Coisas que você não sabia sobre o Egito Antigo (original) (raw)

Passatempos de uma época mítica: o Egito antigo

Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos

Este artigo versa sobre jogos e lazeres dos antigos egípcios, valorizando as representações dessas atividades como indícios para o conhecimento das maneiras como aquela gente usava o seu tempo livre. Reflete sobre as limitações a criatividade dos indivíduos, face aos seus contextos, e salienta, nesse caso, a presença de relacionamentos míticos em todas as instâncias de sociabilidade, até mesmo nas de lazer. Ele mostra as potencialidades das imagens de jogos como instrumentos de pesquisa para o conhecimento das relações dos homens entre si e com os deuses, no Egito antigo.

Deuses, Mitos e Ritos do Egito Antigo

NOVAS EDIÇÕES ACADÊMICAS, 2017

Esta obra, destinada tanto aos interessados em história, religião e mitologia, como aos professores e pesquisadores da Antiguidade, nos presenteia com traduções inéditas do egípcio, diretamente para a língua portuguesa, com a análise simbólica de relevos e esculturas da arte egípcia, com a visão de autores modernos que conformaram o pensamento acadêmico ocidental e com estudos de recepção da mitologia em obras contemporâneas, como no cinema. O presente livro decifra estas complexas relações entre passado e presente, entre Oriente e Ocidente, através de uma linguagem precisa e, por vezes, poética, de seus autores. A visão destes especialistas imprime um primor acadêmico e, ao mesmo tempo, um olhar apaixonado pelo passado, pois só se ama aquilo que se conhece! Katia Maria Paim Pozzer, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O_Egito_Antigo_.pdf

Introdução O Egito antigo fascina desde a própria antiguidade. O historiador grego Heródoto de Halicarnasso (484-425 a.C.) testemunha esse encantamento (thoma, em grego): "no que se refere ao Egito, falarei em detalhe, pois em nenhum outro lugar há tantas coisas maravilhosas (pleista thomasia), nem, em todo mundo, há tantas obras de indescritível grandeza" (Heródoto, Histórias, 2, 35). Hoje, em pleno século XXI, mais de oito milhões de turistas estrangeiros visitam o país, quase todos atraídos pelos vestígios arqueológicos do período faraônico. No Brasil, existem grupos de pesquisa sobre o Egito antigo, formam-se pesquisadores nas universidades e o tema está sempre presente na mídia, o que caracteriza uma presença egípcia muito variada e dispersa, como constata a estudiosa gaúcha Margaret Bakos, líder de um grupo de pesquisa sobre o tema. Neste capítulo, vamos apresentar a trajetória do Egito faraônico, suas principais características culturais, políticas e sociais, assim como trataremos, ainda que de forma breve, da presença do Egito em nossos dias.

Estudo Dirigido HH 764 A segundo semestre 2012. O Egito Antigo na sala de aula

O Estudo Dirigido I, primeiro semestre de 2012, tem por objetivo levar os alunos a refletirem sobre o ensino de História. Para tanto, além das recentes discussões teóricas sobre os temas específicos abordados na grade curricular da disciplina História, abordando "O Egito Antigo na sala de aula", serão trabalhados textos e questões relativas ao ensino de História e temáticas relacionadas ao trabalho docente. Enfatiza-se ainda, planejamentos de aulas e outros materiais, com a sua apresentação e discussão, incluindo os diversos recursos de uso corrente em sala de aula.

Egito antigo a partir da sala de aula Raquel dos Santos Funari

Tópicos: Geral Semelhanças e diferenças na História História para crianças-futuro cidadãos, lúdico e atrativo, aluno ativo, do conhecido para o desconhecido, do presente para o passado Específico África Mulheres Estrutura social e religiosa Diodoro e Heródoto, camponeses Presente/passado, Pinheiros e Nilo Semelhanças e diferenças na História Paul Veyne (1970) foi feliz ao definir a História como um inventário das diferenças. Essa perspectiva resulta de diversos fatores, a começar pela noção de indeterminação, pela qual se pode propor futuros imprevisíveis. Esta é uma maneira de opor-se à noção de predestinação, como se tudo que acontecesse estivesse determinado. Se assim for, o passado foi sempre o resultado de ações inevitáveis e o futuro também o será, o que transforma os seres humanos em simples executores inconscientes, que não poderiam determinar o seu destino, os seus desejos, suas trajetórias. Se o futuro pode ser alterado por nós, o passado também deve ser entendido como resultado de inúmeros fatores, que portavam em si diversas possibilidades. Em termos bem concretos, é uma concepção que permite questionar a inevitabilidade de qualquer futuro (Foucault 1979). O capitalismo não será inevitável, nem qualquer outra forma de vida social, como o comunismo, como sugerem vertentes neoliberal e marxista (Jenkins 2001). Ainda na mesma linha, os acontecimentos passados, presentes ou futuros dependem de circunstâncias particulares, que poderiam ou poderão ser outras, tanto em termos humanos como naturais. Em seguida, as diferenças resultam também do reconhecimento da convivência de comportamentos e ideias, ou, ao menos, da existência de um desejo dessa aceitação (Rago 2002). Neste sentido, o passado serve para mostrar que a cultura é sempre arbitrária, mutante e variada, de modo que não há modelos normativos e obrigatórios de comportamento no presente ou no futuro (Munslow 1997). Isso pode ser relacionado, no âmbito historiográfico, à crescente interação entre o estudo da História e as outras disciplinas humanísticas e sociais,