A Teoria do Crescimento da Firma e Seus 60 Anos: De onde Viemos e para onde Vamos (original) (raw)

Crescimento e estruturação da firmas

O setor elétrico brasileiro passou por duas expressivas reformas institucionais. A primeira, em 1996, tinha como objetivo introduzir a competição no segmento de geração, e criou o segmento de comercialização, além de aumentar a participação do capital privado, via privatizações. A segunda, em 2004, tentou corrigir os erros da primeira, que culminaram com o racionamento em 2001, e aumentou a participação do Estado no setor. Paralelamente, é possível observar que, nos últimos anos, muitas grandes empresas vêm se estruturando em conglomerados. Assim, o objetivo deste artigo é analisar o movimento de crescimento e estruturação das empresas do setor elétrico brasileiro. Este é um trabalho teórico-empírico, com utilização de dados primários e secundários. Os dados primários foram obtidos a partir de entrevistas semi-estruturadas com sete stakehorlders que ocupam cargos estratégicos em diversas organizações do setor e em instituições ligadas a ele diretamente. O tipo de análise é, em razão das característica subjetiva dos dados, interpretativo. O artigo mostra que nas empresas analisadas o movimento de crescimento é de natureza defensiva, por causa da estrutura de governança vigente. Nesse sentido, as empresas realizam integração vertical via contratos com empresas do mesmo grupo econômico. De forma geral, os indutores do crescimento são externos, especialmente a estrutura de governança do setor elétrico. A principal contribuição do artigo é mostrar que o ambiente institucional também é um importante indutor do crescimento das empresas.

Mudanças Institucionais e a Lógica de Expansão da Grande Empresa

2009

Este texto tem por objetivo analisar a lógica de expansão das corporações multinacionais e seus condicionantes, de modo a permitir uma leitura da dinâmica e das principais características dos fluxos globais de investimento direto externo (IDE) a partir dos anos 1980. Trata-se de uma resenha analítica de abordagem históricoteórica que procura levantar os principais elementos explicativos das mudanças ocorridas na

Uma Nota sobre Idade da Firma e Salários: Teoria e Evidência

2008

O período de tempo no qual uma empresa opera em um determinado mercado indica seu histórico de desempenho nos negócios. As evidências disponíveis sugerem que empresas maduras apresentam menores probabilidades de saída de mercado e de falência. A relação entre idade das empresas e salários capta, na realidade, a relação entre desempenho da firma e salários. A teoria econômica fornece duas hipóteses para tal relação: relação negativa decorrente de diferenciais compensatórios de salários e relação positiva decorrente da maior capacidade de pagamento das empresas maduras. O objetivo desse trabalhoé testar tal relação para o caso brasileiro.

A gestão das gerações em uma empresa que nasceu “Y” nos anos 1960: Os papéis funcionais em sobreposição à idade

Revista Administração em Diálogo - RAD, 2015

O objetivo deste artigo é o de explorar os fatores contextuais e a gestão das gerações em uma empresa que é referência em gestão de pessoas no Brasil. Para o cumprimento de tal objetivo, foi realizada uma pesquisa descritiva-explicativa, consolidada por meio de um estudo de caso na Promon S.A.Constatou-se que o contexto em que a gestão de pessoas acontece influencia a gestão das gerações. Tal influência parece impossibilitar a criação de apenas um padrão para tal gestão, tornando ainda mais desafiadora a tarefa de promover a convivência inevitável entre as gerações.

Teoria das Organizações 1º trabalho: "A evolução da gestão"

