Violência nas escolas e políticas públicas (original) (raw)

Violência na escola. Das políticas aos quotidianos

políticas aos quotidianos”, Sociologia, Problemas e Práticas, nº 41, pp 37-62, 2003

Resumo A existência de um alargado conjunto de situações, que designamos globalmente por violência na escola, tem dado origem, nos anos mais recentes, a diversos debates públicos e a numerosas referências nos meios de comunicação social. Foi neste contexto que se desenhou no CIES uma linha de investigação que questionou, dum ponto de vista sociológico, as concepções presentes no debate, procurando um confronto permanente entre a investigação teórica e empírica, dando particular atenção à análise e exploração das diferentes dimensões que o fenómeno assume.

A Violência No Âmbito Escolar

Revista LEVS

Este trabalho tem por objetivo contribuir com as discussões sobre jovens e violência no âmbito escolar. Para tanto elaboramos um projeto de pesquisa que tem por objetivo identificar o sentido que a violência adquire para o jovem seja como estratégia de identidade ou como meio para obter presença social como grupo, relacionando-a as suas trajetórias pessoais, grupais e de classe, e as condições objetivas de exposição a situações de violência. Neste artigo é apresentada uma análise parcial dos dados coletados. Buscamos neste texto nos atentar para as explicações da violência presentes nos discursos dos jovens no que diz respeito à violência a e da escola.

Violência nas Escolas e Políticas Públicas Violência nas Escolas e Políticas Públicas Conselho Editorial da UNESCO no Brasil

Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da UNESCO, nem comprometem a Organização. As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo deste livro não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região ou de suas autoridades, nem tampouco a delimitação de suas fronteiras ou limites.

Violência e política

Revista Brasileira de Ciências Sociais - RBCS

A relação entre violência e política tem sido deixada de lado pela maior parte da teoria política, como um fato desagradável sobre o qual é melhor não pensar. O artigo discute essa relação, tomando três pontos de partida. (1) A questão do uso da violência amplifica o drama maquiaveliano da política: a busca de efetividade na ação em tensão com a observância de princípios normativos. (2) É possível dizer, como Girard, que a ordem política se constitui tendo por objetivo esconjurar a violência. O fato de que a política busca prevenir a irrupção daquilo que está em seu substrato reforça a tensão referida antes. (3) Em toda essa discussão, porém, o foco está na violência aberta. A violência estrutural ou sistêmica, vinculada às formas de dominação e opressão vigentes, é deixada de lado e não é marcada como um desvio em relação ao fazer político aceitável. Mas seus efeitos materiais são tão claros quanto os da violência aberta. Assim, não há como discutir a relação entre violência e política sem introduzir a violência estrutural, que muitas vezes está incorporada nas próprias instituições que devem prevenir a violência aberta. Palavras-chave : Violência; Política; Conflito; Dominação; Resistência.

Violências Nas Escolas Que Se Judicializam: Desafios Para as Políticas Públicas

Xi Seminario Internacional De Demandas Sociais E Politicas Publicas Na Sociedade Contemporânea, 2014

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo promover uma reflexão acerca das diferentes facetas envolvendo o fenômeno das violências no âmbito escolar, as políticas públicas que visam dar conta dessas formas de violência e, na ausência de tais políticas, o desfecho na judicialização dos conflitos escolares como alternativa de escape. Na falta de meios de prevenção para um fenômeno de tamanha complexidade, a escola se vê obrigada a delegar, ao poder judiciário, parte de sua autoridade. Tal externalização de poder denuncia a fragilidade da escola como instituição em tratar, através do diálogo, questões de violência, o que acaba, por consequência, criminalizando jovens. Neste contexto, as práticas restaurativas se apresentam como uma alternativa viável para a prevenção e o enfrentamento do fenômeno das violências nas escolas.

Políticas públicas e violência

Antes de qualquer consideração sobre o aumento da criminalidade no Brasil e a necessidade de políticas públicas de prevenção aos delitos, é importante uma breve reflexão sobre o sentido da violência em nossa cultura.