Educação Do/No Campo: A Contradição Entre a Teoria e a Prática, Na Escola Estadual Dom Bosco – Dourados (MS) (original) (raw)
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Experiência Vivida de uma Prática Didático-pedagógica em uma Escola do Campo em Cuiabá/MT
2022
Resumo: Este trabalho expõe sob o olhar de uma professora afrodescendente-indígena, que descreve em um relato de experiência durante o período pandêmico causado pela COVID-19, em meio a tantas adversidades como foi possível construir com as/os estudantes, professoras/es e familiares, práticas pedagógicas durante o isolamento social, em formato de aulas remotas. As atividades buscaram mesmo em um momento de tantos obstáculos apresentar uma aprendizagem significativa, que valorizasse as identidades, os saberes presente na cotidianidade desses estudantes. O Trabalho foi desenvolvido em uma escola do campo que se finca na comunidade tradicional em Cuiabá, Mato Grosso.
Educação Do Campo: Prática Do Professor Em Classe Multisseriada
Revista Diálogo Educacional, 2007
A participação dos movimentos sociais do campo, em especial o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), na elaboração de uma educação orientada para seus interesses, é crescente desde a década de 1980, bem como a reivindicação da construção de escolas públicas em assentamentos de Reforma Agrária. Este trabalho é resultado da pesquisa que teve como intenção aprofundar a discussão sobre Educação do Campo no Brasil, em específico nos assentamentos de Reforma Agrária no Estado do Paraná, buscando compreender seus aspectos mediante análise da prática do professor em classe multisseriada. O estudo foi realizado na Escola Municipal Padre Ezequiel Ramin, localizada no assentamento Rio D’Areia de Cima, no município de Teixeira Soares, estado do Paraná. Os procedimentos metodológicos utilizados para a elaboração da pesquisa foram entrevistas com os assentados e com o professor, e observação em sala de aula. Foram estudadas obras que discutem os movimentos sociais do campo, o Movimen...
Formação Continuada Remota: (Re) Pensando a Docência Nas Escolas Do Campo
MOVIMENTOS DIALÉTICOS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO Teorias, Práticas e Reflexões
Os estudos acadêmico-científicos que constituem o livro Movimentos Dialético da Educação do Campo: teorias, práticas e reflexões objetivam-se dialogar sobre a Educação do/no campo enquanto movimento decorrente das lutas e reflexões identitárias. Encontram-se dispostas experiências exitosas de ensino-aprendizagem em espaços escolares formais ou informais realizadas por diferentes grupos de pesquisas de diferentes recortes do espaço geográfico brasileiro que reavivam identidades e pertencimentos de camponesas e camponeses. Aqui se encontram socializadas ações de pesquisa e extensão desenvolvidas entre os anos de 2010 a 2022. No capítulo 1 intitulado Educação do campo: um olhar para as classes multisseriadas em tempos pandêmicos, os autores Helenise Sangoi Antunes, Débora Ortiz de Leão, Priscila Michelon Giovelli e Thaieni Mazetto Costa objetivam-se por analisar a experiência do Projeto de Pesquisa intitulado "Escolas Multisseriadas: O que os(as) professores(as) têm para nos contar em época de Pandemia e pós-pandemia?", desenvolvido na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Neste sentido, a pesquisa buscou analisar a complexidade dos rebatimentos proporcionados pela pandemia do vírus Covid-19 na educação no Brasil (em análise os estados da região Sul), Uruguai e Portugal e como os profissionais desenvolveram e aplicaram estratégias teórico-metodológicas para alfabetizarem seus estudantes. Esta investigação contribui para que sejam possíveis ações para reduzir as dificuldades de aprendizagens dos sujeitos do/ no campo para além dos períodos atuais valorizando-se os esforços dos professores, no caso das classes multisseriadas, por se localizarem no campo, houve ainda maior dificuldade em função da escassez de recursos tecnológicos. No capítulo 2 intitulado Dialética da formação de intelectuais sob a perspectiva gramsciana na educação do campo: teoria, prática e reflexões o autor Fábio Fernandes Villela analisa o projeto "Blog de Aula-Mutirão de Sociologia", criado em 2010. O blog de aula foi criado como recurso didático e ferramenta no ensino de Sociologia contribuindo para formação dos alunos do curso Pedagogia Licenciatura da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) Campus São José do Rio Preto/SP para atuarem em escolas do/no campo trazendo consigo discussões que consistem em um espaço de leitura, escrita, participação e reflexão sobre as comunidades rurais e temas bem conhecidos por jovens que vivem no campo e foi produzido por uma escola do Distrito de Talhado. No capítulo 3 intitulado Oficina de desenhos como estratégia pedagógica na formação por área de conhecimento das ciências humanas e sociais na Licenciatura em Educação do campo sob a autoria de Fabiano Custódio de Oliveira, Rosecreide Soares Nogueira, Antonio Carlos Soares de Mota, e Tiago José Vasconcelos de Farias tem por objetivo dialogar sobre experiência oriunda da oficina pedagógica "A produção de desenhos no Ensino das Ciências Humanas e Sociais (CHS) na Licenciatura em Educação do Campo", no âmbito da Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo da Universidade Federal de Campina Grande em 2019. Neste sentido, evidencia-se a prática da produção de desenhos como estímulo à criatividade, liberdade de pensamentos e expressar sentimentos, ideias, situações vividas contribuindo significativamente para o ensinar-aprender respeitando-se a diversidade dos sujeitos dos povos do/ no campo motivando estudantes para a dialogicidade em diferentes campos do conhecimento. No capítulo 4 intitulado Formação continuada remota: (re) pensando a docência nas escolas do campo sob a autoria de Maria Cristina Rigão Iop,
Educação do Campo: contradições e perspectivas
Educacao, 2012
A educação do campo na educação brasileira: contradições e perspectivas A educação do campo na educação brasileira: contradições e perspectivas Adriana D'Agostini* Resumo O presente trabalho tem como objeto de estudo a educação do campo. Objetiva-se analisar e debater a educação do campo no contexto educacional brasileiro, indicando seu caráter e sua importância a partir da década de 1990 na perspectiva de construção de uma educação voltada à emancipação humana e que contraditoriamente se encontra orientada e respaldada também pelas políticas educacionais neoliberais. A partir dos estudos das produções sobre educação do campo constaram-se desafios, problemáticas, dificuldades e contradições que permeiam a tentativa de construção de uma perspectiva de educação do campo. O conceito de educação do campo foi desenvolvido inicialmente no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e demais movimentos sociais do campo que, a partir da pressão política e das reivindicações para que o estado assumisse a educação pública no/do campo, tomou a dimensão de política pública. Essa conjuntura complexa orienta atualmente as escolas do campo que, numa perspectiva crítica, buscam uma educação para além do capital. Palavras-chave: educação brasileira; educação do campo, política educacional.
