Desinstitucionalização Psiquiátrica: Produção Cultural Na Diversidade (original) (raw)
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“Diversidade Cultural e Criatividade”
Revista Espaço do Currículo, 2020
Motivado pela proximidade dos 20 anos da promulgação da Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural da UNESCO, o objetivo do presente trabalho foi apontar caminhos para fortalecer a promoção da diversidade por meio da valorização da criatividade, tendo o debate curricular como nosso eixo. Essa ênfase temática advém do terceiro princípio da Declaração, intitulada “Diversidade e Criatividade”. Ressaltamos a força deste princípio para se pensar as complexas formações e relações sociais que se desenham na contemporaneidade, assim como sua potência para dialogar com a criatividade e desafiar estereótipos e preconceitos. Fundamentamos nosso pensamento a partir dos aportes de estudos da diversidade cultural, da criatividade e do currículo. Defendemos o fortalecimento do debate sobre uma educação cada vez mais vocacionada para acolher a diversidade cultural por meio de práticas educacionais criativas, assim como projetos curriculares que as apoiem e legitimem. Finalizamos com reflexõe...
A PSICANÁLISE ENTRE A DESCONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO E UMA NOVA PERSPECTIVA CULTURAL
RESUMO Os debates acerca da cientificidade da Psicanálise podem extrapolar os limites de uma discussão epistemológica. Ao introduzir uma ciência (ou uma práxis, ou um saber) do sujeito, Freud abriu diversos caminhos e possibilidades para a construção de uma nova perspectiva cultural. Partindo de uma tradição historiográfica, este artigo pretende analisar a evolução do conceito de indivíduo na história das mentalidades, comparando-o, posteriormente, ao surgimento do paradigma científico moderno e ao eventual mal-estar causado pela Psicanálise ao contradizer as verdades cartesianas já estabelecidas no século XIX. Elaborada como ciência, desenvolvida como práxis, mas localizada muitas vezes no campo da estética, a Psicanálise atravessou um século de paradoxos naturais e outros desconchavados os quais mobilizaram um debate que reúne desde historiadores à filósofos da ciência a fim de responder uma questão aparentemente simples: onde situar a Psicanálise? Este artigo se limita a uma revisão epistemológica do que já foi dito sobre este tema, ao passo que tenta apontar, a partir de uma vasta articulação de autores, um lugar possível para a localização da Psicanálise. ABSTRACT The discussions concerning the Psychoanalysis may exceed the limits of an epistemological debate. By introducing a science (or some praxis, or a knowledge) of the subject, Freud opened many paths and possibilities for the construction of a new cultural perspective. From a historiography tradition, this article intends to analyze the evolution of the concept of individual in the history of mentalities, comparing it, after, with the beginning of the modern scientific paradigm and, finally, to compare this context with the eventual discomfort created by the Psychoanalysis when it had been contradicted the Cartesian paradigm which were already solidified in the XIX century. Proposed as a science, improved as praxis, but localized many times in the aesthetical field, the Psychoanalysis had come through a whole century of natural paradox and other nonsense ones which have mobilized a debate that gathers many science fields. This effort is just to try answering an apparently simple question: where does the Psychoanalysis can be localized? This article limits itself to make an epistemological revision of what were already said about this matter. And then, from a huge connection among several authors, we will try to find a possible place to spot the Psychoanalysis on.
Diversidade Cultural na pauta das Indústrias Criativas no Brasil
O artigo analisa as políticas públicas voltadas às indústrias criativas no Brasil, com foco nas questões ligadas à diversidade cultural. Trata--se de uma pesquisa exploratória, que traz como procedimentos metodológicas a pesquisa bibliográfica e documental, estabelecidas por meio de um levantamento bibliográfico do período 2003 a 2012, onde foram selecionados materiais que abordassem tanto a Economia Criativa quanto as Indústrias Criativas. Como apontamentos, a pesquisa mostra que o tema "indústrias criativas" vem ganhando cada vez mais atenção nos cenários cultural e econômico mundiais. Também é possível apontar que o setor criativo do Brasil vem crescendo em número de trabalhadores, renda e participação no PIB, e vem sendo alvo de políticas públicas nacionais.
A DIVERSIDADE CULTURAL NAS ORGANIZAÇÕES
Neste artigo foi proposto identificar o processo da diversidade cultural dentro de uma organização. O foco deste estudo é mostrar a diversidade organizacional por meio de um embasamento nos conceitos e realizar uma pesquisa dentro de uma organização identificando suas políticas e a valorização da diversidade humana. Para o desenvolvimento desta análise, foram feitas pesquisas bibliográficas, coleta de dados por meio da internet. A pesquisa bibliográfica baseou-se em publicações cientificas na área da diversidade cultural e na gestão da diversidade, realizando pesquisas em artigos e sites. A pesquisa foi baseada em citações de autores que conceituam e defendem a diversidade, após pesquisa desses conceitos, conseguimos dar início ao nosso trabalho que tem por meta demostrar a diversidade dentro de uma organização real, relatamos também na pesquisa como a gestão da diversidade resulta na convivência de todos os colaboradores, e no bem estar dos mesmos, no decorrer do artigo podemos identificar o processo de ações da diversidade, que foram realizadas pelo autor e citados em trechos com nosso entendimento acerca das informações pautadas. A pesquisa será realizada nos projetos da seguradora Mapfre, que tem como objetivo incluir todas as pessoas no meio social da organização, tendo suas políticas voltadas para valorização da diversidade humana, promovendo assim a diversidade para evitar as diferenças ou alguma das características das pessoas se transforme em motivo de discriminação, orientando, monitorando e advertindo seus colaboradores. Pode-se observar que uma organização que preza pelo respeito e a diversidade das pessoas devem capacitar todos os gestores para orientar todos os membros, com relação à diversidade de grupos inclusos em sua organização, promovendo a inclusão dessas pessoas e eliminando qualquer diferença entre os colaboradores.
