DA EDUCAÇÃO DO CAMPO À EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA: CONCEPÇÕES E EXPERIÊNCIAS DE ENSINAR E APRENDER NA ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA DE GOIÁS-2019/ From education in the field to geographic education: conceptions and experiences of teaching and learning in the family farm school of Goiás-2019/ De la educación ... (original) (raw)
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Revista Brasileira de Educação em Geografia
Neste artigo, objetivamos analisar e contextualizar o projeto de educação do campo da Escola Família Agrícola do município de Veredinha (MG) e, a partir dele, refletir sobre os desafios que se apresentam na relação entre a educação do campo e o ensino de Geografia. Neste sentido, consideramos a especificidade da forma de organização e funcionamento desta modalidade escolar assumida pelas “escolas família agrícola” no Brasil. A escola família agrícola de Veredinha é uma experiência de educação do campo ainda em construção. Sua implementação tomou por base os anseios e organização das comunidades. Nessa perspectiva, a escola tem cumprido importante papel na formação de jovens rurais, especialmente por seu comprometimento com as comunidades, com a origem e perfil dos seus estudantes, considerando suas necessidades e a realidade na qual estão inseridos.PALAVRAS-CHAVEEducação do campo. Ensino de geografia. Pedagogia da alternância.LA EDUCACIÓN DEL CAMPO Y LA ENSEÑANZA DE GEOGRAFÍA: refle...
UMA LEITURA GEOGRÁFICA DA EDUCAÇÃO NO CAMPO: o caso da Escola Municipal Agrícola de Rio Claro-SP
O presente trabalho objetivou uma leitura geográfica da Escola Municipal Agrícola “Engenheiro Rubens Foot Guimarães” de Rio Claro-SP, ou seja, uma análise de sua organização espacial e inserção/impacto no território do município, pautada pelos princípios lógicos da Geografia. Partimos do pressuposto de que as escolas localizadas no campo são agentes organizadores do espaço e objetivam a educação formal, a técnica agrícola e o fortalecimento da vida cultural rural, no entanto, com a intensificação da urbanização, nem sempre conseguem atingir seus objetivos. Desta maneira, tentamos relacionar a alteração da organização espacial da escola pesquisada em função dos objetivos da mesma e da influência da urbanização. O trabalho discute e aplica os conceitos de educação no campo, organização espacial, território, representação social e análise espacial. Como procedimento metodológico da pesquisa realizamos um levantamento histórico e uma caracterização da unidade escolar; aplicamos questionários aos discentes, suas famílias e aos docentes; coletamos informações espaciais relacionadas à escola e elaboramos representações cartográficas da mesma nos anos de 1988, 1998 e 2010. Concluímos que a Escola Municipal Agrícola de Rio Claro é diferente da maioria das escolas localizadas no campo, sobretudo por ser tão atrelada à gestão municipal que se altera rapidamente; os atores envolvidos na escola são influenciados pela urbanização, dificultando os objetivos da mesma; a extensão da distribuição das localizações residenciais dos alunos constitui um território apenas no âmbito político municipal, mas não apresenta uma relação sólida de identidade e nem econômica.
Revista Geográfica de América Central, 2011
O objetivo deste trabalho é avaliar as práticas de campo como instrumento didático-pedagógico na formação do profissional de Geografia, tanto na habilitação de bacharel como na habilitação de licenciado. Para cumprir tais objetivos, os docentes do curso de Geografia da Universidade Federal Fluminense, situado no Pólo Universitário de Campos dos Goytacazes tem realizado atividades de campo interdisciplinares, elencando diferentes roteiros e temáticas para cada turma, e aplicando diferentes mecanismos de avaliação. As atividades de práticas de campo estão sendo realizadas desde o segundo semestre do ano letivo de 2009, primeiro semestre letivo de 2010 e segundo semestre de 2010. Aspectos ligados à cartografia, aspectos urbanos, rurais, econômicos, demográficos e além de temas ligados à temática ambiental como aspectos geológicos, geomorfológicos, hidrológicos, climáticos e pedológicos foram abordados. Dentre os roteiros propostos, estudou-se o Litoral Norte do Espirito Santo, a Região Metropolitana de Belo Horizonte, a área ao entorno de Ouro Preto e o Parque Nacional da Chapada Diamantina. Verificou-se que as diferentes turmas obtiveram respostas diferenciadas às atividades propostas nas práticas de campo, assim sendo necessário adequar os mecanismos de avaliação para atender as especificidades de cada turma de discentes.
