Educação e produção de subjetividade: o ressentimento como máquina de produzir corpos (original) (raw)

Para pensar a educação: sobre produção de subjetividades, afetos e girassóis

Série-Estudos - Periódico do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB, 2013

Somos seres prenhes de necessidade e imaginação, atravessados por fluxos que nos afetam e nos produzem. Olhares e dizeres pronunciados, insinuados e interditados. Identidades e diferenças nos compõem como mosaicos. A identidade é uma história narrada, e a diferença, uma contingência velada. Nossa história é uma narrativa criada, contada, ouvida, repetida, inacabada. Tanto mais fidedigna, quanto a repetição e o testemunho. A potência humana é um mistério que se realiza ao acaso, por afecções. Assim, sugere-se que os espaços e ações educativas assumam a intencionalidade de colaborar com processos de singularização, estimulando o vigor e a potência de cada ser. Portanto este texto é uma narrativa sobre educação, dando ênfase à produção de subjetividades e diferenças no âmbito do educar e do existir. Palavras-chave Educação. Produção de subjetividades. Diferença.

Psicologia como instrumento de produção de subjetividades

Revista do Departamento de Psicologia. UFF, 2005

Para compreender a existência de tantas orientações psicológicas supõe-se que o campo psicológico é o espaço onde se cruzam um conjunto de experiências oriundas de nossas práticas sociais cotidianas e conceitos das ciências naturais. Estas práticas sociais retornam sobre os sujeitos, impondo-se a eles como verdade científica última. O objetivo deste trabalho é estudar empiricamente esta produção de subjetividades gerada pelo poder de verdade embutido nas práticas psicológicas. Alguns questionários de sondagem foram aplicados em estudantes do segundo grau. Foram realizadas quatro sondagens visando avaliar o poder da palavra do psicólogo, sua imagem, a preferência por enunciados psicológicos e a opção por uma determinada corrente psicológica. Os resultados apontaram para uma clara adesão aos enunciados psicológicos e os proferidos por psicólogos, como uma ligeira preferência pelas alternativas com teor psicanalítico. Cabe destacar, que esta sondagem visa abrir uma nova linha de pesquisa no campo da Psicologia.

A escola como suplência e produtora de subjetividade

Tuiuti: Ciência e Cultura, 2015

Este artigo tem como objetivo apresentar uma breve discussão acerca da possibilidade de se pensar a escola, ou melhor, o pertencimento de um sujeito psicótico a uma instituição de ensino como metáfora de suplência à foraclusão do Nome-do-Pai e, por conseguinte, produtor de subjetividade. Apresentamos algumas considerações acerca da estrutura psicótica para a psicanálise, e um recorte clínico para pensar a discussão proposta; e concluímos que o referido pertencimento é capaz de fazer função de suplência para esses alunos.

Produção de subjetividades e convivência escolar

Research, Society and Development

This article aims to present the results of a study that sought to problematize the issue of school coexistence from the perspective of the construction of subjectivity. For that, a bibliographical research was carried out regarding the concept of subjectivity, looking for possibilities to broaden the reflection about the school coexistence. Thus, through a brief historical contextualization about the processes of construction of subjectivities and the school institution as we know it, it was possible to understand that this is configured as a space not only for transmitting objective knowledge from the disciplines, but also as a place of socialization in which all the subjects involved are subjectivated. It can be seen that the fragmentation of the school prevents the development of a global perception, leading to an increase in the degree of anguish, loneliness, isolation and consumerism, characteristic factors of subjectivity called capitalism. As a result of the fragility of the...

Produção de subjetividade e construção do sujeito

2011

Este trabalho busca compreender as relacoes conceituais entre a concepcao de producao de subjetividade e de construcao do sujeito. Discorre sobre alguns conceitos que entrelacam as nocoes psicanaliticas e sociais, apontando para diferentes modos de pensar subjetividade e sujeito, ressaltando as possibilidades que abarquem concepcoes contraditorias, complementares e, ate mesmo coincidentes. Tentamos, ao longo dessa reflexao, apresentar pontos de mediacao teoricos que possibilitem pensar uma concepcao de sujeito contemporâneo que seja, ao mesmo tempo, Estrutura e Acontecimento.

