Relação fala e escrita (original) (raw)
Related papers
Representação fonológica e percepção de fala: O papel da pausa
Diacrítica, 2019
Investigamos a percepção de pausas em fronteiras de frase entonacional (IP) no Português Brasileiro (PB) e abordamos a relação entre produção e percepção da fala. Vinte sujeitos adultos, falantes nativos do PB, sem distúrbios de linguagem e sem queixas auditivas, participaram de um teste experimental de identificação de pausa. Usamos estímulos auditivos nos quais a fronteira IP foi marcada por uma combinação de pausa e variação de altura ou apenas variação de altura. Os resultados são os seguintes: (i) quando os estímulos consistiam em uma combinação de pausa com variação de altura no limite IP, as pausas foram identificadas significativamente (ii) quando os estímulos não tinham variação de altura nos limites IP, as pausas não foram identificadas significativamente, (iii) quando somente ocorreu variação de altura, sem produção de silêncio, foram identificadas pausas na fronteira testada. Esses resultados corroboram o argumento de que a percepção de fala não depende inteiramente da r...
Revista CEFAC, 2015
Resumo:OBJETIVO: investigar a relação entre o desenvolvimento fonológico e aprendizagem inicial da escrita em diferentes contextos socioeducacionais.MÉTODOS: realizado em uma creche, uma escola municipal e escola particular, totalizando 100 crianças, entre 2:0 e 6:11 anos. Para avaliação fonológica, foi utilizado a Prova de Avaliação Fonológica. Para avaliação da leitura, foi aplicada a tarefa de Nomeação Seriada Rápida. Para avaliação da escrita, foi proposto um roteiro de atividades, como ditado de palavras e frases.RESULTADOS:foi possível observar que alguns processos fonológicos apresentaram correlação positiva com a Tarefa de Nomeação. Essa tarefa também se correlacionou positivamente com a escrita e com a idade. Ou seja, quanto melhor o desempenho na Tarefa de Nomeação, mais avançado o nível em que se encontravam na escrita e maior faixa etária. Foi observado, ainda, que as crianças de escola particular mostraram um melhor desempenho na escrita e na Tarefa de Nomeação.CONCLUSÃ...
Aspectos da fluência da fala em crianças com e sem desvio fonológico evolutivo
Revista CEFAC, 2015
OBJETIVO: descrever e comparar os padrões de fluência da fala de crianças com e sem desvio fonológico evolutivo. MÉTODOS: a amostra foi constituída de 20 sujeitos com idades entre 4:6 e 7:6 anos, sendo 10 crianças com diagnóstico de desvio fonológico evolutivo e 10 com desenvolvimento fonológico típico. Os sujeitos de ambos os grupos foram submetidos a uma avaliação da fluência da fala que faz parte do Teste de Linguagem Infantil-ABFW. Com base neste protocolo, analisaram-se as tipologias das rupturas do fluxo de fala, as quais são classificadas como disfluências comuns e disfluências gagas. Foi realizado o cálculo da freqüência de rupturas da fala e da porcentagem de disfluências gagas. Por meio deste teste também se analisou a velocidade de fala, medindo-se o fluxo de palavras e de sílabas por minuto. RESULTADOS: não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos quanto às variáveis analisadas. Contudo, pode-se perceber que o grupo com desvio fonológico evolutivo ap...
Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2012
OBJETIVO: Verificar a relação entre as palavras pertencentes e não pertencentes à Avaliação Fonológica da Criança (AFC) e as variáveis idade, gênero e gravidade do desvio fonológico (DF), e analisar as palavras produzidas e as palavras substituídas com maior frequência na AFC. MÉTODOS: Fizeram parte do estudo 45 crianças com DF, de ambos os gêneros, com idades entre 4 anos e 7 anos e 11 meses. O corpus de fala foi composto por 6463 palavras, que foram divididas em palavras pertencentes ou não à AFC. A amostra foi dividida quanto à faixa etária, à gravidade do desvio fonológico e ao gênero. Os dados foram analisados estatisticamente. RESULTADOS: Houve maior produção de palavras não pertencentes à AFC e relação significativa entre a palavra pertencer ou não ao AFC quanto à faixa etária, gênero e gravidade do DF. As palavras-alvo enunciadas com maior frequência foram equivalentes a nomes de objetos do dia a dia da criança, ao contrário das substituições, que foram mais frequentes quand...