Nas últimas três décadas a modernização do campo tem exercido uma força contrária à estabilidade do pequeno produtor rural. O efeito dessa questão causa uma descontinuidade no ensinoaprendizagem, principalmente das crianças que vivem em constante processo de desterritorialização. O avanço tecnológico no meio rural nesse período significou a perda de espaços por parte da população camponesa, fato que foi em suma, fundamental para a consolidação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra). Tendo em vista esses paradigmas, o MST já consagrado pela luta que visa a reforma agrária e a defesa do homem do campo, funda em 1997 a primeira escola itinerante no Rio Grande do Sul, objetivando enquadrar o ensino e a educação de crianças e jovens que residem em áreas transitórias, isto é, em acampamentos do próprio movimento.
RESUMO: O presente trabalho intitulado "MODIFICANDO O AMBIENTE ESCOLAR ATRAVÉS DO PROJETO MEIO AMBIENTE: CULTIVANDO E CONHECENDO AS PLANTAS" tem como desígnio apresentar o desenvolvimento do projeto "meio ambiente: cultivando e conhecendo as plantas", no qual teve como proposta sensibilizar os alunos sobre a importância e preservação do meio ambiente através da prática e modificação do ambiente escolar, onde procurou-se utilizar materiais reciclados, tais como, garrafas pet, pneus velhos, carreteis de fios de eletricidade, e também mudas de arvore, plantas e hortaliças. Desta forma buscou se utilizar da criatividade dos envolvidos no processo para a transformação do ambiente escolar seco e vazio, para uma ambiente alegre, e acolhedor. O projeto foi elaborado pelas professoras da Extensão Betel, e aplicado em parceria com acadêmicos do sexto semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), campus de Sinop. Tendo com...
Este estudo desenvolveu-se no âmbito das actividades de campo como uma estratégia importante no ensino da Geologia, também numa perspectiva ambiental. O objectivo principal relaciona-se com o valor atribuído à formulação e resolução de questões-problema de âmbito ambiental (local/regional) na Educação em Ciências da Terra. Para isso, com base na avaliação efectuada através da aplicação de um questionário a professores do ensino básico e secundário (N= 52), a leccionar Ciências Naturais e Biologia e Geologia em escolas dos concelhos do Fundão e da Covilhã (Portugal Central), e tendo em conta a dinâmica pretendida com a implementação das Orientações Curriculares actuais, construiu-se uma proposta de modelo de aula de campo para o ensino e aprendizagem das Ciências da Terra, numa perspectiva do Ensino Experimental das Ciências.
GEOGRAFIA E ESCOLA DO CAMPO: saberes, práticas e resultados
A reflexão sobre Geografia e escola do campo tem como objetivo discutir a contribuição da Geografia escolar no entendimento dos processos que envolvem a organização territorial e a vida de professores e assentados. A construção da chamada escola do campo nasceu de demandas de movimentos e representações camponesas na luta pela construção de uma política educacional voltada para atender as necessidades dos pobres do campo. Nesse sentido, a escola do campo deve ser compreendida como um processo, em construção, que contempla em sua lógica a política que pensa a educação como parte constitutiva do desenvolvimento do campo.
Revista Entre-Lugar
Este artigo é parte da pesquisa de dissertação do mestrado que me proporcionou uma análise das chamadas Escolas do/no Campo que foram instaladas no Estado do Mato Grosso do Sul, fundamentalmente nos municípios de Dourados, a partir de 2011. Buscamos identificar como o ensino de geografia se desenvolve no interior dessas escolas. Para isso foi preciso analisar o modo como a geografia, enquanto disciplina do currículo escolar, vem sendo pensada e trabalhada, sob a perspectiva dos professores e gestores escolares. Nesse sentido, embora sejam todas escolas do campo, verificamos que em sua maioria são ainda escolas no campo. Aspectos, contudo, que não desqualificam a existência dessas escolas, nem mesmo o trabalho dos professores de geografia que nela trabalham; antes pelo contrário, reforçam a necessidade de pesquisas e diálogos visando caminhar para construção de uma escola do campo e de uma geografia para as escolas do campo, sob a perspectiva da valorização do modo de viver campesino...
O Método e O Ensino Da Geografia Na Educação Do Campo
Seminario De Estudos Urbanos Regionais E Ensino De Geografia, 2014
Este artigo tem por finalidade problematizar o método de ensino didático pedagógico do ensino de geografia na educação do campo, enfatizando como o trabalho do professor de geografia pode contribuir na construção do conhecimento dos educandos, dando suporte a formação e ao processo de desalienação dos indivíduos. Apresenta-se como justificativa para tal estudo o pressuposto que há necessidade do educador definir valores que pretende educar, ou seja, situando o homem no espaço social. A Geografia sempre contempla dúvidas, curiosidades e problemas do presente, sendo um componente relevante das ciências sociais, através do emprego das suas ferramentas de análise e focalizando-se na organização espacial, tendo condições de oferecer técnicas particulares de coletas de dados como a observação em campo, mapeamentos que permitem num mundo moderno a sua utilização de forma mais aplicada, até mesmo como norteadora de políticas públicas. Ouro fator motivador é que a Geografia destaca-se ao possuir uma interface com a História,