1. O texto descreve várias teorias da gestão e sua evolução ao longo do tempo, agrupando-as em abordagens clássicas e abordagens contemporâneas. Genericamente e de forma agregada, em que diferem estas duas abordagens? Faça uma análise comparada das principais características destas duas abordagens ao pensamento em gestão. As principais diferenças entras estas duas teorias baseiam-se na forma Humana e social que as pessoas são expostas e na forma de visão da própria organização. Por um lado, na teoria clássica o seu enfase era na estrutura organizacional com atenção para toda a organização (sistema fechado) procurando um trabalhador com mão de obra barata, porém eficiente, os trabalhadores eram vistos como máquinas. A grande maioria das pessoas trabalhavam em ambientes degradáveis e sobretudo com relações de trabalho despóticas, ou seja, não tinham qualquer tipo de opinião, decisões e até mesmo de ideias, os funcionários eram submissos a quem geria a empresa. A falta de qualificações por parte dos funcionários era um trunfo importante para os administradores para eles manterem-se submissos. Além disso, estes não eram multifuncionais, não sabiam todo o processo de produção tão pouco exercer cada uma das etapas de produção. Esta teoria preocupava-se com o maior número de produção no menor tempo possível, não tendo em conta o Ser Humano na sua essência, havendo uma enorme necessidade de humanização. Por outro lado, a teoria contemporânea, surgida após a Segunda Guerra Mundial, possui um modelo sistémico e comportamental, foca-se nas pessoas e no ambiente organizacional. Esta teoria, contrariamente ao modelo clássico considera a organização como um sistema aberto, no sentido em que há uma constante interação com o meio e que existe uma extrema dependência desta relação. Nesta teoria, as pessoas juntam-se de forma a atingir certos objetivos, que sozinhos não conseguiriam alcançar devido à complexidade das atividades. É dada a importância ao todo como forma de sucesso da organização. Este modelo, exige muita mais flexibilidade por parte de quem administra a organização, pois o ambiente está numa constante mudança e é necessária inovação e adaptabilidade. Este tipo de gestão tem em vista um pensamento oposto ao da clássica no sentido em que os gestores da organização devem destacar as competências técnicas e base de conceção do Homem como ser racional e que toda a gente tem objetivos diferentes e que devem existir abordagens distintas. Na minha opinião, a gestão de "hoje" é a evolução da gestão clássica sem dúvida alguma, porém ela ainda se encontra bastante presentes nos dias de hoje pois mesmo nestes modelos contemporâneos, é potencializada produção em massa e especialmente a manutenção de privilégios e prestígios na conquista e manutenção do poder. 2. Explique três problemas organizacionais modernos que resultam da aplicação das abordagens clássicas da gestão. Mostre, com exemplos, em que medida esses problemas prejudicam a gestão dessas organizações, dando ideias de como os resolver.

A resposta da geração Y na estratégia de crescimento organizacional

Revista Brasileira de Casos de Ensino em Administração, 2012

Todos os direitos reservados. Permitidas a citação e a reprodução parcial ou total, desde que identificada a fonte. Em caso de dúvidas, consulte a Redação: gvcasos.redacao@fgv.br; (11) 3799-3717 1 Este caso relata uma situação real ocorrida numa organização do Rio Grande do Sul. O nome da empresa, bem como o de seus dirigentes, é fictício, de modo a preservar as fontes do caso real aqui exposto. _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ ©FGV-EAESP / RAE 2012 www.fgv.br/gvcasos 2 em que está atuando profissionalmente, pois, quando esse grupo não recebe respostas às suas necessidades de ascensão imaginada, busca outros ambientes de trabalho, o que ajuda a provocar um aumento no grau de rotatividade 2 . Nesse momento, era fundamental que a empresa tomasse decisões rápidas quanto aos desgastes gerados com os colaboradores e com os problemas financeiros.

Fusões e incorporações (1964-1984): o caminho de expansão da firma bancária no Brasil

1999

Análise dos efeitos das fusões e incorporações sobre o crescimento dos bancos comerciais brasileiros, entre 1964 e 1984, enfatizando o controle governamental (COFIE) sobre o perfil da atividade bancária. O crescimento da firma bancária é medido pela captação dos depósitos à vista dos 10 maiores bancos comerciais. Estudo da relação entre absorção-centralização-concentração, pelo roteiro das fusões e incorporações e da comparação do desempenho de um número reduzido de bancos em relação ao mercado monetário. Diante de um mercado monetário que nem sequer respondeu à expansão do PIB, em termos reais, e das restrições à expansão da atividade bancária, os bancos comerciais buscaram ampliar a captação de recursos (depósitos à vista) com a transferência de recursos oriunda das consecutivas absorções (bancos/agências), principalmente, durante 1964-75. Portanto, a expansão da firma bancária no Brasil, deveu-se, sobretudo, ao fenômeno das fusões e incorporações bancárias levado a cabo (estimulado) pelo governo.

A FORMAÇÃO DA GRANDE EMPRESA INDUSTRIAL BRASILEIRA: UM ESTUDO DO PROCESSO DE CRESCIMENTO DO GRUPO J. MACÊDO SOB A ÓTICA DA TEORIA DA FIRMA

2006

Este artigo tem como objetivo analisar a trajetória de crescimentodo grupo J. Macêdo, um dos líderes da indústriade moagem de trigo no Brasil. Baseado numa perspectivachandleriana do processo de constituição e consolidaçãode grupos empresariais, o artigo busca analisar oposicionamento estratégico adotado pelo grupo ao longode sua história, desde a etapa inicial de atuação como representantecomercial até a entrada na indústria de trigo eposterior segmentação em produtos de consumo. Para isso,utilizam-se como referencial teórico a economia dos custosde transação e a abordagem evolucionista do processo deformação da competência central de uma firma. A conclusãoé que a competência de inovação e de melhoria contínuados produtos, alcançadas por meio de estratégias deintegração horizontal, parcerias e alianças estratégicas, culminaramna consolidação do grupo no segmento de produtosde consumo derivados do trigo.