Referência e contrarreferência no cotidiano da atenção à saúde de Divinópolis-MG, Brasil: o suporte às decisões da atenção primária Reference and counter-reference in everyday health care in Minas Gerais, Brazil: the support to decisions of primary care (original) (raw)
Related papers
Ciência, Cuidado e Saúde, 2015
The purpose of this study is to analyze differences and similarities between the Family Health Strategy (FHS) program and the Traditional Basic Health Unit (TBHU) in the view of users and health professionals, in a municipality of about 220,000 inhabitants. For data collection, questionnaires prepared with Primary Care Assessment Tool (PCAT) components were answered by 142 TBHU and 147 FHS professionals and by 199 TBHU and 197 FHS users. A significance level α equal to 5% (p ≤ 0.05) was used for analysis, and the Wilcoxon test, for comparison. The FHS was better rated in the majority of the dimensions analyzed, in the view of users and professionals. In the professionals' opinion, the TBHU was better in access, whereas the entrance domain showed no statistically significant difference when compared with the evaluation done by FHS professionals. Access and services were better evaluated by TBHU users comparatively with FHS users. Nevertheless, both models have important challenges, despite the better results of the FHS.
Dialogue with the authors: agreement and controversies on primary health care in Brazil
Cadernos de saude publica, 2018
The instigating article by Arthur Chioro and Luiz Cecilio, researchers that circulate comfortably and skillfully between training, administration, and research in the field of Collective Health, highlights several key issues in the debate on basic care/primary health care in Brazil. Without overlooking that the political struggle in the defense of the Brazilian Unified National Health System (SUS in portuguse), the right to health, and democracy is at the center of current concerns and that it precedes any debate in this restrictive political context, with dismantlement of the SUS, I will focus my remarks on reflections produced by the authors, which extend beyond the circumstantial boundaries of the ethical and political constraints we now face in the country. With good reason, I agree that it is necessary to overcome dogmatic and insufficiently (self)critical stances in what I call the space of primary health care in Brazil in order for us to make progress in consolidating an ethical and political project for "basic care" in Brazil. Our task at this juncture is not "to simply reproduce the principles and guidelines of the ambitious and generous basic health care proposal in Brazil (…), a health policy proposal which apparently suffers no outright opposition, at least in terms of its formulation and premises". The recourse to genetic analysis for the production of concepts is certainly an important strategy for an epistemological break to understand the phenomenon, namely, the process of building Brazil's primary care. This involves formulating policies for basic care, but also the movement of actors and disputes in this field, the gains and obstacles, and the set of epistemological and political agreements that were negotiated explicitly and implicitly among researchers and intellectuals constituting the scientific community, administration, and political activism working on various fronts, in institutional and academic spaces and in the sphere of social movements, in the struggles for the right to health and for organizational reforms. Therefore, the use of a genuinely Brazilian term-"basic care"-was justified and is defended by the authors as a function of the necessary distinction between a reductionist view that reproduces international experiences and formulations and basic care that "must not lose sight of comprehensive care, necessarily connected to networks of services with different technological levels". While it is true that in the sphere of the democratic and militant left in Brazil's Health Reform Movement, this debate originally produced a fertile discussion on the best primary care model for the SUS, it is also true that the adoption of such a model does not solve the conceptual and political problems in the dispute between different projects for primary care. Such disputes also prevail in the
Ciência & Saúde …, 2009
Family health: limits and possibilities for an integral primary healthcare approach in Brazil Saúde da família: limites e possibilidades para uma abordagem integral de atenção primária à saúde no Brasil Resumo O artigo analisa a implementação da Estratégia Saúde da Família (SF) e discute suas potencialidades em orientar a organização do SUS no Brasil, a partir da análise da integração da SF à rede assistencial e atuação intersetorial, aspectos cruciais de uma atenção primária abrangente. Foram realizados quatro estudos de caso de municípios com elevada cobertura por SF (Aracaju, Belo Horizonte, Florianópolis e Vitória) tendo como fontes: entrevistas semi-estruturadas com gestores e inquéritos com profissionais de saúde e de famílias cadastradas. A análise da integração destacou a posição da Estratégia SF na rede assistencial, os mecanismos de integração e a disponibilidade de informações para continuidade da atenção. A intersetorialidade foi pesquisada quanto aos campos de atuação, abrangência, setores envolvidos, presença de colegiados, e iniciativas das equipes. Os resultados apontam avanços na integração da SF à rede assistencial, propiciando o fortalecimento dos serviços básicos como serviços de procura regular e porta de entrada preferencial, todavia permanecem dificuldades de acesso à atenção especializada. As iniciativas intersetoriais foram mais abrangentes quando definidas como politica integrada do governo municipal para a construção de interfaces e cooperação entre os diversos setores. Palavras-chave Atenção primária à saúde, Integração, Intersetorialidade
Mais Médicos: um programa brasileiro em uma perspectiva internacional
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 2015
A escassez de profissionais de saúde em áreas remotas e vulneráveis é um importante obstáculo para a universalização do acesso à saúde em diversos países. Este artigo examina as políticas de provimento de profissionais de saúde na Austrália, nos Estados Unidos da América e no Brasil. Apesar do sucesso parcial de iniciativas anteriores, foi apenas com o Programa Mais Médicos que a provisão de médicos em áreas vulneráveis teve a magnitude e a resposta em tempo adequado para atender a demanda dos municípios brasileiros. Estão em curso, no país, mudanças quantitativas e qualitativas na formação médica, que buscam garantir não apenas a universalidade, mas, também, a integralidade e sustentabilidade do Sistema Único de Saúde. O êxito dessas iniciativas dependerão da continuidade da articulação interfederativa, de políticas regulatórias de estado, bem como, do constante monitoramento e aprimoramento do programa.
