Autocompaixão, bem-estar subjetivo e estado de saúde na idade avançada (original) (raw)

Autocompaixão, bem-estar subjetivo e estado de saúde na idade avançada Self-compassion, well-being, and health in advanced age

Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social, 2018

Introdução: O aumento da população envelhecida constitui um avanço na sociedade, mas também um grande desafio, impondo a necessidade de ações que promovam um envelhecimento bem-sucedido. Objetivos: Analisar de que forma é que a autocompaixão, satisfação com a vida, afetos, estado de saúde físico e mental se encontram associados na idade avançada, controlando ainda o efeito do sexo, idade, escolaridade, local de residência e tipo de resposta social dos participantes. Explorar qual o conjunto de variáveis que melhor prediz a satisfação com a vida e o estado de saúde nos idosos. Método: 155 indivíduos, com idades entre os 65 e 94 anos, dos distritos de Coimbra e Leiria responderam a um conjunto de instrumentos administrados no formato de entrevista. Resultados: 1) A idade, a escolaridade e o local de residência apresentaram uma correlação significativa e no sentido esperado com a saúde física e mental, e com o afeto positivo. O tipo de resposta social dos idosos mostrou-se associado a quase todas as variáveis em estudo. Globalmente, os idosos que se encontram no seu domicílio apresentam uma maior satisfação com a vida, uma melhor saúde física e mental, mais traços compassivos, e mais afeto positivo, comparativamente aos que se encontram sob resposta social; 2) Foram encontradas associações significativas e no sentido esperado entre a autocompaixão, bem-estar subjetivo e estado de saúde; 3) A perceção da saúde física está associada a uma maior satisfação com a vida e menor idade do idoso; a perceção da saúde mental está associada ao aumento da satisfação com a vida, da autocompaixão e diminuição dos afetos negativos; e, por último, a satisfação com a vida está associada a uma superior saúde física e autocompaixão. Conclusões: Estes resultados sugerem a importância do desenvolvimento de estratégias psicológicas que permitam lidar de forma mais calorosa, tolerante e aceitante o sofrimento resultante dos momentos difíceis típicos da idade avançada, apoiando o possível benefício das terapias focadas na compaixão junto desta população específica, nomeadamente na promoção da satisfação com a vida e saúde mental.

Análise Das Autoavaliações De Saúde e Do Bem-Estar Subejetivo Em Pessoas Idosas Fisicamente Ativas e Inativas

REVISTA FOCO

O objetivo desta pesquisa é analisar se há uma relação entre as autoavaliações da saúde e do bem-estar subjetivo de pessoas idosas fisicamente ativas e inativas. Para tanto, adotou-se os pressupostos da Psicologia da Saúde, da Psicologia Positiva e Epidemiologia da Atividade Física. A determinação do número de participantes foi estipulada pela técnica de saturação dos dados, sendo a escolha da amostra e das instituições participantes na cidade de Bilbao/Espanha, definida de forma intencional. Utilizou-se a entrevista em profundidade e as escalas de autoavaliações da saúde e do bem-estar subjetivo como instrumentos de coleta de informações. Para a interpretação dos dados aplicou-se a estatística descritiva e a análise de conteúdo. Participaram da pesquisa 18 pessoas, classificadas em dois grupos: fisicamente ativas (n = 10) e fisicamente inativas (n = 8), sendo oito homens e 10 mulheres, com intervalo de idade entre 62 e 81 anos (70,5±5,1 anos). Os dados demonstraram que ambos os con...