Os códigos lingüísticos da rede e a paisaxe lingüística galega
Estudos de Lingüística Galega, 2014
Neste artigo analízase a proxección social dos novos códigos lingüísticos xurdidos na esfera tecnolóxica e nomeadamente a través dos sistemas de comunicación mediatizada por computador. En particular, tenciona verificar, por unha parte, a súa presenza na linguaxe publicitaria, esfera onde estas prácticas son cada vez máis habituais e, por outra, as súas repercusións na paisaxe lingüística, que manifesta unha moi alta concentración de textos publicitarios e onde estes novos sistemas de escrita están a gañar cada vez maior visibilidade. Os obxectivos que se perseguen son varios: primeiramente, constatar o grao de expansión dos sistemas de escrita xerados na Rede e describirmos a súa orixe, os condicionantes que impulsaron a súa creación e a súa consideración social; en segundo lugar, demostrarmos o grande potencial destes códigos en determinados ámbitos que exceden a esfera lingüística ou comunicativa en que se xeraron, concretamente na paisaxe lingüística galega. Para alén da dicotomía entre o galego e o español e a presenza das linguas estranxeiras, xulgamos relevante incorporarmos estes usos gráficos, pois constitúen tamén un indicador de vitalidade lingüística. Compilamos un corpus representativo de datos para nos aproximarmos deste fenómeno desde unha perspectiva cualitativa, mais tamén cuantitativa. A través de exemplos concretos examinaremos as súas manifestacións, as motivacións que están detrás do seu uso e a súa transcendencia social. Os resultados obtidos subscriben as nosas hipóteses iniciais e evidencian, igualmente, a necesidade de adoptarmos enfoques multidisciplinares que reflexionen sobre as novidades lingüísticas e que, deste modo, poñan de manifesto a realidade (socio)lingüística da Galiza.
2020
Nas salas de aula, os professores envolvem explicitamente e implicitamente os alunos na exploração das ideologias linguísticas que influenciam suas atitudes sobre a variação da linguagem e as relações raciais. O estudo de caso relatado aqui usa análise do discurso etnogeograficamente detalhada para examinar como as conversas instrucionais em uma sala de aula de artes de língua secundária convidaram os alunos a refletir, desconstruir e reconstruir ideologias linguísticas isso influenciou a forma como eles viam o uso da linguagem e as relações raciais. Empregamos um quadro mircoetnográfico, analítico do discurso, informado por sociolinguística interacional, teoria racial crítica e raciolinguística para analisar a conversa instrucional. A análise tornou visível como a conversa instrucional orientou a desconstrução e a reconstrução da variação da linguagem pelos alunos através do posicionamento uns dos outros para questionar binários linguísticos, ligações entre ideologias linguísti...
Média dos valores da frase em crianças com desvio fonológico evolutivo
Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2011
OBJETIVO: Verificar a média dos valores da frase em crianças com desvio fonológico e comparar com o padrão de referência proposto na literatura. MÉTODOS: A amostra foi constituída de 16 crianças com desvio fonológico, sendo sete do gênero feminino e nove do gênero masculino, com idades entre 4 anos e 5 meses e 7 anos e 7 meses. Após a confirmação do diagnóstico de desvio fonológico evolutivo, os sujeitos foram submetidos à avaliação da linguagem por meio da pesquisa da média dos valores da frase, proposta na literatura. Nessa avaliação, por meio de três diferentes modalidades de enunciação da linguagem, foram coletadas as cinco primeiras frases faladas pelas crianças e pontuadas de acordo com a sua complexidade, sendo atribuídos pesos diferentes aos elementos sintáticos e aos elementos lexicais de cada frase. RESULTADOS: Quando comparadas com as crianças de referência, as crianças com desvio fonológico evolutivo apresentaram valores inferiores em todas as variáveis analisadas, sendo...
