A Afetividade Contemporânea e Sua Relação Com a Individualidade e a Construção Do Sujeito Na Modernidade (original) (raw)

A Condição Psicossocial Do Sujeito Na Pós-Modernidade

2014

O presente texto tem como objetivo construir uma compreensao sobre as determinacoes socio historicas da precarizacao do sujeito na dita pos-modernidade. O positivismo foi um paradigma que potencializou o metodo cientifico na determinacao das relacoes sociais atraves do desencantamento do sujeito em uma perspectiva alienante, reduzindo, esvaziando, subalternizando sem compreender dialeticamente as implicacoes particulares e universais tipicas do discurso pos-moderno na condicao psicossocial do sujeito na vigencia da sociabilidade do capital.

Até que a Vida os Separe: Um Ensaio sobre Relacionamentos Afetivos na Pós Modernidade

A organização tradicional de família na pós-modernidade vem sofrendo abalos estruturais em virtude da mudança de estilo de vida a partir do consumo e do individualismo, pois não mais se coaduna com a organização social do trabalho vigente, que conta com a força produtiva das mulheres. Na busca por desenvolvimento pessoal e profissional, casais vivem um conflito de prioridade entre as relações conjugais e a entidade familiar, de modo que as novas gerações elegem parceiros de vida que apoiem e auxiliem o crescimento noutros aspectos da vida. Nessa nova configuração, a liberdade existencial responsável ocupa o espaço do livre-arbítrio na orientação das decisões.

História Dos Afetos No Presente

Projeto História : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, 2021

Este artigo apresenta parte da pesquisa com história oral de vida, desenvolvida com mulheres transexuais e travestis em cidades como Alfenas, Paraguaçu e Alterosa, no sul de Minas Gerais, intitulada Pelo direito de existir. Analiso as narrativas em torno de uma das temáticas apontadas por elas, que é o direito de amarem e serem amadas, como parte importante de sua existência e do reconhecimento como pessoas. Acredito que ao registrar suas memórias, tão apagadas ao longo da história pelo dispositivo cisheteronormativo, possamos contribuir para uma história dos afetos sobre sua identidade, sua negociação com a imposição binária e a resistência entre a adequação e a transgressão.

Modernidade, contemporaneidade e subjetividade

Sapere Aude-Revista de Filosofia, 2011

O artigo objetiva a discussão das características da modernidade e contemporaneidade e seus possíveis efeitos de mal-estar sobre a subjetividade. O projeto da modernidade apresenta-se marcado pelo viés antropológico e antropocêntrico, já que o homem, enquanto indivíduo, foi alçado à condição fundamental de medida de todas as coisas. Enfatizam-se a autonomia individual e a valorização narcísica, que se constituem em novos modos de alienação e se orientam em direção ao gozo e ao consumo. Em uma sociedade, na qual se valoriza a autonomia do indivíduo, o sujeito se vê obrigado a recorrer e a se referir a si próprio, imerso em uma busca narcísica de perfeição e completude, evitando, dessa forma, um confronto com sua condição de ser marcado pelo falta e pela castração, que lhe impõem limites.

O Sujeito contemporâneo: um recorte psicanalítico

2010

Este trabalho e uma tentativa de contextualizar a importância da cultura e do pai na constituicao do sujeito. Para tal, utilizamos como pano de fundo o texto freudiano de 1913, Totem e Tabu, somado a contribuicoes de autores contemporâneos. Articulando a figura do pai com as polemicas do seculo XXI, almejamos apresentar um recorte de seus reflexos no sujeito contemporâneo. Entendemos que os paradigmas do inicio do seculo passado justificavam a rebeldia dos jovens, mas o seculo XXI traz em seu cerne uma nova visao de mundo, uma mudanca discursiva. Hoje, nao ha mais tempo para elaboracao dos lutos, pois e preciso responder as exigencias culturais imediatamente. O Outro que norteava o caminho ate o inicio do seculo passado, ja nao e tao consistente. Segundo Lacan, o mestre antigo foi subvertido e em seu lugar encontramos o mestre contemporâneo que, ao mesmo tempo em que promete a completude, caso o sujeito consuma seus produtos, fomenta o isolamento e o sofrimento, tornando as relacoes...

