Economia de comunhão: responsabilidade social, ideología e representações sociais (original) (raw)
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Relações de poder no projeto de economia de comunhão
A pesquisa exploratória, aqui resumida, insere-se em um contexto de "crise" socioambiental. Tal "crise" encaminha a necessidade por mudanças transformadoras. Uma proposta de mudança, somada às já existentes, vem sendo investigada como uma forma alternativa de gestão: a Economia de Comunhão. Dentro desse tema, essa pesquisa se restringe a uma tentativa de análise do Poder nas empresas que adotam essa forma de gestão. Primeiramente, pesquisou-se, junto a empresários representativos, uma visão comum para caracterizar o objeto. Em seguida, realizou-se um estudo de caso em uma das principais empresas que se enquadram no conceito de Economia de Comunhão. O método de análise de conteúdo foi utilizado para a extração de ilações sobre o comportamento do fenômeno Poder nessas organizações. Os quadros analíticos produzidos sobre as entrevistas fornecem indícios que demonstram idiossincrasias nas formas de exercício do poder dessa nova proposta de gestão vis-à-vis as disseminadas amplamente no sistema produtivo. Tais evidências indicaram a influência decisiva dos pressupostos sustentadores do Projeto sobre as relações de poder, tornando possível uma prática organizacional próxima ao que se denomina paradigma radical humanista na teoria organizacional. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, v. 3, p. 76-93, jan./abr. 2010 Recebido em 08.08.09 / Aceito em 12.01.10 -77 -Palavras-chave: Economia de Comunhão; Poder; Estudo de Caso; Novos Modelos Organizacionais.
UMA ANÁLISE ECONÔMICA DA SOCIALIDADE NOS CONTRATOS
O presente artigo visa a explicar a importância de estimular uma socialidade nos contratos relacionais, tomando por base a Análise Econômica do Direito (AED). Apesar de atribuir-se a Richard Posner a divulgação da AED, percebe-se que foi com Ronald Coase, em 1960, quando da publicação de The problem of the social cost, que o tema ganhou mais relevância, principalmente pela aferição da geração recíproca de efeitos prejudiciais próprios da exploração das atividades produtivas. Nesse sentido, deve-se buscar a diminuição dos custos transacionais endógenos e valorizar a autocomposição e decisões legislativas e/ou judiciais aptas a produzir mais-valia e, consequentemente, desenvolvimento sustentável. Para compreender a temática posta, é necessário analisar sistemáticas negociais clássica, neoclássica e de longa duração e algumas das espécies contratuais, bem como ponderar sobre entropias negociais e gestão de risco. Para tanto, utiliza-se uma abordagem exploratória por meio do método dedutivo, tudo por intermédio de uma pesquisa qualitativa bibliográfica e videográfica. Palavras-chave: AED. Socialidade. Contrato relacional. Mais-valia. Desenvolvimento.
A PARTILHA E A DISSOLUÇÃO: A ECONOMIA DE COMUNHÃO E A MODERNIDADE LÍQUIDA
ANAIS DO III ENCONTRO NACIONAL DO GT HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E DAS RELIGIOSIDADES - ANPUH, 2010
Resumo: Neste artigo, estudamos o economista Luigino Bruni, em seu livro Comunhão e as Novas Palavras em Economia (2005), que afirma que é fundamental para o desenvolvimento econômico uma nova configuração entre trabalho, emprego e bens relacionais. Por outro lado, para o sociológo Zygmunt Bauman, em sua obra Vidas para Consumo (2008) a sociedade atual se configura como a sociedade dos consumidores, e não mais a sociedade dos produtores, de base fordista e keynesiana, opondo-se a qualquer forma de segurança existencial e moral, pressuposto dos bens relacionais. Nesse drama, a categoria de economia moral, proposta pro Bauman, pode ser observada nos casos de empresas da Economia de Comunhão, estudadas por Bruni. Nesse diálogo, os quatro princípios da Doutrina Social da Igreja (Personalismo, Bem comum, Solidariedade e Subsidiariedade) são o eixo formativo dessa economia moral e a presença dos bens relacionais na nova configuração de trabalho e emprego. Abstract: In this article, we study economist Luigino Bruni, in its book Communion and the New Words in Economy (2005), that he affirms that a new configuration between work, job and goods is basic for the economic development. On the other hand, for Zygmunt Bauman, in his book Lives for Consumption (2008) the current society if configures as the society of the consumers, and not more the society of the producers, of fordista and keynesiana base, opposing it any form of moral security, estimated of the relationary goods. In this drama, the category of moral economy, proposal pro Bauman, can be observed in the cases of companies of the Economy of Communion, studied for Bruni. In this dialogue, the four principles of the Social Doctrine of the Church are the formative axle of this moral economy and the presence of the relationary goods in the new configuration of work and job.