Reflexões sobre o ensino da língua escrita em tempos de ampliação da escolarização obrigatória
2019
No contexto de progressiva democratização da escolarização obrigatória brasileira, envolvendo a ampliação do ensino fundamental e a reorganização da educação infantil, como justificar a importância da aprendizagem da escrita para o desenvolvimento infantil e orientar a implementação de práticas pedagógicas que abrangem esse tipo de linguagem? Em busca de respostas a essa questão, objetivamos com este artigo refletir sobre o ensino e a aprendizagem da língua escrita no universo da educação infantil, de maneira a abordar os processos de letramento e de alfabetização. Para isso, realizamos um estudo bibliográfico acompanhado de análise documental, cujos resultados são expostos em três partes: apresentamos alguns princípios de duas importantes teorias que explicam o processo de aprendizagem da leitura e da escrita – construtivista e histórico-cultural; conceituamos os processos de alfabetização e de letramento, defendendo-os como indissociáveis e interdependentes; refletimos sobre a imp...
Fala Sério, Professor!: Estratégias Linguísticas e Discursivas Ditadas Pelo Mercado Editorial
Revista Eletronica De Letras, 2013
Resumo: O objetivo da investigação é identificar o público-alvo do bestseller Fala sério, Professor, para verificar as características linguísticas e discursivas que atraem os jovens. Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica sobre leitura, especialmente as leituras de best sellers que vem ganhando, ao longo dos anos, também os jovens leitores. Ainda, por meio de pesquisa bibliográfica, teorizamos sobre estratégias linguísticas e discursivas que envolvem os adolescentes, neste tempo e espaço. Discutimos e caracterizamos a literatura infanto-juvenil contemporânea, que se adequa às modernidade e às transformações científicas, culturais e tecnológicas. Desse modo, serão feitas reflexões sobre gêneros discursivos, na perspectiva de Bakhtin, caracterizados como primários e secundários e constituídos a partir da temática, do estilo e da estrutura composicional. Abordamos apontamentos sobre a constituição das gerações pós-modernas, designadas como X, Y e Z. Em seguida, apresentamos e analisamos a coluna dos livros mais vendidos, da revista Veja, referentes aos quatros exemplares do mês de setembro do ano de 2012, para demonstrar a vendagem significativa dos bestsellers. Dessa forma, observamos que a mídia é também responsável pela divulgação de títulos popularescos. Ao final, é realizada uma análise do livro "Fala sério, Professor" de Thalita Rebouças, que possui linguagem simples e acessível aos jovens. Escolhemos este livro, por se tratar de um título renomado na atualidade e classificado como um bestseller. A autora já vendeu mais de um milhão de exemplares, em doze títulos, e representa a literatura juvenil contemporânea. Os seus livros demonstram o que os jovens-leitores gostam de ler, apresentando eventos cotidianos e reais com os quais se identificam. Rebouças, com seu jeito acessível e extrovertido, é conhecida hoje como "a escritora mais animada do Brasil".
Redução de sílaba em fala espontânea nas alterações específicas de linguagem
Pró-Fono Revista de Atualização Científica, 2010
TEMA: a redução de sílaba (RS) ocorre frequentemente nas Alterações Específicas de Linguagem (AEL), podendo indicar um fator desviante no processo de aquisição fonológica destes sujeitos. OBJETIVO: verificar a ocorrência de RS na fala espontânea de crianças com AEL e a influência dos fatores extensão das palavras e tonicidade para sua ocorrência. MÉTODO: foram sujeitos 27 crianças com AEL, com idades entre 3:0 e 5:11 anos, em tratamento fonoaudiológico semanal, que apresentaram 50% de acertos em provas específicas de fonologia realizadas ou que apresentaram inteligibilidade de fala passível de análise pela fala espontânea. As amostras de fala foram obtidas a partir de interação lúdica com a pesquisadora e pelo discurso eliciado por figuras. A ocorrência de RS foi analisada considerando-se: extensão das palavras produzidas, preferência por sílabas tônicas ou átonas e posição das sílabas nas palavras em que ocorreu RS. RESULTADOS: houve predomínio na produção de palavras dissílabas (X...