A DIMENSÃO POLÍTICA DA LINGUAGEM NA PERSPECTIVA DE HANNAH ARENDT (original) (raw)

A CRÍTICA DE HANNAH ARENDT À FILOSOFIA POLÍTICA DE PLATÃO

Revista Brasileira de Iniciação Científica, 2019

Resumo: Com este artigo, trataremos de como a tradição do pensamento político ocidental teve seu início com a filosofia política de Platão, quando ele problematizou a esfera dos assuntos humanos na conformação da pólis; e de como nesta tradição, com o fenômeno da morte de Sócrates, foi estabelecido um abismo entre filosofia e política. Buscaremos compreender este abismo através da relação entre o significado da condenação de Sócrates e os seus desdobramentos na filosofia política de Platão, a qual inaugura o que Hannah Arendt entende por tradição do pensamento político ocidental. Abstract: This paper aims to discuss how the tradition of Western political thought had its beginning with Plato's political philosophy, when he problematized the sphere of human affairs in the shaping of the polis; and to understand how the phenomenon of the death of Socrates established an abyss between philosophy and politics in this tradition. We seek to grasp this abyss through the relation between the meaning of Socrates' condemnation and its unfoldings in Plato's political philosophy, which inaugurates what Hannah Arendt understands as Western political thought tradition. Resumen: Este artículo pretende discutir cómo la tradición del pensamiento político occidental tuvo inicio con la filosofía política de Platón, cuando él problematizó la esfera de los asuntos humanos en la configuración de la polis; y entender cómo el fenómeno de la muerte de Sócrates estableció un abismo entre la filosofía y la política en esta tradición. Buscamos comprender este abismo a través de la relación entre el significado de la condena de Sócrates y sus implicaciones en la filosofía política de Platón, que inaugura lo que Hannah Arendt entiende como la tradición del pensamiento político occidental.

ÉTICA E POLÍTICA NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO IPOL-UNB, 2006

Este trabalho tem como objetivo discutir o conceito de ética de Hannah Arendt. Contudo, não partimos dos textos usuais sobre o tema contidos nos trabalhos de Arendt a partir de sua observação do julgamento de Eichmann (1963). Em obras como Entre o Passado e o Futuro (1954) e A Condição Humana (1958), elaboradas antes deste acontecimento, é possível se vislumbrar uma perspectiva ética do conceito de ação arendtiano. A construção desta ética tem como pressuposto a ação. Deste modo, é uma ética pautada na prática (práxis) e visibilidade de atos criados pelos homens em sua pluralidade. Destacamos que o conceito de ação política de Hannah Arendt, por se construir pela participação dos homens, fundamenta-se nesses próprios homens, neles residindo seu conteúdo ético na forma de um cuidado pelo mundo. A ética arendtiana possui também influências clássicas em sua construção. O modelo ético heróico grego e os textos trágicos se apresentam como elementos constitutivos da ética arendtiana. Ao se ressaltar estas duas inspirações da antigüidade, se pretende afastar uma perspectiva interpretativa que aponta um caráter estético para a ação política de Arendt. Mais do que estético, o conceito de ação político arendtiano é ético

O DISCURSO HISTÓRICO E A MANIPULAÇÃO POLÍTICA NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT

Este presente artigo pretende identificar no pensamento arendtiano como as "verdades" históricas podem ser produzidas através da manipulação política. Os conceitos de verdade, política, opinião e verdades de facto (ou verdades históricas) atuam de forma diferente na sociedade, e a interpretação desses conceitos podem alterar não somente a realidade concebida no presente,rompendo com o processo histórico. Palavras-chave: história, política, verdade, opinião, liberdade, processo.

UMA ANÁLISE DA (IN)JUSTIÇA DA CONDIÇÃO DE ESCRAVIDÃO NA POLÍTICA DE ARISTÓTELES A PARTIR DE HANNAH ARENDT (compactado)

Pluralidade mundo e política - interlúdios em tempos sombrios, 2021

Este capítulo se propõe a analisar os fundamentos utilizados por Aristóteles (2006) para justificar a escravidão. Para isso, é tomada como chave de leitura a categorização das atividades humanas fundamentais proposta por Hannah Arendt (2008). A escravidão no mundo grego antigo era tida como uma forma de liberar o cidadão dos afazeres domésticos e do trabalho para que pudesse ter ócio e, assim, dedicar-se às atividades entre seus iguais, sobretudo à política.

