Silêncio e a Comunicação Dissidente (original) (raw)

Sobre o Silêncio

Palestra de Dharma proferida durante o sesshin zen de maio, 2015, promovido pelo Centro de Dharma ZenGoiás - Templo Daissen-ji, Versa sobre aspectos básicos da experiencia do silencio contemplativo, em um ambiente de retiro tradicional Soto Zen. Transcrição e organização do Sangha ZenGoiás Revisado e adaptado para texto pelo monge Kōmyō em junho, 2015

Comunicação e Silêncio na Experiência Política Espinosana

Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, 2019

Problema fundamental ético e político, a comunicação encerra menos a preocupação com a verdade como mero objeto do que com os afetos como exercício de vida e explicitação prática da experiência que ensina. Aqui, alguns elementos são elencados para caracterizar a difícil relação do filósofo ”“ da filosofia, da reflexão, do pensamento crítico ”“ com a violência (anti)política que se expressa, em muitas ocasiões, no verbo idiota ”“ porém, Ã s vezes, efetivo ”“ e na proliferação do ódio, do medo e da exclusão.

Vozes Contra o Silêncio

2004

Lutas sociais nas prisões portuguesas II António Alte Pinho, é jornalista e colaborador permanente do semanário "O Crime". Experimentou uma pena longa de prisão por crime que não é contra pessoas. Militante pela justiça dentro e fora das prisões, foi catalisador principal de mobilização dos recursos que fizeram a ACED -a solidariedade de companheiros e amigos, produção do jornal SOS-Prisões, discussão das orientações de mobilização a desenvolver para reivindicar reclusão com direitos. Foi e é objecto de perseguição do Estado -nunca foi ouvido para eventual concessão de liberdade condicional, pendem sobre si processos judiciais por delito de opinião. Foi secretário geral da ACED.

A Retórica do Silêncio

Per Musi v. 24, 2011

A teoria da retórica na música barroca revela-se, de modo geral, interpretativa e heterogênea, não havendo uma linha de pensamento fixa. Essaheterogeneidade torna-se evidente quando se analisa a utilização dos silêncios como figuras retóricas. Para definir os intencionalismos dos silêncios é necessário considerar os afetos que os cercam. Assim, por haver diversos afetos inerentes, há ainda mais deliberações subjetivas na análise dos silêncios. Sugerindo uma visão retórica plural, propõe-se diversos tipos de categorização bem como a coexistência de interpretações. Para apresentar os desdobramentos dos objetivos estéticos do meraviglia, que focam o escopo pragmático de deslumbrar inesperadamente criando percepções chocantes de admiração, busca-se um equilíbrio entre a teoria e a prática através de exemplificações musicais. A retórica é vista como a energia inerente na emoção e no pensamento, transmitida por meio de um sistema de signos, entre os quais a música, com o objetivo de influenciar terceiros em suas decisões e ações.

A Mídia Impressa e O Funcionamento Do Silêncio No Discurso Sobre as Manifestações De 2013/2014

2017

O ano de 2013 ficou marcado na memoria de muitos brasileiros como o ano das manifestacoes. O acontecimento nasceu da iniciativa de um modesto e pouco conhecido, ate entao, grupo de estudantes universitarios denominados como Movimento Passe Livre, que levou inicialmente as ruas e a midia a pauta sobre os transportes publicos. No ano de 2013, as manifestacoes foram um dos temas que mais circularam na imprensa nacional e internacional. Para interpretar os acontecimentos, a midia geralmente abordava o fato pelo vies da violencia, destacando a repressao policial ou o vandalismo de alguns manifestantes. Mesmo se posicionando como orgaos independentes e imparciais responsaveis por transmitir os fatos tais como eles ocorrem para a populacao, essa autonomia imaginaria produziu efeito de sentidos ao longo do processo de difusao/construcao das noticias sobre as manifestacoes. Este trabalho pretende analisar os efeitos de sentidos que circularam na grande midia naquele momento historico, produz...

Do Silêncio para Fora

Do Silêncio para Fora é uma obra seminal na literatura brasileira contemporânea. No ano em que a Lei Maria da Penha completa onze anos, treze meninas retratam-se em momentos e contextos de vidas discrepantes e desiguais no quinto país mais violento para mulheres. As meninas autoras fazem parte do Grupo Mulheres do Brasil no Comitê Meninas do Brasil / São Paulo. Neste livro encontramos meninas que buscam, no caso desta obra, pela literatura, criar oportunidades para que elas mesmas e seus leitores possam ter a liberdade para pensar e criar mecanismos de prevenção, punição e erradicação da violência contra a mulher.

A Sedução do Silêncio

Não podemos imaginar um mundo onde apenas existisse a palavra, mas não podemos imaginar um mundo onde só existisse o silêncio Max Picard, Le Monde du Silence A citação inicial sintetiza o debate que coloca a importância da palavra face à necessidade do silêncio em patamares distintos e, por vezes, opostos. Tanto a palavra, como o silêncio têm, entre si, estatutos antropológicos e filosóficos diversos. Da mesma forma que a palavra manipulada dos media é distinta da palavra reinventada e abreviada para a comunicação por sms, o silêncio adquire significações díspares-do silêncio compulsivo de uma sessão solene, ou de uma plateia de teatro, ao silêncio voluntário de quem fez um voto, ou de quem emudece por circunstâncias fisiológicas, ou simplesmente de quem escolhe não falar. Em alguns casos, os estados de silêncio tornam-se o combustível necessário para a ascese ao conhecimento. A parábola Sufi "Se a palavra que vais dizer não é mais bela do que o silêncio, não a digas" revivida n'O Marinheiro de Pessoa, em que as veladoras temem contar histórias pois, ao fazê-lo, perderão tudo o que nelas há de belo, traduz a incompreensão de vivermos aprisionados pelas palavras que, no despontar da humanidade, nos libertaram e nos distinguiram dos animais, permitindo o poder absoluto de nomear e, assim, conhecer. Diz, a este propósito, Georges Gusdorf:

Conversas com o Silêncio - Perplexidades da dramaturgia contemporânea

Com a ascensão do encenador, da criação colectiva e do conceito de performance, com as acusações que o pós-modernismo lançou sobre os discursos e a desconfiança em que caiu a noção de drama, o que resta ainda do papel do dramaturgo no teatro contemporâneo? Uma reflexão pessoal sobre os dilemas e caminhos de escrever hoje para o teatro.