O IMPACTO DA GLOBALIZAÇÃO NA COMUNICAÇÃO: PARA UMA ABORDAGEM PÓS CONVENCIONAL DO CONCEITO DE REDES CULTURAIS (original) (raw)

COMUNICAÇÃO E CULTURA: DISTÂNCIAS E CONVERGÊNCIAS NUM MUNDO EM REDE

Cultura(S): Definições, Desafios, Percursos Organização Gabriel Magalhães e Urbano Sidoncha Editora LabCom.IFP www.labcom-ifp.ubi.pt Coleção Ars ISBN 978-989-654-482-9 , 2018

A relação entre as noções polissémicas de cultura e de comunicação configura-se em torno de discursos que tratam dos mesmos objetos reais tais como sejam os meios de comunicação, as práticas culturais, os objetos artísticos, as políticas de comunicação e outros fenómenos em que a partilha de significados se reveste de evidência particular

VIZINHANÇA GLOBAL OU PROXIMIDADE IMPOSTA? IMPACTOS DA COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL MEDIADA POR COMPUTADOR SOBRE O PAPEL DA CULTURA NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Muitas práticas educacionais no ensino e aprendizagem de línguas parecem ainda dominadas por uma visão de cultura essencialista, na qual os alunos, suas habilidades e atitudes de aprendizagem são caracterizadas por estereótipos problemáticos e/ou imaginários de suas culturas religiosas, étnicas e nacionais. As novas ferramentas e aplicativos para comunicação trazidos pela internet têm contribuído para o aumento de práticas comunicativas entre indivíduos de diferentes culturas e o uso da língua inglesa entre falantes não nativos, o que também tende a trazer impactos sobre a maneira como entendemos e ensinamos cultura na aprendizagem de tal língua. Este artigo pretende explicitar a visão de cultura presente nos conceitos de competência comunicativa e competência intercultural, e discutir a necessidade de reformulação do componente cultural no ensino e aprendizagem de línguas, para que ele objetive a exploração da complexidade advinda do pragmatismo dos encontros interculturais na contemporaneidade. Palavras-chave: ensino de línguas, novas tecnologias, cultura, competência intercultural, competência comunicativa.

Globalização e Consumo: Vantagens e Desvantagens Para Uma Melhor Comunicação Nas Organizações

2006

Este artigo pretende analisar os processos de comunicacao entre em- presas e empregados e entre capital e trabalho. A pesquisa foca as atuais relacoes de trabalho oriundas da globalizacao e a correlacao dos conceitos da comunicacao da historia social do trabalho com os novos habitos de consumo. Foi enfatizada a importancia da comunicacao interna nas organizacoes, tendo em vista que o campo do trabalho e palco de dominacao, opressao de cultura e sonegacao de informacoes aos funcionarios das organizacoes. Com base na concepcao “da mais valia” de Karl Marx, foram encontradas brechas teoricas que demonstram que uma melhor comu- nicacao interna pode ser campo de transformacao cultural do mundo das relacoes do trabalho.

O impacto simbiótico do processo de globalização nos meios de comunicação social

Nowadays, globalization is a concept heard and discussed out through all corners of the world. There have been several sectors affected by this phenomenon, in particular the communication sector. The way the media operate and work has changed over time due to different events and creations – from the invention of printing press by Gutenberg in the mid XV century, to the commercialization of internet around the 90’s of the XX century. The aim of this paper is to understand what is exactly the globalization process and how it is affecting the performance of the media, as well as the information they proliferate. It also intends to understand how the development of the media over the years has contributed to the globalization process itself. // Globalização é, hoje em dia, um termo ouvido e discutido em todos os cantos do mundo. Vários têm sido os setores afetados por tal fenómeno, nomeadamente o setor da comunicação. A forma como os media atuam e funcionam tem-se alterado ao longo dos tempos devido a diferentes acontecimentos, criações e fenómenos – desde a invenção da prensa móvel de Gutenberg em meados do séc. XV, à comercialização da internet por volta dos anos 90 do séc. XX. Pretende-se então, neste trabalho, perceber o que é exatamente o processo de globalização e de que forma está a afetar a performance dos meios de comunicação social, assim como a informação por eles proliferada. Procurar-se-á também perceber de que forma o desenvolvimento dos meios de comunicação social ao longo dos tempos tem contribuído para o processo de globalização em si.