HANNAH ARENDT E A DIMENSÃO POLÍTICA DA AUSÊNCIA DE PENSAMENTO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DO CASO EICHMANN

Revista Ideação, 2020

Este artigo parte de uma leitura da obra “Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal”, de Hannah Arendt, buscando compreender a relação que se estabelece entre ausência de pensamento e a sua consequente dimensão política, entendida desde a relação (responsável) do indivíduo com o mundo (com)partilhado com uma comunidade plural. Através da companhia de Arendt, analisaremos a hipótese de que se Eichmann tivesse estabelecido outra relação com o pensamento, o mal existiria (o Nazismo era um fato), porém ele seria uma das pessoas que diriam não, ou conseguiriam se questionar: qual a dimensão política da minha adesão ao Regime do Terceiro Reich? Quem cultiva a atividade de pensar se impõe limites e estabelece empatia com o mundo plural, no qual somos sempre responsáveis.

A COORIGENARIEDADE ENTRE OS CONCEITOS DE APARÊNCIA E PLURALIDADE EM HANNAH ARENDT

Resumo: O intuito deste artigo é apresentar a centralidade do conceito de pluralidade na obra de Hannah Arendt. Certamente que tal objetivo demanda um espaço que dê conta de todos os escritos de Arendt. Portanto, delinearei aqui alguns dos aspectos que julgo importantes de ressaltar. Penso a pluralidade conjugada no centro de um triangulo em que seus vértices são os conceitos de aparência, mundo comum e esfera pública. Meu argumento é que o conceito de pluralidade é justamente aquele que permite a transição entre tais elementos. Abstract: This article defends the centrality of the concept of plurality in Hannah Arendt " s thought. Such objective would certainly demand a larger space that could pay attention on her entirely work. Therefore, I " ll outline here some aspects I judge it is important to bound. I think plurality as in the center of a triangle witch its vertices are the concepts of appearance, common world and public sphere. My argument is that the concept of plurality is precisely the one that allows the transition among these elements.

UMA ANÁLISE DA (IN)JUSTIÇA DA CONDIÇÃO ESCRAVIDÃO NA POLÍTICA DE ARISTÓTELES A PARTIR DE HANNAH ARENDT

Pluralidade, mundo e política: interlúdios em tempos sombrios, 2021

Este capítulo se propõe a analisar os fundamentos utilizados por Aristóteles (2006) para justificar a escravidão. Para isso, é tomada como chave de leitura a categorização das atividades humanas fundamentais proposta por Hannah Arendt (2008). A escravidão no mundo grego antigo era tida como uma forma de liberar o cidadão dos afazeres domésticos e do trabalho para que pudesse ter ócio e, assim, dedicar-se às atividades entre seus iguais, sobretudo à política. O que se procurou fazer foi relacionar da forma mais didática que se encontrou as categorias arendtianas das atividades humanas fundamentais para a leitura da realidade antiga com a defesa por parte de Aristóteles de que seria justa a condição de escravidão em certas situações. Ou seja, o que se pretendeu foi tornar claro que, para Hannah Arendt (2008), Aristóteles considerava justo que uns vivessem como instrumentos animados de outros (para o labor e para o trabalho) liberando estes últimos para que atuassem na esfera pública, para que vivessem para a ação (mesmo reconhecendo18 não haver diferença por natureza entre senhor e escravo).

O TOTALITARISMO SOB A PERSPECTIVA DE HANNAH ARENDT

2015

This work is devoted to an attempt to understand what the totalitarian regimes from the perspective of Hannah Arendt. The principle totalitarianism is investigated forward the notion of politics. Identified by contemporary political thought as a singular novelty in human history is considered as a representative example of the destruction of the political, totalitarian phenomenon caused controversy regarding the terms used in the process of understanding. Jointly dedicate this to us analyze, in its constituent elements, the phenomenon called "mass society", a phenomenon from which was built the political regime that has affected life in the West. Hannah Arendt, defends the idea that the total area is new phenomenon to which the political theory had not found adequate theoretical basis for the analysis. In this sense the present work aims to explain the essential differences, placed by the author, between tyranny and totalitarianism in order to demonstrate how this latest addition to destroying the public sphere, also invests against private life, radicalizing the isolation phenomenon and introducing loneliness as radical experience of human existence. Examine from the political thought of Hannah Arendt the distinction between public and private spheres, and how in the sphere of privacy modernity reached a public significance never taken before. Therefore, it is only in modern times that the public sphere has become just a function of the private sphere, thus enabling that life and the need to ascend central political issue.

POLARIZAÇÃO POLÍTICA ENQUANTO FENÔMENO LINGUÍSTICO

Resumo: O presente trabalho apresenta a relação entre a polarização política e processos linguísticos, demonstrando como estes são capazes de influenciar o processo de polarização da sociedade. Para tanto, num primeiro momento estuda-se como processos linguísticos se reproduzem, considerando, ainda, o suporte psíquico da linguagem, instrumental para o tema em análise. Em seguida, apresentase em que consiste o fenômeno de polarização política. E por fim, este estudo examina a relação entre os institutos previamente explorados, atingindo seu clímax apresentando as características de processos comunicacionais em sociedades altamente polarizadas.