ENSINO E APRENDIZAGEM DE LINGUAS NA POS PANDEMIA reflexoes e experiencias para o contexto universitario (original) (raw)
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Revista do GEL, 2023
Resumo: O presente artigo traz resultados de um estudo que teve como objetivo investigar os discursos de formadores/as de professores/as de línguas estrangeiras acerca da pandemia de COVID-19 e de seus efeitos identitários e emocionais nos contextos onde atuam. A pesquisa foi realizada em duas universidades públicas federais, uma no sul e a outra no sudeste do Brasil, através de questionários e entrevistas semi-estruturadas. Os resultados mostram que os discursos construídos pelos/as participantes atuam de duas formas: a) em alguns momentos, enfatizam a agência que a pandemia exerceu sobre a comunidade acadêmica; b) em outras ocasiões, dão destaque às possibilidades de agência desta comunidade em vista das dificuldades impostas pela crise sanitária. Tais resultados apontam para a necessidade de reflexões sobre como romper com práticas naturalizadas durante a pandemia e, ao mesmo tempo, ressignificar práticas de ensinoaprendizagem de línguas a partir do que foi aprendido durante o isolamento social. O papel dos Estudos Linguíticos nesse processo é explorado e discutido, principalmente no que diz respeito: a) à necessidade de escutar as narrativas de docentes e discentes sobre suas experiências durante e depois da pandemia; b) à importância de refletir sobre outras formas de atuar dentro do contexto acadêmico, principalmente com maior atenção a questões emocionais; c) às possibilidades de ressignificar o que se entende por educação on-line e híbrida.
Baseada na perspectiva teórica do Funcionalismo Linguístico de cunho norte-americano, segundo Hopper (1987), Givón (1995), Bybee (2003) e outros, esta dissertação investigou o uso dos marcadores discursivos sei lá e eu acho (e suas variações) na fala de 32 informantes chapecoenses, monolíngues em português. Os dados são oriundos de entrevistas de Chapecó/Santa Catarina do banco VARSUL (Variação Linguística Urbana do Sul do País) e do projeto VMPOSC (Variação e Mudança no Português do Oeste de Santa Catarina). O primeiro conta com entrevistas de 24 informantes e o segundo, que se encontra em fase de coleta, com entrevistas de 8 informantes. O estudo partiu da perspectiva de Rosa (1992), para quem estes itens são marcadores de atenuação e veiculam, sobretudo, a modalização epistêmica, isto é, podem apontar falta de certeza ou convicção do enunciador sobre seu enunciado. Também foi efetuado levantamento em estudos sobre os itens no Português Brasileiro, segundo Freitag (2000; 2003; 2004), Votre (2004), Oliveira & Santos (2011), Galembeck & Carvalho (1997), entre outros. O levantamento de sei lá e eu acho, como parentéticos epistêmicos, aponta maior frequência de uso do primeiro nas duas amostras investigadas. A análise atenta dos itens em seus contextos de uso revelou que, embora haja variação na apresentação formal dos itens, sei lá e eu acho são as formas mais frequentes nas duas amostras. A partir do estabelecimento do domínio funcional da modalização epistêmica parentética, verificamos que os itens se especializam em determinados contextos de uso: sei lá desempenha funções de atenuação e de planejamento verbal; e eu acho exerce função de opinião. Um olhar mais apurado das amostras também mostrou que a função de dúvida é somente aparentemente compartilhada pelos itens. Dentre os contextos linguísticos e extralinguísticos (sociais) que postulamos influenciarem os usos destes itens, destacamos: sequência discursiva, tópico discursivo, envolvimento do falante com o tópico discursivo, complexidade do tópico discorrido, sexo/gênero, faixa etária e escolaridade. Por fim, apontamos possíveis especializações para os itens a partir da perspectiva do processo de gramaticalização, segundo Traugott (1995), Hopper (1991), entre outros.
O CONTEXTO ESCOLAR NA PANDEMIA: O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE PERNAMBUCO -UM ESTUDO DE CASO, 2022
O presente trabalho tem por objetivo principal investigar e discutir a vivência no contexto pandêmicos de professores e alunos no ano de 2020 e 2021 da Escola de Referência em Ensino Médio Anísio Veras, localizada na cidade de Verdejante no interior de Pernambuco, instituição essa com alunos no Ensino Médio, Para isso, recorremos aos estudos de Pucci (1994), COUTO; COUTO; CRUZ. (2020), Freire(1994), Oliveira (2015) e Alves (2020) dentre outros, para mostrar de um ponto de vista crítico a experiência de alunos e profissionais da área de ensino diante deste contexto social de pandemia causado pelo Covid-19.
