Apresentação: Dos Estudos Da Escravidão Aos Caminhos Da Liberdade: Histórias e Pesquisas (original) (raw)

Escravidão contemporânea no Brasil: A trajetória histórica de um debate teórico-metodológico e político (1985-2003)

Aedos, 2009

A escravidão contemporânea, por suas características clandestinas, é um fenômeno de difícil mensuração estatística. Porém, o levantamento do número de denuncias, se por um lado, é questionável como referência para calcular o número total de casos de escravização, por outro se tornou, na virada do século XX para o XXI, um instrumento valioso para a mobilização social e para a provocação de alterações nas posturas de governos, do Estado e da própria lei.

Dossiê - Escravidões, Experiências de Liberdades e Pós-Abolição no Brasil. Revista Discente Ofícios de Clio - Períodico Discente dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Revista Discente Ofícios de Clio, v.8, n. 15, 2024

Nenhuma outra cidade nas Américas se aproximou do quantitativo da população escravizada do Rio de Janeiro durante a primeira metade do século XIX. Escravizados das mais diversas regiões de África dividiam cenário com livres, libertos e outros cativos nascidos no Brasil. Experiências e expectativas eram postas à prova nas ruas Corte, com diferentes tentativas de subversão da ordem escravista, sendo uma delas objeto da presente investigação: as fugas de escravizados. O presente artigo, a partir da análise de anúncio de fuga coletiva entre africanos orientais, busca analisar a (re)construção de identidades por meio de articulações e estratégias para manter-se evadido, além de debater questões étnicas em torno desse grupo, ainda obliterada pela historiografia brasileira. As discussões aqui realizadas são provenientes de reflexões preliminares, ainda em desenvolvimento, em pesquisa de dissertação de mestrado. Palavras-chave: História da Escravidão; fugas; africanos orientais.

Escravidão na Era da Emancipação

Direito Público

A trajetória da escravidão para a liberdade é geralmente contada de forma linear, mas para milhares de negros nas Américas, as últimas décadas do século XIX foram uma época de expansão da escravidão. No Brasil, o comércio interno de escravizados deslocou mais de 200.000 pessoas das plantações do nordeste para a região centro-sul, onde a agricultura comercial de café rapidamente se tornava o principal setor de exportação do país. Cada vez mais, estudiosos têm discutido os modos pelos quais descendentes de africanos se tornavam agentes de sua liberdade no mundo atlântico, no entanto, tal agência é menos visível para as vítimas do tráfico interno. PALAVRAS-CHAVE: Brasil; escravidão; abolição.

Liberdade, Liberdades: Dilemas da Escravidão na Sabinada (Bahia, 1837-1838)

Sankofa (São Paulo), 2010

Este trabalho propõe a investigação das relações escravistas desenvolvidas ao longo da revolta liberal conhecida como Sabinada (Bahia, 1837-1838). A análise basear-se-á na documentação produzida pelos próprios envolvidos no movimento separatista baiano, bem como nas fontes referentes à repressão do movimento, de modo que se ofereça um panorama comparativo. A intenção é compreender as relações escravistas em um meio político predominantemente liberal, assim como a importância das marcas sociais de cor entre os envolvidos no episódio.

A Libertação Da Escravidão

Revista Fragmentos de Cultura - Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, 2020

FERREIRA, Joel Antônio. A Libertação da Escravidão. Goiânia: Espaço acadêmico, 2019, 167p.

A Escravidão no Brasil e no Mundo

O artigo IV da Declaração Universal dos Direitos Humanos que foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações unidas em 10 de dezembro de 1948 alude in litteris; "Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas". O que nos leva a crer que formalmente de acordo com a lei, a escravidão não existe mais no mundo. E, o derradeiro país a abolir a escravidão foi a Mauritânia em 1981. Porém, a escravidão prossegue em muitos países, pois as leis não são cumpridas. As leis foram somente feitas pela pressão de outros países e da Organização das Nações Unidas, mas não representavam a vontade do governo do respectivo país. Calcula-se que atualmente pelo menos existem 28 milhões de escravos em todo mundo. Quando se cogita em trabalho escravo, logo nos vem imagines de grilhões e açoites tal propaladas pelos livros de História. Mas a escravidão se perpetua até mesmo nos dias atuais, e, não somente nos países pobres ou em vulnerabilidade social, como também naqueles países desenvolvidos. A miséria como produto da desigualdade e da impunidade é uma grave doença social e, em alguns continentes é endêmica. Contemporâneas, há as mais diversas formas de escravidão humana, como a prostituição infantil, o tráfico de órgãos, o tráfico internacional de mulheres, a exploração de imigrantes ilegais e à servidão por dívida. Apesar da legislação vigente proibir a escravidão, mesmo assim, não tem impedido que inescrupulosos se beneficiem do trabalho de pessoas cativas.