Economia de comunhão e aprendizagem: uma perspectiva epistêmica
Revista de Administração Pública, 2007
Este artigo compara e analisa epistemologias pertinentes para orientar a teorização sobre as práticas do projeto de economia de comunhão (EdC). Considera estudos acadêmicos já publicados no Brasil sobre aquele projeto empresarial e econômico de orientação espiritual cristã. Para isso também considera a vocação de suas pequenas e médias empresas para a aprendizagem coletiva e examina os pressupostos subjacentes aos paradigmas de pesquisa em administração. Seu propósito é contribuir para a formulação de uma teoria sobre EdC.
SEMEADSEMINÁRIOS EM …, 2006
O desenvolvimento econômico é uma emergência nos tempos atuais. No entanto, tão importante quanto o crescimento econômico, é o desenvolvimento social, através da busca permanente por condições para que as pessoas possam alcançar as suas liberdades substantivas, as quais são as capacidades elementares do ser humano como: ter condições de evitar privações como a fome, a subnutrição, a morbidez evitável e a morte prematura, bem como as liberdades associadas a saber ler e fazer cálculos aritméticos, ter participação política e liberdade de expressão, etc. Essa é a visão de Amartya Sen sobre o desenvolvimento e será a base das análises deste trabalho, que se caracteriza por um ensaio teórico. Nesse contexto, também no campo organizacional sugiram alternativas para o desenvolvimento. Dentre elas, são alvos do presente estudo a Economia de Comunhão e a Economia Solidária. Esta pesquisa procurou verificar como essas iniciativas, no âmbito organizacional, contribuem para o desenvolvimento, conforme o conceito de desenvolvimento baseado nas liberdades substantivas, de Sen. Constatou-se que ambas contribuem para o desenvolvimento, na medida em que podem proporcionar aos seus stakeholders condições para alcançarem as suas liberdades substantivas.
Uma Análise Da Economia Compartilhada Sob O Paradigma Da Solidariedade Social
Revista de Direito, Globalização e Responsabilidade nas Relações de Consumo
O presente trabalho traçou um paralelo analítico entre e economia compartilhada e a solidariedade social enquanto propulsora das novas modalidades de desenvolvimento econômico. Para alcançar o objetivo da pesquisa, utilizou-se como referencial teórico o conceito de solidariedade de Durkheim. Como método de abordagem utilizou-se o dedutivo-dialético, para a análise procedimental utilizou-se o comparativo abrangendo pesquisa bibliográfica, descritiva. Elencou-se a necessidade de se buscar novos padrões de consumo e compartilhamento de bens e serviços. Analisou-se a definição do conceito: ‘economia compartilhada’, amparando-se em valores republicanos estampados no ordenamento constitucional que prevê a construção de uma sociedade mais equânime e solidária.
Economia de Comunhão: um Estudo na Perspectiva de Retomada do Debate Ético na Economia
Capitalismo, Trabalho e Política Social - Vol. 2, 2016
O desenvolvimento capitalista enfrenta crises na atualidade por tratar-se de um sistema que tem por base o aumento constante da rentabilidade econômica e da competitividade nos mercados, desprezando os aspectos sociais. A organiza-1 Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Contato:
RESUMO Este artigo tem como objetivo evidenciar o processo de quebra de paradigma econômico do capitalismo para a economia do compartilhamento que está em curso no mundo, relacionando-o com a evolução da tecnologia. Através do método qualitativo, são evidenciados os processos de quebra de paradigmas econômicos já vivenciados no passado, e relacionando-os com as tecnologias em evolução em cada época. O estudo evidencia que graças ao advento da internet a sociedade está mais conectada e colaborativa como nunca esteve em nenhuma outra época da história, tornando assim o terreno fértil para a ascensão da economia do compartilhamento. Também são evidenciadas mudanças no comportamento e no cotidiano das pessoas que são consequências do processo de quebra de paradigma causado pela economia do compartilhamento. Palavras-chave: economia do compartilhamento, MOOCs, financiamento coletivo, impressora 3D, Bitcoin, meio ambiente.
Economia de comunhão e redes de empresas: estudo de caso e análise de conteúdo
2007
O distanciamento entre pessoas e países ricos e pobres, bem como a destruição de ecossistemas naturais, motivaram iniciativas que tentam combinar, na própria gestão empresarial, crescimento econômico, justiça social e respeito ao meio ambiente. O projeto de Economia de Comunhão inova ao propor um modelo de organização em rede baseado em princípios éticos e religiosos, que prega a cooperação entre os agentes, o respeito às leis e ao meio ambiente e o apoio a projetos sociais. Este artigo tem por objetivo analisar o projeto de Economia de Comunhão, avaliar sua viabilidade como modelo de organização em rede e entender seus mecanismos de autofinanciamento. O trabalho foi elaborado a partir de pesquisa bibliográfica, estudo de caso e análise de conteúdo.