Autopercepção de saúde de idosos que vivem em estado de corresidência

Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2014

OBJETIVOS: Descrever a autopercepção de saúde e os fatores associados em idosos corresidentes e identificar suas características socioeconômicas e de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 191 idosos corresidentes, com idade igual ou superior a 60 anos, assistidos pela Estratégia de Saúde da Família em um município do estado da Bahia. Foi aplicado um instrumento de coleta de dados contendo questões sociodemográficas, avaliação funcional, autorrelato de doenças crônicas e autopercepção de saúde. As análises foram feitas com base nas estatísticas descritiva e inferencial, com realização do teste qui-quadrado. RESULTADOS: Constatou-se o predomínio de mulheres (62,8%), com mais de 70 anos (61,3%), casada (50,8%) e com filhos (92,7%). Os idosos mostraram-se satisfeitos com o arranjo familiar em que viviam (96,6%), com a vida que tinham (85,8%) e acreditavam ser a corresidência vantajosa para eles e para a família (79,4...

Associação entre autopercepção de saúde, estado nutricional e qualidade de vida de idosos

Objective: to evaluate the association between self-perceived health, sociodemographic data, nutritional status and quality of life perception in an elderly sample of the city of Vinhedo (São Paulo State, Brazil). Methods: this study comprised 110 elders assisted by two Basic Health Units from the city of Vinhedo – SP. Data collection: anthropometric measurements (weight, height and waist circumference), application of a semi-structured questionnaire regarding sociodemographic data and self-perceived health, and application of the MNA and the WHOQoL-bref questionnaires. Conglomeration analyses by partitioning method were used, stablishing two groups, a priori. Chi-square and Mann-Whitney tests were used to compare the clusters. Results: The variables that most contributed to explain the clusters were psychological (R2=0.4319), environment (R2=0.3403) and global quality of life (R2=0.5604) domains. The clusters obtained were: 1) Elders with worse self-perceived health, females, less educated (illiterated + until 8 years of schooling), with severe or moderate decrease in food intake and decreased fluid consumption (until 5 cups/day), and those with lower scores in the four domains and in global quality of life of the WHOQoL-bref. 2) Elders with better self-perceived health, males, more educated (more than 8 years of schooling), with adequate food intake and increased fluid consumption (more than 5 cups/day), and those with higher scores in the four domains and in global quality of life of the WHOQoL-bref. Conclusion: It is important to evaluate self-perceived health in elderly, as well as the factors that influence this variable, such as nutritional status and self-perceived quality of life, in order to carry out social and health actions that satisfy the desires and needs of this population.

Bem-estar subjetivo em idosos institucionalizados

2017

O acontecimento da institucionalização é bastante frequente nos idosos e tem por detrás diversas razões, trazendo também várias consequências para o idoso. Este estudo centra-se no Bem-Estar Subjetivo, bem estar este que engloba, por um lado, a avaliação que o indivíduo faz da sua própria vida, ou seja, a sua satisfação perante a vida, e, por outro, o seu nível de afetividade, ou seja, a presença de afetos positivos e/ou negativos. Desenvolveu-se um estudo de caráter quantitativo, observacional, descritivo, analítico e correlacional num plano transversal. A amostra foi constituída por 103 idosos institucionalizados em lares dos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro. Aplicamos a Escala de Satisfação com a Vida (SWLS) (Diener et al., 1985, versão portuguesa de Simões, 1992) e a Escala de Afeto Positivo e de Afeto Negativo (PANAS) (Watson, Clark & Tellegen, 1988; Versão Reduzida Portuguesa (VRP) de Galinha, Pereira & Esteves, 2014). Os resultados obtidos revelaram valores elevados ...

Autopercepção de saúde e vulnerabilidade em idosos

Revista Baiana Saúde Pública, 2014

625 Resumo Este estudo teve o objetivo de conhecer a autopercepção de saúde e o perfil de idosos de um município de pequeno porte no sul do Brasil, com vistas a identificar fatores de risco que indicam vulnerabilidades nessa população. Foi realizado um estudo transversal de caráter descritivo com 60 idosos. Utilizou-se um questionário composto por questões de identificação e a pergunta: "Em comparação com outras pessoas da sua idade, como considera seu próprio estado de saúde?" Também foi aplicada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Os resultados demonstraram que 76,67% eram do sexo feminino, apenas 23,33% viviam sozinhos, 95% possuíam ensino fundamental incompleto e 85% viviam com a renda proveniente da aposentadoria. A autopercepção de saúde é considerada boa e muito boa por 60%. A prevalência de segurança alimentar e nutricional é de 81,7%. Os resultados permitiram observar que a maior parte dos idosos dispõe de recursos individuais, sociais e programáticos para o enfrentamento da vulnerabilidade. Porém, uma parcela se apresenta mais vulnerável, o que indica a necessidade de intervenções sociais não apenas para aumentar a longevidade, mas para melhorar a qualidade de vida dos idosos. Palavras-chave: Percepção. Vulnerabilidade em saúde. Idoso.