CONTRA A “VIOLÊNCIA DE INEXISTIR”: PSICOLOGIA CRÍTICA E DIVERSIDADE HUMANA
Ancorado numa perspectiva crítica, este artigo propõe uma revisão teórica sobre as abordagens psicológicas em torno da diversidade humana. Num primeiro momento, são examinadas as evoluções conceptuais que a noção de diversidade foi assumindo na psicologia. Posteriormente, elencamos algumas propostas epistemológicas consonantes com a perspectiva crítica adoptada. Por fim, procedemos a uma sistematização de princípios orientadores de uma praxis crítica celebrante da diversidade humana e combativa do que sugerimos ser a "violência de inexistir", representada pela rejeição das inumeráveis realidades subjectivas e relacionais que sempre nos caracterizam na diversidade.
CULTURAS E INTERDISCIPLINARIDADE: UMA EXPERIÊNCIA MULTIMODAL
Diversidade Cultural e Ensino de Língua Estrangeira, 2013
Introdução A iniciativa política do Governo Federal em empreender o processo de universalização do ensino superior em municípios dos interiores dos estados federados representou um drástico salto qualitativo com amplas implicações sociais, econômicas e culturais. Um verdadeiro movimento de reverberação progressiva e irreversível da produção de conhecimento. Desconcentrar e descentralizar o conhecimento dos centros urbanos, formando e fixando recursos humanos qualificados nos interiores é uma forma de democratizar o acesso e difundir o saber científico, abrir portas ao desenvolvimento, gerar oportunidades de crescimento local e regional, em primeira instância. Difundir, entretanto, não é o suficiente. Vivemos um momento, na sociedade global, que nos exige além da arte de recriação de saberes, uma incessante desestruturação de códigos culturais de tendência centralizadora que nos permita novas leituras de mundo, a aceitação da diversidade cultural e uma melhor compreensão da complexidade das interações humanas nas suas formas mais distintas. Por isso, o aspecto intercultural tem ocupado um espaço de destaque nas discussões mais recentes em educação e no ensino de línguas estrangeiras. Entendo que a ampliação desse processo de construção deva ser impulsionada por constantes reflexões e ações retroalimentadas pelas práticas e experiências nos contextos de ensino e concretizada através de projetos de pesquisa, ensino e extensão e o campus da UFPA no município de Bragança, no nordeste do estado do Pará, tem se empenhado nesta missão. Uma das ações em prol de uma melhor formação dos discentes da faculdade de Letras é o Programa de Assistentes de Ensino de Língua Inglesa (ETA). O Programa ETA da Fulbright em parceria com a CAPES além do foco no ensino tem um forte e significativo componente intercultural em sua concepção. Seus agentes são incontestáveis embaixadores que trazem, deixam, tocam, criam e levam
Diversidade Cultural e seus Reflexos na Dimensão Patrimonial
Literatura, Decolonialidade e Patrimônio Cultural na América Latina, 2021
O capítulo desenvolve uma reflexão que se centra em duas questões-chave: como e em que medida a diversidade cultural se estabeleceu como paradigma das políticas patrimoniais brasileiras? Para isso, o autor revisita o processo de surgimento do conceito de diversidade cultural, bem como seu estabelecimento como um direito cultural. Em seguida, tece um quadro sobre as políticas patrimoniais do Brasil apontando as principais iniciativas que se aproximaram de uma visão mais democrática e plural.
Experiências de desinstitucionalização na reforma psiquiátrica brasileira: uma abordagem de gênero
Interface, 2017
Este artigo objetiva discutir algumas experiências de desinstitucionalização no contexto da reforma psiquiátrica brasileira, a partir de uma abordagem de gênero. Para tanto, desenvolve uma análise dos dados de uma etnografia realizada nos anos de 2010 e 2011, nas cidades brasileiras de Joinville-SC e Barbacena-MG, assim como em Torino, Trieste e Gorizia na Itália, que teve como sujeitos os usuários e as usuárias dos serviços de saúde mental. As questões que norteiam as discussões dizem respeito à presença significativa do gênero nas experiências de desinstitucionalização desencadeadas pelo processo da reforma psiquiátrica brasileira, nas práticas assistenciais e nos modos de subjetivação de mulheres e homens que frequentam os serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico. Palavras-chave: Gênero. Modos de subjetivação. Saúde mental. Reforma psiquiátrica.