Preferência de gestantes pelo parto normal ou cesariano (original) (raw)
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Aspectos relacionados à preferência de gestantes pela cesariana
Research, Society and Development, 2020
Introdução: Considerando que o aumento da cesárea no Brasil não está ligado apenas às falsas indicações médicas, mas relaciona-se também a uma decisão da própria gestante, o presente artigo tem como objetivo compreender os aspectos que interferem na preferência da mulher pela cesariana. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, que está vinculado a um projeto de pesquisa matricial intitulado “Experiência de preparação para o parto e suas repercussões na co-construção da autonomia de mulheres”. A pesquisa foi realizada em uma Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Cuiabá, capital de Mato Grosso, onde participaram do estudo oito gestantes. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas semi-estruturadas com questões abertas e fechadas a respeito do assunto, analisadas conforme a análise de conteúdo do tipo temática. Resultados: A partir dos dados analisados, os discursos foram separados em duas categorias: a) a decisão pela cesariana e b): a...
Caracterização das cesarianas em centro de parto normal
Revista de Saúde Pública, 2011
OBJETIVO: Estimar a prevalência de cesarianas em um centro de parto normal intra-hospitalar e identificar fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal com análise de prontuários de 2.441 partos assistidos em março e abril de 2005 em um centro de parto normal intra-hospitalar de São Paulo, SP. A variável dependente (tipo de parto) foi classificada como parto normal e operação cesariana. As variáveis independentes foram categorizadas em quatro grupos: demográficas; história obstétrica pregressa e atual; assistência intraparto; e resultados perinatais. A razão de prevalência e o intervalo de 95% de confiança (IC95%) foram calculados para identificar associação entre tipo de parto e variáveis maternas e do recém-nascido. RESULTADOS: Do total de partos, 14,9% foram operações cesarianas. Ter sido submetida a cesariana na gestação atual esteve associado a cesariana em gestação anterior (RP = 3,19; IC95%: 2,64;3,84), idade gestacional > 40 semanas (RP = 1,32; IC95%: 1,09;1,61), ser ad...
Fatores associados à preferência por cesareana
Revista de Saúde Pública, 2006
OBJETIVO: Estudar os fatores relacionados à preferência por cesariana, em gestantes sem intercorrências. MÉTODOS: Estudo transversal com 156 gestantes, de clínica privada na cidade de Osasco, Estado de São Paulo, no período de outubro de 2000 a dezembro de 2001. As gestantes estavam em idade gestacional de 28 semanas ou mais, sem contra-indicação formal para parto vaginal, no momento da entrevista. Foi aplicado questionário sobre informações sociodemográficas, história obstétrica passada e atual. Perguntou-se à gestante questão específica sobre preferência para o parto. Realizou-se teste do qui-quadrado de Pearson e regressão logística para análise multivariada, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Sessenta e sete (42,9%) gestantes se diziam pouco motivadas para parto vaginal. Na análise multivariada foram estatisticamente significativas as seguintes variáveis: parto vaginal prévio (p<0,001; ORaj=0,04; IC 95%=0,01-0,12); a renda do marido superior a 750 Reais mensais (p=...
Aspectos Relacionados À Preferência Da Gestante Pela via De Parto
2017
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva, que objetivou compreender os aspectos relacionados a preferencia pela via de parto de gestantes residentes no municipio de Rondonopolis-MT. Para a coleta de dados utilizou-se de entrevistas semiestruturadas, que posteriormente foram submetidas a analise de conteudo tematica. Das dezesseis participantes, treze tiveram partos cirurgicos e apenas tres realizaram parto vaginal na ultima gestacao, contudo, dez delas afirmaram desejar um parto normal no inicio da gravidez e apenas seis fizeram opcao pela cesariana desde o principio. A escolha pela cesariana no final da gestacao nao esteve necessariamente relacionada a indicacao medica. Os aspectos mais prevalentes relacionados a preferencia pela via de parto foram: a experiencia do parto anterior, que interferiu na decisao dos partos subsequentes; a ausencia de informacoes durante o pre-natal, que motivou a busca por informacoes em fontes duvidosas; e os medos relacionados a dor e ...
revista da universidade vale do rio verde, 2014
Resumo A presente pesquisa teve como objetivo compreender os motivos pelos quais as gestantes nulíparas de um consultório particular de Ginecologia e Obstetrícia optaram pelo parto cirúrgico. Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa e enfoque exploratório-descritivo que foi realizado em um consultório particular de Ginecologia e Obstetrícia situado no município de Campina Grande/PB. Os sujeitos da pesquisa foram 12 gestantes, maiores de 18 anos, que nunca deram a luz. O período de coleta do material empírico foi em Outubro de 2013. O corpus originou-se de entrevistas semiestruturadas analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados foram agrupados em quatro categorias, a saber: Categoria 1-Influência de histórias contadas por familiares ou terceiros; Categoria 2-A influência da mídia e a opção pelo parto cesáreo; Categoria 3-Medo do sofrimento que envolve o trabalho de parto; Categoria 4-Pato cesáreo como reflexo do status social. De modo geral as participantes do estudo mostraram que a discussão que culmina na decisão pelo parto cirúrgico, reflete um processo cognitivo que envolve não apenas aspectos médicos, mais também fatores socioeconômicos, culturais e pessoais. Acreditamos ser premente uma análise da qualidade das informações passadas às gestantes durante o pré-natal, a fim de que possamos detectar as prováveis falhas desse processo educativo e trabalharmos na perspectiva de transformação da prática da educação junto as gestantes para o parto. Palavras-chave: Saúde da mulher. Parto cirúrgico. Cesárea. Parto obstétrico. Preferência do paciente.
