Eu também sou América": Pensando a consciência racial norte-americana a partir de Langston Hughes e Walt Whitman (original) (raw)
Embora ainda pouco lido no Brasil, o escritor norte-americano Langston Hughes (1902-1967) escreveu poemas, contos, ensaios e romances que figuram entre obras marcantes da chamada Renascenca do Harlem, no inicio do seculo XX. Seus escritos dialogam de maneira fundamental com muitas pautas da contemporaneidade e, por isso, este artigo pretende discutir comparativamente os poemas I, too , de Langston Hughes, e I hear America singing , de Walt Whitman. Para tanto, tracar-se-a um panorama em torno das questoes etnico-raciais nos Estados Unidos da primeira metade do seculo XX, analisando relatos e fragmentos autobiograficos de Hughes, a partir, principalmente, dos pressupostos teoricos pos-coloniais do psiquiatra, filosofo e ensaista Frantz Fanon; da teorica Gayatri Spivak, do filosofo Achille Mbembe e do poeta Aime Cesaire.