As Anedotas do Pasquim (original) (raw)

A trajetória d’O Pasquim: um alternativo que se tornou empresa (1969-1991)

Compartilhando leituras, 2020

O Pasquim foi um semanário que surgiu em 26 de junho de 1969 como um jornal de bairro. Em especial, de um bairro da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro – Ipanema –, um reduto bastante elitizado e cosmopolita. É certo que nem todos os seus jornalistas eram cariocas. Alguns vinham de Minas Gerais, outros do sul e do nordeste do país, mas na confluência de trajetórias distintas constituíram um jornal a partir das referências daquele microcosmo, lugar no qual a maioria residia e com o qual se identificava.

O Pasquim e O Papel Do Humor Na Resistência Contra a Ditadura Militar 1

O presente trabalho busca analisar o humor gráfico como instrumento de resistência durante a ditadura militar no Brasil a partir de O Pasquim, periódico que circulou durante duas décadas e que nasceu sob a égide do AI-5, no ano de 1969. A partir do humor irreverente, O Pasquim conquistou público e driblou a censura imposta pela ditadura a todos os meios de comunicação. Esse periódico acabou se transformando em um modelo de jornalismo alternativo que iria ser imitado por outros periódicos. O humor como forma de resistência o nosso objeto de estudo no presente texto. Entendemos como resistência um como um processo sociocultural, conforme,definiu Pierre Laborie, uma tomada de consciência acerca de determinada situação que pode levar a ações subversivas contra o elemento opressor. A partir da análise de charges e cartuns publicados no Pasquim, desejamos demonstrar a importância dos cartunistas e da impressa alternativa em combater as imposições do regime militar. Ao mesmo tempo, o Pasqu...

O Pasquim: "um produto do meio, também ninguém é perfeito

Revista Acesso Livre, 2015

Este artigo analisa as características da imprensa alternativa e do jornal O Pasquim – criado em 1969, durante a ditadura civil-militar brasileira. Foram destacadas as singularidades desse nanico que começou como um jornal de bairro e que ganhou notoriedade nacional em pouco tempo, com a sua fala, o seu humor e as suas contradições. O Pasquim teve uma longa trajetória, permanecendo duas décadas em circulação (1969-1991) e, por conta disso, esse alternativo tem como principal característica o paradoxo. Ele existiu enquanto oposição ao regime ditatorial no pós-1964, e no período da redemocratização tornou-se aliado ao PDT no governo do Estado do Rio de Janeiro.

O velório de um folião: O Pasquim e os anos 1980

2006

O Pasquim da década de 1980 não era mais o mesmo do auge da década de 1970, mas a sociedade de uma maneira geral reforçou a identidade do auge do Pasquim dos anos 70, e raramente lembrava da decadência pela qual o alternativo passou até o seu fim em 1991. Sobre esta memória cristalizada na sociedade de se trara este artigo.

O Pasquim: Um Jornal Que Não Se Vende A Não Ser A Seus Leitores

O Pasquim: Um Jornal que Não se Vende a Não ser a Seus leitores, 2017

A proposta desse artigo é analisar a contribuição do jornal alternativo que nasceu após a instauração do ato institucional n°5 durante a Ditadura Militar no Brasil (1964-1980), O Pasquim no ano de 1969. Será utilizado como critério de análise o papel do Jornalismo para a cidadania, segundo Marques de Melo, e a liberdade de expressão e direito social da informação, conforme Francisco Karam tomando como ponto de partida o referido periódico. Para o desenvolvimento deste trabalho e para chegar a este estudo foi feito uma análise documental. O Pasquim em cada linha buscava a liberdade nacional e a conquista dos direitos humanos, sempre em busca da liberdade de expressão e da vitória na luta para a conquista verdadeira da liberdade.

FANTASMAS DO ARQUIVO

Este artigo parte de um contexto de mudança de paradigma no que diz respeito ao arquivo, assim como da emergência de novas formas de experimentar a memória através da arte do cinema. Partimos da hipótese de que são as práticas experimentais de found footage, produzidas a partir dos anos 90, as que melhor expressam certas percepções da história mais férteis, a nosso ver, para ampliar as conexões entre imagens e mundos diversos, as mais compatíveis com os tempos atuais, as que se esquivam de uma lógica linear em favor de um pensamento dialético. Para desenvolver nossa hipótese, analisamos e discutimos obras que deslocam o arquivo para ‘lugares’ distintos daqueles em que tradicionalmente estiveram inseridos, como documento ou prova do passado, tal como vemos nos documentários convencionais.