Ciência & Saúde Coletiva, 2016
Resumo Após dois anos de implantação do Programa Mais Médicos no país, estudar sua viabilidade faz-se necessário. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a efetividade da assistência oferecida na atenção primária, segundo a ótica dos profissionais de saúde, comparando-se unidades com e sem médicos do Programa Mais Médicos. Pesquisa quantitativa que utilizou para coleta de dados, o instrumento Primary Care Assesment Tool — Brasil, versão para profissionais de saúde, na totalidade das unidades de saúde da família, em município de médio porte, no interior do Paraná, de novembro de 2015 a fevereiro de 2016. Abrangeu 72 profissionais, 47 alocados em unidades da estratégia saúde da família e 25 nessas unidades contendo o programa. Os resultados evidenciaram que os escores dos atributos essencial (6,93) e geral (7,10) obtiveram valores considerados orientados aos preceitos da atenção primária, em ambas as unidades. Contudo, a acessibilidade (4,17), em ambas as unidades e coordenação — sis...
2017
O Projeto Mais Medicos para o Brasil (PMMB) foi criado em 2013 visando prover medicos para areas de dificil fixacao de profissionais e oferecer treinamento em Saude da Familia para medicos brasileiros e estrangeiros. Neste artigo, sao analisados aspectos relacionados as motivacoes, ao processo e condicoes de trabalho na Atencao Basica, a situacao de saude nos municipios, ao funcionamento do Sistema Unico de Saude (SUS) e a relacao com os gestores, a partir de entrevistas com 44 medicos cubanos, trabalhando em 32 municipios de todas as regioes do Brasil. As falas mostram que os cooperados tem um agudo senso de observacao e conseguem fazer um detalhado diagnostico situacional de suas areas de atuacao, demonstrando a precariedade ainda prevalente na Atencao Basica nos municipios. Porem, eles tambem evidenciam que, com a adequada formacao, e possivel fazer atencao primaria de qualidade, mesmo diante de grandes adversidades.
Percepção de usuários sobre o Programa Mais Médicos no município de Mossoró, Brasil
Ciência & Saúde Coletiva, 2016
Resumo O Projeto Mais Médicos (PMM), lançado em 2013, buscou prover profissionais médicos para atuar na Atenção Primária à Saúde, em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde. Neste artigo, analisa-se a percepção de usuários sobre o PMM, como resultado de investigação qualitativa que entrevistou pessoas atendidas na Estratégia de Saúde da Família (ESF) em que atuam médicos do projeto. Os entrevistados veem positivamente o PMM, por ele ter ampliado o acesso aos cuidados médicos, embora persistam barreiras organizacionais e técnicas que limitam o uso dos serviços. A atuação de médicos intercambistas foi bem avaliada, com ênfase na relação médico-usuário humanizada, caracterizada pela escuta, atenção e diálogo. Sobre a comunicação com esses profissionais, os usuários referem o idioma como uma barreira, que foi amenizada pelo uso de estratégias comunicacionais nas ESF. O PMM ofereceu resolução rápida e satisfatória para o problema histórico da dificuldade de acesso ao médico. C...
Fortalecendo a Atenção Primária à Saúde no Brasil com a Medicina de Família e Comunidade
2010
This paper reviews the development of the specialty of family medicine with attention to strategies that may be used to strengthen Brazilian health care with appropriately trained family doctors. These strategies include establishing academic departments of family and community medicine in all Brazilian medical schools, ensuring a common core curriculum in training programs, and defining standards for the evaluation and certification of family doctors. These strategies could enhance the quality, scope and effectiveness of the Brazilian Family Healthcare Program.
Saúde da família: limites e possibilidades para uma abordagem integral de atenção primária à saúde no Brasil Resumo O artigo analisa a implementação da Estratégia Saúde da Família (SF) e discute suas potencialidades em orientar a organização do SUS no Brasil, a partir da análise da integração da SF à rede assistencial e atuação intersetorial, aspectos cruciais de uma atenção primária abrangente. Foram realizados quatro estudos de caso de municípios com elevada cobertura por SF (Aracaju, Belo Horizonte, Florianópolis e Vitória) tendo como fontes: entrevistas semi-estruturadas com gestores e inquéritos com profissionais de saúde e de famílias cadastradas. A análise da integração destacou a posição da Estratégia SF na rede assistencial, os mecanismos de integração e a disponibilidade de informações para continuidade da atenção. A intersetorialidade foi pesquisada quanto aos campos de atuação, abrangência, setores envolvidos, presença de colegiados, e iniciativas das equipes. Os resultados apontam avanços na integração da SF à rede assistencial, propiciando o fortalecimento dos serviços básicos como serviços de procura regular e porta de entrada preferencial, todavia permanecem dificuldades de acesso à atenção especializada. As iniciativas intersetoriais foram mais abrangentes quando definidas como politica integrada do governo municipal para a construção de interfaces e cooperação entre os diversos setores.