Insegurança e produção de subjetividade no Brasil contemporâneo

Fractal: Revista de Psicologia, 2009

O presente artigo objetiva colocar em análise os modos de subjetivação produzidos no Brasil contemporâneo tomando como vetor analítico a questão da insegurança. Utilizaremos o conceito de produção de subjetividade de Guattari e Rolnik, articulando o contexto da insegurança pública, dentro da ordem neoliberal, com as três funções da "subjetividade capitalística" propostas pelos autores: culpabilização, segregação e infantilização. A sensação de insegurança é fortalecida por processos de subjetivação que potencializam a incerteza como principal vetor do controle social e pela repressão a determinados grupos sociais entendidos como "classes perigosas" numa sociedade que busca consolidar o regime democrático.

Artivismo, estética feminista e produção de subjetividade

Artigo, 2018

Diante da crescente serialização subjetiva e captura biopolítica dos corpos, das práticas estéticas e desejos, faz-se cada vez mais necessário pensarmos na expansão inventiva de nosso território subjetivo como forma de resistência e criação. É diante desse contexto de captura e docilização que recorremos ao feminismo pós-estruturalista, para pensarmos uma possível estética feminista enquanto força afirmativa que tanto desconstrói a ideia de sujeito/a e subjetividade tradicionais quanto produz outras figurações para os corpos e para as subjetividades. Nesse sentido, lançaremos nosso olhar para duas artistas paranaenses, Elisa Riemer e Fernanda Magalhães, para localizar, em seus trabalhos, um artivismo feminista que em um só tempo provoca a desconstrução e a construção de outras relações com os corpos, com as práticas e com a subjetivação.

O terno: subjetividade e produção de sentido.

O artigo propõe uma reflexão sobre os diferentes significados do terno masculino em dois momentos distintos: quando é feito sob medida e quando é produzido em escala industrial. Analisar os símbolos que constituem as significações do terno, bem como investigar sua produção de sentido, pode ser um caminho adequado para a compreensão de sua permanência no cenário contemporâneo da moda.

Subjetividade e opressão a partir do corpo gestante

This research aims to investigate the pregnant subject's place in the world as paradigmatic to unveil aspects of the subjective experience besides certain types of oppression. Paradigmatic as it collapses barriers and nuances and allows for diverse layers of experience when it embraces and dismantles certain categories, as it questions the political and social role of woman. Iris Young's work, trough phenomenological approach of one's own body, describes the lived experience of this subject, while also providing a social view of this position which not only comprises the moment of pregnancy but also the structure in which society and knowledge are structured around this phenomenon. On one hand, the phenomenological study of the pregnant subject describes bodily aspects, such as the distinctions between inner and outer, immanence and transcendence, revealing these are less precise than previously supposed. On the other hand, Young proposes an engagement on social criticism trough the study of the pregnant embodiment, as it interacts with the world around it, and trough the unveiling of structures that allow oppressions and power struggles amongst socially determined groups. It is then possible to analyze how social structure can affect the experience of the pregnant embodiment, and how the phenomenological description of this body brings forth oppressions lived in a society in which those are present and structured in a gender manner. This research is based primarily on the study of Iris Young's work, analyzing it and taking it as a guide for its inquiring. It is also based on Jane Lymer's work, establishing a debate between the two authors visa -vis the pregnant body.

Cotidiano de uma residência terapêutica e a produção de subjetividade

Distúrbios da Comunicação

As Residências Terapêuticas (RTs) são casas para pessoas com transtornos mentais ou uso abusivo de álcool e outras drogas, para os quais a falta de moradia e a precariedade da rede social são questões prioritárias em seus projetos de vida. Recebem principalmente ex-internos dos hospitais psiquiátricos, posicionando-se assim como um dos instrumentos fundamentais para a política de redução de leitos psiquiátricos no Brasil. Este artigo visa discutir o cotidiano de uma RT e seus efeitos de produção de subjetividade por meio de cenas observadas na residência ou no bairro em que se insere. É resultado de pesquisa de mestrado em Psicologia Social, desenvolvida pelo Núcleo Lógicas Coletivas e Institucionais, que tem como referência a Análise Institucional e a Micropolítica. As cenas foram construídas a partir da observação participante e do registro do cotidiano em diário de campo realizada por seis meses numa RT no município de São Paulo. A residência contava com oito moradores do sexo ma...