Sonhos de um Visionário e suas contribuições para a ética de Kant (original) (raw)
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2011
Sonhos e o empirismo 9 2-O nexo Kant-Hume 3-O problema de Hume 1 3 4-A suposta resposta de Kant ao problema de Hume em 1760 5-O impacto do problema de Hume no contexto de 1770 6-O ceticismo pirrônico de 1760: a questão das antinomias 7-O nexo Kant-Rousseau 8-Rousseau e as novas concepções do Emílio 9-A reação aos ensinamentos de Rousseau nos escritos pré-críticos 10-O ceticismo moral e o agnosticismo em Sonhos 11-Considerações finais sobre o caráter de Sonhos CAPÍTULO 2: SONHOS E O PROBLEMA DA METAFÍSICA NO PERÍODO PRÉ-CRÍTICO 1-A metafísica inicial de Kant 2-A proposta do método analítico para a metafísica 3-O problema da natureza do espírito 4-O problema da localização do espírito 5-A recusa do método analítico para a metafísica 6-A Anti-cabala: o ceticismo contra o acesso desimpedido ao mundo espiritual 7-O mundo dos espíritos como sintoma da loucura 8-O nexo Kant-Swedenborg 9-O misticismo de Swedenborg 10-A Arcana Coelestia 11-O colapso da metafísica pré-crítica CAPÍTULO 3: SONHOS E AS INDICAÇÕES DE UMA NOVA FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA E DA RELIGIÃO 1-O problema das leis pneumatológicas 2-O mundo dos espíritos e os princípios da vida 3-A vontade como princípio do mundo dos espíritos 4-A indicação de uma fundamentação positiva para a metafísica 5-A autonomia do mundo dos espíritos 6-O papel do sentimento moral em Sonhos 7-O mundo dos espíritos e o protótipo do reino dos fins 8-A idéia de uma crença moral 9-A balança da esperança 10-Os traços da nova concepção de metafísica: A limitação do conhecimento e a abertura para a fé CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA 1-Bibliografia primária 2-Bibliografia secundária RESUMO O objetivo deste trabalho é investigar, tendo como base o texto Sonhos de um Visionário, a problemática do espírito dentro do pensamento inicial de Kant, destacando, nesse contexto, as primeiras indicações do criticismo. Enfocaremos a superação da metafísica inicial de Kant, em Sonhos, e a configuração de um novo horizonte para se pensar o problema do espírito e da metafísica em geral através de uma reflexão sobre a vontade humana. Serão apresentadas as evidências de uma mudança de direção no pensamento kantiano a partir da qual a moral será apontada como a base para a fundamentação da metafísica. A religião, por sua vez, apresentar-se-á como um importante elemento dentro desta nova elaboração.
Kant e Os ‘Sonhos De Um Visionário’: Um Escrito Pré-Crítico De Cunho Crítico?
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, 2009
Nossa proposta é apresentar argumentos que enfatizem a possibilidade do escrito kantiano “Sonhos de um visionário explicados por sonhos da metafísica” (1766) ser considerado como um possível escrito de virada crítica ou uma obra que contém elementos que supostamente conduziram Kant ao criticismo presente na Dissertação de 1770 e na Crítica da razão pura. A década de 1760 do período pré-crítico da filosofia kantiana é considerada como antidogmática ou mesmo um período de crítica ao racionalismo dogmático, em que Kant promove uma crítica à Escola Leibniz-wolffiana e busca fundamentar a metafísica como a ciência dos limites da razão. Podemos citar alguns dos elementos que permitem caracterizar a obra como contendo conteúdo de cunho crítico: espaço e tempo como formas para abarcar objetos sensíveis; a ilusão e confusão do entendimento em abarcar seres que estão fora do campo sensível; e este como garantia da validade objetiva dos conceitos racionais.
Kalagatos, 2013
The aim of this paper is to highlight the importance of Dreams of a Spirit-seer elucidated by Dreams of Metaphysics from 1766 for the development of Kant's theoretical philosophy and particularly to his conception of metaphysics. On one hand, we will stress that the insoluble problems of rational psychology in Dreams, led Kant definitely to realize the impossibility of the metaphysical system proposed in his early work, published between 1746 and end of 1750. This is seen through the inconsistency of some of its fundamental concepts such as space, active forces and spirits. On the other hand, we will show that this prospect led Kant to leave the optimism of 1764 in relation to the reconstruction of metaphysics as deductive science and ontology. Accordingly, the first insights into the effective impossibility of the traditional concept of metaphysics and consciousness of the need for reform in its significance will emerge. Thus, some important steps will be taken toward his mature thought from this.
