho tem como objeto a análise dos problemas conjunturais da realidade atual brasileira, mais especificamente as voltadas para o desvendamento do fenômeno denominado “bolsonarismo”, o qual parece escapar às ferramentas analíticas usadas até agora pelos cientistas sociais – mesmo dos inscritos no Materialismo Histórico-Dialético. Agregam-se nele categorias psicanalistas, na perspectiva analítica de Wilhelm Reich, quando escreveu A Psicologia de massas do fascismo, escrito na primeira metade do século XX, quando este psicanalista acertou e superou seus colegas marxistas, explicando o fenômeno das massas sob o nazi-fascismo.

Escola Sem Partido e Educação Crítica

Nuances: estudos sobre Educação, 2019

Este artigo reflete sobre o Programa Escola Sem Partido a partir da discussão do teórico Gramsci sobre os intelectuais (tradicional e orgânico). E consubstanciada nos estudos de Piaget, a reflexão relaciona o trabalho docente com a formação do senso crítico no processo de ensino e aprendizagem. Assente na convicção de que são sujeitos que escrevem os circuitos da história, influenciados pelo conjunto de relações sociais em que estão inseridos, o escrito defende a tese de que professores são potenciais intelectuais orgânicos da classe trabalhadora, uma vez que sejam esses que despertam a criticidade nos alunos (dada à noção em Piaget). Essa tese é corroborada por análises de argumentos contidos em redações de vestibulandos que concorreram a uma vaga para diversos cursos de graduação do ensino superior da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – no ano de 2017. A discussão perpassa o conceito de intelectual e suas funções na sociedade, bem como traz o debate para a realid...

Paradigmas positivistas nas reformas educacionais do (des)governo Temer: Do Escola sem partido ao Novo Ensino Médio

Germinal: Marxismo e Educação em Debate

O presente artigo pretende contextualizar a crise política atual no Brasil e realizar apontamentos sobre o movimento Escola Sem Partido e a Reforma do Ensino Médio do governo Temer. Nossa escolha justifica-se, por tais projetos expressarem uma “nova” forma de pensar o Estado, a escola e os movimentos civis sob uma lógica cada vez mais regulada, e sob uma concepção de controle dos currículos e propostas pedagógicas que destoam de todas as elaborações já produzidas em outros países que tendem a caminhar para uma perspectiva da gestão democrática, e que em nada tem a ver com tais propostas. Contextualizado a política em crise no Brasil, apresentadas as propostas de ambos os projetos, e explicitado o motivo da junção das proposições legislativas em análises, partimos para a averiguação da veracidade de seus argumentos e dos possíveis caminhos que modernizariam a educação e resolveriam o problema de déficit de aprendizagem que temos. Ao analisarmos os critérios para a aplicação de tais m...

EDUCAÇÃO E NEOLIBERALISMO: o caso do projeto escola sem partido

Revista Brasileira de Educação em Geografia, 2017

Historicamente o desenvolvimento dos servicos educacionais na sociedade brasileira ocorreu a partir de conflitos sociais. Apos o periodo da redemocratizacao esses conflitos aconteceram predominantemente a partir da dimensao economica, como nos casos do pagamento do piso nacional aos docentes e da destinacao de percentual da receita liquida a educacao. No ano de 2015 foi apresentado junto a Câmara dos Deputados Federais o Projeto de Lei No 867/2015, mais conhecido como “Projeto Escola sem Partido”. Essa discussao apresenta as contradicoes de perspectivas vinculadas a educacao no âmbito epistemologico, uma vez que contrapoe diretamente perspectivas teoricas abordadas nos espacos educativos. Entende-se que esse projeto direciona o conhecimento escolar para a manutencao dos poderes hegemonicos na sociedade contemporânea. PALAVRAS-CHAVE Escola sem Partido. Politicas Educacionais. Projeto de Lei No 867/2015. EDUCACION Y NEOLIBERALISMO: el caso del proyecto escuela sin partidoRESUMEN Histo...

Neoliberalismo e Neoconservadorismo nas políticas educacionais para a formação da juventude brasileira

Jornal de Políticas Educacionais, 2021

O objetivo do artigo é analisar as implicações dos projetos neoliberal e neoconservador na formação da juventude brasileira, que atuam disputando o conteúdo da educação, especialmente na etapa do Ensino Médio como parte do movimento de correlação de forças que ocorre na sociedade pela disputa por projetos societários e de educação. O artigo traz argumentos sobre as particularidades do neoliberalismo (pós-crise de 2008) e suas relações com o neoconservadorismo, que redefinem as fronteiras entre o público e o privado. Analisamos a proposta neoliberal de educação para o empreendedorismo e as propostas neoconservadoras do Escola sem Partido, militarização das escolas e homeschooling, como formas de materialização de seu projeto societário nas políticas de educação básica pública no Brasil, definindo seu conteúdo, com implicações para a construção de uma sociedade democrática e para a formação da juventude.