Educação Do Campo: Saberes, Diálogos e Resistência
2021
Fabiano Custódio de Oliveira é doutor em Planejamento Urbano e Regional, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017). Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Licenciado em Geografia pela Universidade Estadual da Paraíba (2004). Atualmente é professor da Universidade Federal de Campina Grande-UFCG e lotado no Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido-CDSA-Sumé/PB. É coordenador do Laboratório de Ensino de Geografia e Educação do Campo (LEGECAMPO). Membro do Núcleo de Pesquisa em Educação do Campo, Formação de Professores/as e Práticas Pedagógicas (NUPEFORP). É professor de Geografia da Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo na Área das Ciências Humanas e Sociais
DIÁLOGOS SOBRE EDUCAÇÃO DO CAMPO
EDUFPI, 2011
A coletânea reúne artigos de diversos professores e pesquisadores que atuam na área da educação do campo. Os diálogos construídos nos textos fazem uma caracterização do campo e das práticas educativas desenvolvidas no meio rural, demonstrando os desafios a serem enfrentados na construção de políticas educacionais que tanto valorizem o campo e suas diversidades culturais, quanto promovam a produção de novos saberes que permitam aos camponeses a gestão de práticas culturais e organizativas voltada ao desenvolvimento sustentável, preservando seu patrimônio sociocultural e ambiental. Os diálogos produzidos a partir do contexto do campo se constituem como espaço de trocas e partilhas de sonhos, desejos e utopias acerca da educação do campo, compreendendo-a como caminhos para a construção de sonhos e projetos coletivos que, através da valorização da histórica e cultura dos camponeses, favoreçam a reconstrução de suas histórias, bem como o desenvolvimento de práticas sociais que permitam a emancipação das classes trabalhadoras.
O Que Há De “Campo” Nas Políticas Educacionais Para O Campo?
Revista Inter-Legere
Visto a partir do urbano, o campo é um lugar onde prevalecem modalidades de cooperação baseadas no princípio camponês de reciprocidade. Esse tenderia a deteriorar-se diante do avanço das relações inspiradas no utilitarismo e pragmatismo típico do projeto burguês de sociedade. O tipo de cooperação sociotécnica atribuída ao campesinato – em oposição ao processo de urbanização – é o da ajuda mútua e troca de favores, das quais deduzimos a noção de “reciprocidades”. Para além de sustentar uma forma sócio-histórica de organização coletiva para produção, as reciprocidades também respondem pela produção subjetiva e simbólica de “sujeitos recíprocos”. Nesse texto discutimos o papel educacional da educação do campo no que se refere a promover as práticas de reciprocidades e a produção de sujeitos recíprocos no contexto de duas políticas educacionais para o campo: o curso de Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ledoc/Ufersa) e o curso ...
Nucleação de Escolas no Campo: conflitos entre formação e desenraizamento
Educação & Realidade, 2017
Resumo: Este artigo teve como objetivo analisar os motivos que levaram à nucleação de escolas localizadas na zona rural de municípios do brejo paraibano a partir dos pontos de vista dos envolvidos nessa ação. O aporte metodológico foi organizado tomando como base a abordagem qualitativa. Após realização da pesquisa, constatou-se que o argumento de que a nucleação das escolas contribui para a melhoria na organização do ensino não se confirmou. Destaca-se que o fechamento das escolas tem colaborado com a saída dos moradores do campo para a cidade, interferindo na formação da identidade e possibilitando o desenraizamento dos sujeitos campesinos.
A Pedagogia Da Alternância e O Debate Da Educação No/Do Campo No Estado De Goiás
REVISTA NERA, 2012
Este artigo visa debater a relevância da Pedagogia da Alternância no processo educativo e na consolidação da educação no/do campo. A reflexão se dá em torno da alternância realizada por meio das Escolas Família Agrícola (EFAs) e pensa o campo a partir dos camponeses e de uma escola que responda aos seus interesses e ao mesmo tempo possibilita uma formação implicada com a sua realidade, qualificação técnica para viabilizar o fortalecimento da agricultura camponesa e criação de alternativas de resistência e permanência nesse espaço. A educação na pedagogia da alternância possibilita aos educandos períodos alternados. Eles permanecem de uma ou duas semanas na escola; um tempo maior, na família e na comunidade. Essa dinâmica busca estabelecer o diálogo entre a teoria e a prática para dar vida às experiências do cotidiano e das lutas dos trabalhadores por terra, por políticas públicas para instrumentalizar as conquistas em prol da educação dos povos do espaço rural.