Preferência pela via de parto: uma comparação entre gestantes nulíparas e primíparas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2013
OBJETIVO: Foi descrever e comparar a preferência pela via de parto entre gestantes nulíparas e primíparas, e verificar se a vivência anterior do parto exerce influência no processo de parturição. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal prospectivo. Foram realizadas 100 entrevistas com questionários previamente elaborados com 56 gestantes nulíparas e 44 primíparas. Os dados categóricos e quantitativos foram avaliados pelo qui-quadrado ou Teste Exato de Fisher. O nível de significância utilizado para os testes foi de 0,05. RESULTADOS: Das gestantes, 60,7% das nulíparas e 70,5% das primíparas relataram preferir o parto por via vaginal. Ao se analisar as respostas sobre ter recebido informações suficientes sobre o tipo de parto, a existência ou não de influências na escolha pela via de parto e a preferência da via de parto pelo parceiro, não foram evidenciadas diferenças significativas entre os dois grupos (p>0,05). CONCLUSÃO: O presente estudo permitiu concluir que a vivência anterior do parto não exerce influência na expectativa do processo de parturição nem na escolha por determinada via de parto. As mulheres, ao optarem pela via de parto, buscam garantir a saúde materna e do neonato, bem como evitar o processo de dor e sofrimento.
Escolha da via de parto: expectativa de gestantes e obstetras
Revista Bioética, 2013
Os avanços tecnológicos e científicos da medicina, o respeito à autonomia das gestantes e as indicações médicas parecem ter contribuído para o aumento do número de cesarianas. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi identificar a expectativa de gestantes e médicos obstetras quanto à via de parto. A maioria das gestantes (74,1%) manifestou preferência pelo parto natural, sobretudo as católicas e portadoras de ensino superior completo ou médio incompleto. Entre os obstetras houve preferência pelo parto cesariano (58,3%) e, se fossem instados a aconselhar, todos (100%) recomendariam parto natural. Caso fossem solicitados a reaÂlizar cesariana a pedido, 54,5% dos obstetras concordariam de imediato, porém somente 27,3% admitiriam este direito para gestantes do sistema público de saúde. Em conclusão, a expectativa da maioria das gestantes foi pelo parto natural e dos médicos obstetras pela cesárea, contudo estes realizariam parto natural, em condição normal, e cesárea a pedido.
2018
O Ministerio da Saude por meio do Programa de Humanizacao no Pre-natal e Nascimento (PHPN) estabelece as atividades minimas que devem ser oferecidas a todas as gestantes durante o pre-natal, bem como assegura o direito destas mulheres a vinculacao precoce a maternidade de referencia para o parto visando evitar a peregrinacao no anteparto. Nesta perspectiva, objetivou-se avaliar a qualidade da assistencia pre-natal e os fatores associados a peregrinacao no anteparto e a preferencia das mulheres pela cesariana em Sergipe, Brasil. Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, vinculado a pesquisa Nascer em Sergipe, realizada entre junho/2015 e abril/2016. Foram avaliadas 768 puerperas proporcionalmente distribuidas entre todas as maternidades publicas, mistas e privadas do estado. Para analise estatistica foram utilizados os testes Qui-quadrado, Exato de Fisher e a Razao de Chances com significância < 0,05. Os resultados mostraram uma cobertura elevada da assistencia pre-natal e...
A autonomia da gestante e o direito à cesariana a pedido
2014
À minha esposa Denise, por vários motivos que se deram em uma trajetória de compartilhamentos e cumplicidades que somam quase 3 décadas…… Ao meu pai, Adair Ferrari, que nunca frequentou universidade, mas obteve, no decorrer de uma trajetória de lutas cotidianas, a sabedoria dos monges tibetanos e, com a garra e tenacidade dos guerreiros espartanos, me apontou os caminhos a serem trilhados…. Ao Professor Rui Nunes, pela coragem de me orientar neste tema tão polêmico quanto é delicado, tão espinhoso quanto é sedutor……. Ao meu leal amigo Jose Hiran Gallo, pela insistência constante, pela persistência, pela mão amiga e confortadora sempre ao alcance……. Aos diretores e colegas do Conselho Federal de Medicina pela ousadia de implementar um Curso de Doutorado em convênio com a Universidade do Porto……. Ao Goethe e à Viviane Aquino por me auxiliarem com o SPSS, um programa de estatística cujo domínio é um desafio enorme para as sinapses neuronais de um médico. À Ana Paula Silva Pinto, a Paulinha, que tem sido minha secretária pelos últimos 14 anos, por ter me auxiliado a organizar o trabalho de coleta de dados desta tese. A Queli Costa Maio…. que, paciente e atenciosa, digitalizou os dados no SPSS.