O Amor e a Afetividade Sob a Perspectiva Antropológica

Revista TOMO

Afetividade é a expressão de sentimento mais adequada ao modelo de sociedade que não integra a ordem ocidental e embora não tenha sido objeto de uma investigação mais apurada por parte da antropologia, recebeu de Lévi-Bruhl a atenção merecida, o qual atribui às emoções uma dimensãoessencial no processo de conhecimento. Segundo esse autor,elementos como intuição, sensibilidade e afetividade são pressupostos fundamentais para que se possa alcançar um tipo de conhecimento antecipado que, embora contraposto à razão, nada deixa a desejar em termos de coerência. O privilégio atribuído por Lévi-Bruhl, no manejo do material etnográfico, às “entidades primitivas”, possibilita o desenvolvimento de um argumento favorável à afetividade, que é o objetivo desse artigo, cuja finalidade é percorrer o caminho etnográfico realizado pela antropologia, vendo a relação estabelecida em seu interior,entre investigação e afetividade.

Apontamentos acerca da busca pela felicidade na contemporaneidade

Multitemas, Campo Grande, MS, v. 25, n. 60, p. 103-125,, 2020

A felicidade é considerada um tema bastante difundido, da Antiguidade ao presente. Refletir sobre ela faz-se extremamente necessário, visto que sobre a felicidade muito se incentiva desordenadamente, mas pouco se pensa. O objetivo principal deste estudo é propor uma reflexão sobre a busca pela felicidade, a fim de conduzir o leitor ao ponto de partida do caminho de conquista da própria felicidade. Pretende-se utilizar pesquisa bibliográfica a partir de obras disponibilizadas nos meios virtual e impresso, como metodologia para o cumprimento da referida proposta. Defronte aos objetivos, foi possível chegar a algumas considerações, delas são destacadas três: 1) Tal busca propriamente dita, sem antes verificar outras questões pertinentes, mostra-se ineficaz; 2) É inerente ao ser humano o desejo de uma felicidade duradoura, mesmo que aparentemente ela não exista; 3) A felicidade pode estar fundamentada na posse da sabedoria e no conhecimento do sentido; nessas duas coisas, a felicidade torna-se uma consequência.

Afetividade e Pessoa na Fenomenologia de Dietrich Von Hildebrand

Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, 2017

que melhor expressa a vida interior humana. É por meio da afetividade que é possível dizer que vivemos algo. Sendo assim, o filósofo exige uma análise radical e rigorosa, entendendo fenomenologicamente a resposta afetiva possuidora de um caráter ativo e que expressa a tomada de decisão em relação aos acontecimentos no ser humano.

Afetos contemporâneos e comunicação – algumas perspectivas

Este presente artigo tem como objetivo discutir um método de análise da Comunicação pelos conceitos de “afeição” e “afeto” em Spinoza, a partir do comentário de Gilles Deleuze. Visa-se, dessa forma, abrir debate para uma fenomenologia dos afetos, presenciado, sobretudo, nos meios maquínicos de comunicação. Até por esse motivo, classificamos o método a ser apresentado como uma projeção contemporânea dos conceitos modernos de Spinoza. Em um segundo momento, propomos pensar a comunicação a partir dos afetos e agenciamentos para além do “humano”, adotando uma ontologia achatada que dialogue com a possibilidade das comunicações entre coisas ou seres viventes. Para isso, ainda que de maneira muito concisa, traremos algumas discussões da “ontologia orientada às máquinas” (BRYANT, 2014) ou a “ontologia orientada aos objetos” (HARMAN, 2011).