Diante da Fronteira (original) (raw)
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Scriptorium, 2019
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1988
Raros são hoje em dia os países onde se pode observar um processo significativo de ocupação demográfica e econômica de vastas parcelas do território nacional, como é o caso no Brasil ou na Malásia. Trata-se, porém, em menor grau, de um fenômeno muito freqüente nos dias atuais na zona intertropical. Deve-se a este fenômeno notadamente o rápido desaparecimento da floresta ombrófila, da América do Sul ao sudoeste da Ásia, substituída, no melhor dos casos, por culturas comerciais permanentes e, na maioria das vezes, por uma agricultura de queimadas e por uma pecuária muito extensiva, que encontram no consumo do espaço uma estratégia coerente de otimizaçãoda relação trabalho/produto, susceptível de compensar parcialmente a ausência de capitalização técnica. Deve-se notar que o termo "fronteira", aplicado a este processo, é, em grande parte, próprio do continente americano. Trata-se com certeza do termo inglês frontier, popularizado por Turner no século passado, em sua análise da expansão territorial norte-americana, e estendido para a América Latina. Mas haveria diferenças reais mais além da terminologia? Por que, por exemplo, o termo "fronteira" quase não é utilizado pelos pesquisadores africanos ou africanistas? Por que este projeto de Cahier desciences Humaines de 1'ORSTOM dedicado à "fronteira" teve pouca repercussão junto àqueles pesquisadores? A conquista de novos espaços é, no entanto, um fato permanente da história africana e não faltam exemplos atuais, quer se trate de frentes pioneiras cuja dinâmica é devida à extensão de uma cultura de exportação (cacau em Gana e na Costa do Marfim, amendoimno Senegal), da expansão territorial de um grupo étnico (Mossi no Burluna Faso...), ou ainda de uma frente pluriétnica de pequenos agricultores (Mayombé); isso sem falar das terras altas de
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FRONTEIRAS DO CORPO: FENOMENOLOGIA DO ESPAÇO CORPORAL E DA DANÇA A PARTIR DE MERLEAU-PONTY, 2000
Há uma grande maioria de autores que classificam o espaço corporal e a dança como sendo distintos entre si. Outros consideram que ambos possuem o mesmo sentido ou estão intimamente ligados entre si. Neste trabalho é importante compreender estes fenômenos e sua inserção filosófica extremamente contemporânea e, infelizmente, ainda pouco prestigiada em nossa literatura.
Fronteiras: lugar do estrangeiro
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Ciencias Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião
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Os Brasiguaios e Conflitos Na Fronteira
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Revista e-Curriculum
O artigo tem como objetivo problematizar a discussão acerca das fronteiras em sua intersecção com o currículo. Parte-se da consideração das experiências e do consequente debate acerca das fronteiras, prementes no contexto atual, dada a frequência e a dramaticidade dos deslocamentos de sujeitos e grupos e a formação heterogênea dos espaços sociais, que reverberam na construção de identidades fluidas e em permanente construção, impactando as relações sociais, sobretudo nos ambientes curriculares de formação. Trata-se de pesquisa de cunho bibliográfico, tendo como principais referências as contribuições de José de Souza Martins (2018), Boaventura de Sousa Santos (1994, 2003, 2010), Stuart Hall (2014, 2015), Homi Bhabha (2013), dentre outros. É explorada a hipótese analítica segundo a qual as fronteiras culturais que permeiam o currículo devam se constituir em oportunidades de negociação cultural, numa perspectiva de interculturalidade, tomando-se a irredutibilidade da alteridade como p...