Desemprego: Relação entre Autoeficácia e Bem-estar Subjetivo

Científic@ - Multidisciplinary Journal

Um estudo sobre autoeficácia, bem-estar subjetivo e desemprego, tendo como objetivo verificar a relação entre os aspectos pessoais (dados demográficos), autoeficácia e bem-estar subjetivo em trabalhadores desempregados da cidade de Goiânia-Go, e região metropolitana. Ele está estruturado em duas partes. Na primeira, faz-se uma revisão teórica sobre o tema, com levantamento histórico sobre a categoria trabalho, pontuando seus índices na atualidade. Apresentando as abordagens teóricas de autoeficácia fundamentadas nas teorias de Albert Bandura que sustentam esse construto, e, também, os conceitos e reflexões referentes a bem-estar subjetivo. Na segunda parte, apresentam-se alguns estudos empíricos de diversos pesquisadores sobre o tema e a pesquisa deste trabalho, que dispôs de uma amostra que incluiu 254 desempregados da cidade de Goiânia e região. Os dados foram obtidos por meio das agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine), empresas de recursos humanos e uma escola de educ...

Autopercepção positiva de saúde entre idosos não longevos e longevos e fatores associados

Ciência & Saúde Coletiva

Resumo Objetivou-se identificar a prevalência da autopercepção positiva de saúde entre os idosos não longevos e longevos e fatores associados. Pesquisa realizada com idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família de Montes Claros. Utilizou-se o instrumento Brazilian Older Americans Resources and Services Multidimensional Function Assessment Questionnaire. Realizaram-se análises bivariadas e múltiplas por meio da Regressão de Poisson. Participaram 1.750 idosos, sendo 1.420 idosos não longevos e 330 longevos. A autopercepção positiva foi referida entre 71,9% dos idosos não longevos e 67,8% dos longevos. Entre os não longevos, a autopercepção positiva de saúde foi associada: escolaridade a partir de 5 anos (RP=1,12); renda familiar entre 2 a menos de 3 salários mínimos (RP=1,13) e maior ou igual a 3 salários mínimos (RP=1,12); visão preservada (RP=1,13); boa mastigação (RP=1,16); sono preservado (RP=1,23); ausência de polipatologias (RP=1,29); ausência de diabetes (RP=1,15) e de que...

Clima familiar e autopercepção de saúde de idosos(as)

Psico, 2020

Investigou-se a coesão, o apoio, a hierarquia e o conflito relativos ao clima familiar percebido por idosos em sua relação com a autopercepção de saúde. Participaram 134 idosos do Recôncavo Baiano, a maioria composta por negros e mulheres, entrevistados em domicílio, utilizando-se Questionário de doenças e de sinais e sintomas autorrelatados, Questionário de autoavaliação de saúde e o Inventário do Clima Familiar. Foram feitas análises estatísticas descritivas e bivariadas. Os dados desta pesquisa mostraram que a maioria dos idosos fez uma avaliação mais negativa do clima familiar e da autopercepção atual da saúde; maior apoio e coesão e menor hierarquia familiar estão associadas a uma melhor saúde percebida. Os dados podem ajudar a compreender como o clima familiar do idoso pode impactar na saúde subjetiva e como a deterioração da saúde pode moldar os relacionamentos na família bem como podem colaborar com intervenções clínicas e sociais.