O sonho de Descartes e o despertar de Kant
Aufklärung: journal of philosophy, 2016
R ené Descartes nasceu em 1596 em La Haye, França e faleceu em Estocolmo, Suécia, em 1650. Foi educado no aristotelismo tradicional no colégio jesuíta La Fleche. Serviu como soldado na Holanda e deixou o exército em 1621 para se dedicar à ciência e à filosofia. De 10 para 11 de novembro de 1619, quando se encontrava em Ulm, Alemanha, fechouse num quarto e teve três sonhos, acreditando ser uma revelação divina sobre o trabalho filosófico a que se dedicaria. Mudouse para a França, mas em 1629 voltou par a Holanda. Em 1637 publicou Discurso do método, cuja segunda parte reporta sua estada na Alemanha em 1619 e a possibilidade da construção do edifício de uma ciência admirável. Em 1639 iniciou as Meditações, considerada sua obra mais importante. Sua intenção era escrever para o
Metafísica, sonhos e ficção: Kant e os espectros
Metafísica, sonhos e ficção: Kant e os espectros, 2023
Metaphysics, Dreams and Fiction: Kant and the Specters This article aims to present in general lines the development of the theory of spirits undertaken by Kant in the text The Dreams of a Visionary Explained by the Dreams of Metaphysics, published in 1766, with its epistemic consequences. The central point is the optical scheme that Kant uses to explain the phenomena of communication with spirits and its relationship with the scheme of visual perception itself, as well as the spectral projection devices used in spiritism shows and seances. Our hypothesis is that the Kantian text is part, due to its style and theme, of the wave of publications on visionaries, apparitions and phantasmagorical spectacles, which gained volume from the last decades of the eighteenth century and became an epidemic in the following century, giving rise to what Adorno and Horkheimer would later call cultural industry. Furthermore, in view of the centrality that the oneiric regime has for capitalist realism in Mike Fischer's terms, it is no less probable that in it, the structural continuity of the Kantian scheme and its spectral consequences will occur. Keywords Kant; metaphysics; spirits; dream; apparitions; spectacle
Kant acordou mesmo do sonho dogmático?
Na conhecida passagem do Prefácio aos Prolegômenos, Kant afirma que foi David Hume quem interrompeu o seu sono dogmático. Essa passagem é lida com frequência como uma declaração em que Kant anuncia seu afastamento do dogmatismo, mas ela não pode ser bem entendida sem o pano de fundo dogmático que a torna possível. O presente artigo procura reconstruir a “doutrina” do sono e do sonho no leibnizianismo, a fim de chegar o mais próximo do sentido que Kant pretende dar à sua afirmação.
Alguns Aspectos Da Moral De Kant Na Obra Fundamentação Da Metafísica Dos Costumes
Prometeus, 2012
Mestrando em Filosofia pela USJT Resumo: Este artigo tem o objetivo de captar alguns aspectos da moral do filósofo Immanuel Kant em sua obra Fundamentação da metafísica dos costumes. Partindo do critério de uma moral a priori, ou seja, anterior a qualquer experiência, o filósofo fundamenta o seu edifício filosófico a respeito da questão, e então passa a estabelecer as demais regras. Daí, temos algumas máximas que devem seguir a moral kantiana, baseada sempre na razão, como vemos a seguir: 1. Agir como se a tua máxima fosse se tornar uma lei universal; 2. Agir por dever, pela razão, isto é, sem nenhum interesse senão a própria razão; 3. Tratar o outro sempre como um fim em si mesmo, nunca como um meio. Estas são algumas das regras da moral kantiana, que serão trabalhadas neste artigo. Palavras-chave: Moral. Razão. A priori.
A demanda racional da ética de Kant no início de 1760
ethic@ - An international Journal for Moral Philosophy, 2017
Meu objetivo nesse trabalho é apresentar uma linha distinta de interpretação do problema moral em duas das principais obras do jovem Kant, a saber, a Investigação sobre a Evidência e as Observações sobre o Sentimento do Belo e do Sublime. Em contraposição à leitura tradicional, tento mostrar que, ao analisar a relação entre os aspectos formais e materiais da moralidade, somos capazes de constatar que existe, de fato, uma demanda racional subjacente ao problema ético nesse contexto. Isso mostra, por conseguinte, que ao invés de representar uma mera reprodução da moral britânica, esses escritos retratam um momento de transição no qual Kant se liberta em grande medida da influência escolástica, para investigar mais profundamente o conceito primário de obrigação moral.
Filosofia Unisinos, 2009
Ao defi nir-se pelo primado da razão prática, o Kant maduro afasta-se de sua intuição, clara nos textos pré-críticos, de que a estética aponta para uma dimensão plural e condicionada de homem, incompatível com a abordagem imperativista de sua Crítica da razão prática.