COMUNICAÇÃO, CONTEXTOS CULTURAIS E DIVERSIDADE

Anais do XIII Enecult, 2017

O artigo discute como a comunicação e a cultura produzem e colocam em circulação sentidos, bem como de que modo ocorrem suas mediações, como se dá a articulação entre uma e outra e se (e em que medida) isto interfere na perspectiva da Diversidade Cultural. Com base nos autores Martin-Barbero (2002), Barros (2013), Sodré (2002; 2006), Schutz (1979), Hall (2000) e Knoblauch (2001), buscamos refletir sobre as relações entre Cultura, Comunicação e contextos culturais e seus vínculos com a promoção da diversidade cultural.

O FENÔMENO DAS LÍNGUAS EM CONTATO NA COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL

Introdução Dentre os vários fatores a serem considerados quando se objetiva definir metodologia de ensino de língua estrangeira (LE), não raro nos deparamos com uma questão que há muito divide opiniões e se mantém atual como tema de reflexão entre professores e alunos: o uso da língua materna (LM) no ensino de LE. A questão, também tratada como uso de primeira língua (L1) no ensino de segunda língua (L2) e cada vez mais encontrando apoio em pesquisas desenvolvidas nas áreas de línguas em contato e bilinguismo, sobre temas como code-switching, alternância de códigos/linguística e comunicação bilíngue, ainda é vista em determinados contextos como " uma manobra evasiva para ser usada apenas em casos de emergência " (BUTZKAMM, 2003, p. 29). No Brasil, costuma ser bastante comum associar excelência em ensino e aprendizagem de inglês ao não uso do português, bem como considerar o falante nativo sempre o melhor professor da língua estrangeira alvo, sem que a falta de conhecimento da L1 compartilhada por seus alunos provoque qualquer tipo de abalo a essa apreciação. Crenças desse tipo são constantemente alimentadas através de publicidade feita por

Os efeitos da globalização na comunicação interna de multinacionais

A globalização é um fenômeno que influencia diretamente a forma como as organizações se relacionam com seus públicos internos, cada vez mais diversos culturalmente. Com a intensificação do fenômeno no século XXI, resultado do avanço contínuo de tecnologias de informação e comunicação, assim como do desenvolvimento econômico de países emergentes, os indivíduos viram as barreiras entre os países diminuírem e se aproximaram mais. Hoje, as empresas multinacionais têm visto seus quadros de colaboradores serem compostos por profissionais de variadas nações, línguas, crenças e costumes. Apesar da necessidade da comunicação interna ser integrada com as demais formas de comunicação de uma organização continuar sendo necessária, percebe-se que a uniformização dessa tática pode não ser mais o ideal. Portanto, a globalização obriga os responsáveis pela área a levar em consideração as culturas das pessoas que trabalham naquele ambiente. Em outras palavras, trata-se de um novo desafio para a comunicação interna.

Teoria da comunicação como crítica da globalização

(professor assistente doutor no Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP; bacharel em filosofia pela USP e mestre em engenharia pela Escola Politécnica da USP) Resumo: Inúmeros autores do campo da comunicação constróem teorias semióticas específicas para análise de textos (não somente verbais), recusando-se a trabalhar no nível de uma teoria da comunicação. Este artigo busca negar essa posição como diretriz epistemológica exclusiva para o campo da comunicação, propondo construir a teoria da comunicação como uma teoria crítica da globalização. Palavras-chave: teoria da comunicação, teoria crítica, globalização, ideologia, política. Muitos intelectuais, não apenas da área de comunicação, abandonaram-se nas últimas décadas ao livre curso de uma imanência interpretativa, seguindo as marolas dos mercados culturais e recalcando as tarefas da crítica. Poderíamos até dizer que na disciplina da comunicação houve um recalque da política, o que exige dos intelectuais da área que ainda tem ânimo para a resistência a realização de-como diz Bourdieu-contrafogos, não apenas ao escrever textos, mas também nos colegiados dos programas e nas reuniões e encontros da área, onde novos rumos do campo, inclusive em termos de alterações curriculares, estão sendo propostos. Neste mundo em que tudo é signo, em que se transformou tudo em texto, em que a tendência é preparar o 'comunicólogo' para produzir no mundo midiatizado novas semioses para empresas, candidatos e outros clientes, sejam políticos da direita ou de esquerda, está na hora de perguntar pela ação da crítica. Nesse âmbito, para que serve a teoria da comunicação? Vou defender a idéia de que ela hoje deve ser pensada como contrafogo, como teoria de contrapelo, para podermos construí-la como uma teoria