Despite publications in the field of lexicographic studies of sign languages, there are still many demands for solutions and resources to meet the needs of people with deafness, especially with regard to composition, formatting and access to lexical items recorded in dictionaries. of those languages. This thesis discusses and presents a dictionary proposal specifically focused on Libras, that is, monolingual, a resource that has long been demanded not only by the Brazilian deaf community, but also by educators and language scholars. With this objective in mind, the main questions that guided this research were: (i) How should Libras dictionaries, typically monolingual, be structured? Or more precisely, based on their internal structures, how should the macro and microstructural axes of this type of dictionary be organized? And, also (ii) with regard to the composition not only of the search keys, but also of the lexical entries themselves, what information should be considered so as to make it possible to record, as well as to capture characteristics as specific as those observed with the lexical units that make up the vocabularies of sign languages? To answer the proposed questions, a qualitative-descriptive and, at the same time, applied research was developed (TRIVIÑOS, 1990). The analyses were based on the assumptions of the General Theory of Lexicography, both as regards the construction of dictionaries of spoken languages (
ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA: ABORDAGEM E REFLEXÕES
Revista Espaço Crítico, 2021
Os condicionamentos que a pandemia impôs no cenário educativo demandaram dos docentes, discentes e das instituições uma abordagem às suas tarefas desde uma nova perspectiva em todos os ramos do conhecimento. Nesse sentido, o ensino remoto possibilitou uma democratização do conhecimento e trouxe, paradoxalmente, a consciência da problemática da falta de acessibilidade de muitos a esse tipo de ensino. Neste artigo, discute-se o processo de ensino-aprendizagem de língua espanhola no contexto da pandemia, com base em uma proposta aplicada em turmas do Instituto Federal de Mato Grosso-Alta Floresta, dos cursos Técnicos em Administração e em Agropecuária. Mostra-se uma possível abordagem ao conteúdo da disciplina e reflete-se sobre os acertos e as falhas durante a sua aplicação. As ideias expostas neste texto seguem os pressupostos de Espinet (1999), Gargallo (1999), Oliveras (2000), entre outros. Palavras-chave: Ensino-aprendizagem de língua espanhola, Ensino remoto, Instituto Federal do Mato Grosso.
ENSINO DE LÍNGUAS EM TEMPOS DE PANDEMIA: EXPERIÊNCIAS COM TECNOLOGIAS EM AMBIENTES VIRTUAIS
Revista Docência e Cibercultura, 2020
RESUMO O artigo reflete sobre o ensino de línguas em contextos virtuais a partir de experiências vividas por professores de línguas durante a pandemia. Um questionário online com 14 perguntas, compartilhado nas redes sociais foi respondido por 64 professores de línguas, 4 dos quais participaram de uma entrevista no formato de roda de conversa após terem respondido o questionário. O método de análise é misto com dados quantitativos e qualitativos. A análise quantitativa mostrou que a grande maioria dos respondentes usou tecnologias digitais para dar aula no formato remoto tanto de forma síncrona quanto assíncrona. Os dados sugerem que nem todos os professores se sentem preparados para trabalhar nessa modalidade, revelando falta de apoio, capacitação ou formação por parte de instituições no sentido de viabilizar o ensino no formato remoto. A análise qualitativa sugeriu que os professores têm uma postura negativa em relação ao ensino remoto emergencial em virtude da falta de preparo para essa modalidade. De maneira geral os resultados do estudo sugerem que a emergência da situação causou um impacto negativo nos professores em relação ao uso de tecnologias digitais no ensino remoto emergencial devido ao despreparo e falta de apoio institucional. Entretanto, os dados sugerem que após a pandemia e com o devido preparo e apoio, algumas dessas tecnologias digitais serão incorporadas nas práticas pedagógicas em abordagens híbridas, que representam uma tendência e possibilidade real para o ensino de línguas no contexto pós-pandemia. PALAVRAS-CHAVE: Ensino de línguas. Pandemia. Tecnologia. Ensino Virtual