Popular health practices and women's health (original) (raw)

Práticas populares de saúde no cuidado

Revista de Educação Popular

As práticas populares de saúde (PPS) são uma forma de manifestação cultural, presentes no cotidiano daqueles que buscam tratamento para além dos conhecimentos biomédicos. Foram introduzidas oficialmente no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS). Entretanto, há carência de diálogo efetivo entre as PPS e as práticas de cuidado biomédicas. O objetivo deste estudo foi levantar a prevalência do uso das PPS em um distrito do interior do estado de São Paulo. Foi realizada amostra estratificada da população do território, de acordo com sexo e faixa etária, aplicado um questionário e realizada análise estatística. Os dados revelaram alto índice no uso de algumas PPS e baixa procura por outras práticas, com diferenças de sexo e idade. Também apresentaram a frequência de uso do serviço de Atenção Básica. Práticas que requerem formação profissional especializada, com...

Daily practices of health among sex workers

2012

Objective: To describe the health practices adopted by sex workers in their daily lives. Methods: A qualitative study that took place at bars where sex workers of Maceio –AL Brazil work. The universe of participant subjects was integrated by 15 female sex workers aged between 20 and 39 years assisted by the team of a Street Clinic. The research took place between August and October 2011 and women were randomly selected. Data was collected through semi-structured interviews which were all audio-recorded and transcribed for further analysis and interpretation. Results: Thematic analysis of the data produced and the theoretical framework of health promotion enabled the categorization of the health practices in daily life of these women such as: prevention of sexually transmitted diseases body care and aesthetics physical activity nutrition leisure interpersonal relationships consumption of alcohol and others drugs self-medication and quest for health services. The ways they appropriate...

Saúde da Mulher

Sexo e gênero: uma nova visão para a medicina no Brasil, 2020

De acordo com o Instituto de Medicina dos Estados Unidos da América toda célula do nosso corpo tem sexo, portanto, sexo é igual DNA. Assim, uma vez que desde o momento da concepção todas as células do nosso corpo responsáveis por formar nossa pele, coração, pulmão, cérebro, ou seja, cada órgão do nosso corpo, contém o DNA único do indivíduo que elas pertencem e como sexo é DNA, conclui-se que cada célula do nosso corpo e consequentemente cada órgão do nosso corpo possui o mesmo sexo. Então se sexo é igual DNA, o que antes se achava que ser XX ou XY determinava apenas se íamos nascer com ovários ou testículos, hoje sabemos que essa teoria está no mínimo incompleta. Graças a cientistas, hoje estamos começando a entender que os cromossomos sexuais também possuem papel nas diferenças que percebemos por exemplo na metabolização de drogas entre homens e mulheres ou na diferença de susceptibilidade e severidade das doenças que existem entre os sexos. Dessa forma, molecularmente e fisiologicamente, os órgãos e sistemas de uma mulher são diferentes dos de um homem. Apesar disso, ainda hoje no Brasil se resume a saúde da mulher apenas em útero, ovários e mamas, como se todos os outros órgãos respondessem de maneira igual que dos homens, inclusive, colocando como padrão a fisiologia do organismo masculino. Até a década de 1980, praticamente todos os testes eram feitos exclusivamente em homens, as mulheres não eram nem consideradas nos estudos. Mas os resultados dessas pesquisas eram usados tanto para homens quanto para mulheres. Um caso que ficou famoso sobre como excluir as mulheres de pesquisas clínicas é na verdade um desserviço a elas, foi o caso do Zolpidem. Zolpidem é um remédio usado basicamente para tratar distúrbios do sono, nos Estado Unidos foi liberado seu uso em 1992 com a mesma dose para homens e mulheres. Porém, após cerca de 20 anos de liberação, a Food and Drug Administration (FDA) aconselhou que as mulheres usassem metade da dose prescrita para os homens, uma vez que eles tinham percebido, através de estudos, que as mulheres metabolizavam mais lentamente a droga e por isso, muitas estavam acordando pela manhã ainda sonolentas e ao saírem com seus carros estavam sofrendo acidentes por estarem dormindo ao volante. Concluíram que isso aconteceu, pois essas mulheres estavam com uma quantidade da droga (Zolpidem) ainda grande nos seus organismos mesmo na manhã do outro dia. Segundo Paula Johnson et all., o sexo influencia na formação da placa de ateroma dentro das coronárias, com isso, o sexo também influencia no exame padrão ouro para diagnosticar um infarto em mulheres e em homens. Além disso, de acordo com os mesmos autores, a mulher não fumante tem três vezes mais chance de ter câncer de pulmão do que o homem não fumante e apesar disso, ainda tratamos da mesma forma e usamos os mesmos screenings tanto para homens quanto para mulheres. Saber que o sexo influencia na fisiopatologia, nos fatores de risco, na evolução e no tratamento da doença e ignorar esse fato é um desserviço para todas as mulheres brasileiras. Enquanto nos Estados Unidos existem faculdades que possuem um departamento exclusivo para estudar a medicina de sexo e gênero e pesquisas avançadas e estimuladas para investigar a influencia do sexo dentro da medicina, aqui no Brasil continuamos com uma matriz curricular em que saúde da mulher é estudar ginecologia e obstetrícia e que políticas públicas voltadas para a saúde da mulher é o outubro rosa. Em suma, o país está atrasado no que tange a saúde da mulher, todavia isso pode e deve ser mudado. Ferramentas, estudos e pesquisas já existem e provam que estudar o sexo na medicina é de suma importância para a saúde dos pacientes e para tornar médicos mais competentes e humanos, que se preocupam em fazer uma medicina mais individualizada, onde o paciente é realmente o centro do atendimento.

Práticas Populares Em Saúde Indígena e Integração Entre O Saber Científico e Popular: Revisão Integrativa Practices in Indian Health and Integration Between Scientific and Popular Knowledge: Integrative Review Prácticas Populares De Salud Indígena e Integración Entre El Saber Científico y Popular...

RESUMO A s práticas populares em saúde podem ser caracterizadas como a mais genuína forma do saber empírico de populações indígenas, como uma forma de expressão de identidade, não só cultural, mas de sabedoria e conhecimento sanitário desses povos. Assim, tendo em vista esse grupo étnico específico e seus diversos modos de organizar-se e proporcionar saúde, este estudo, uma revisão integrativa de literatura, levantou obras indigenistas para expor a integração de tais práticas na atenção primária à saúde (APS), relatar o que já foi observado e catalogado por estudos anteriores, para embasar a teoria e fortalecer a proposta de que tais práticas não devem ser adotadas de forma paliativa ou classificadas com menor importância, atribuindo a credibilidade e o respeito inerentes às particularidades dessas populações. Por fim, constatou-se que é possível e necessário integrar ações assistenciais/científicas e práticas populares, evidenciando e tornando cada vez mais clara a importância da e...

Percepção da condição de saúde entre mulheres

Revista Brasileira de Enfermagem, 1993

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que objetivou verificar como um grupo de mulheres de baixa renda identificava sua condição de saúde. Foram entrevistadas 42 mulheres individualmente e a análise feita através do conteúdo de suas falas. Foi possível identificar que o conceito de saúde para esse grupo de mulheres está ligado à atividade física, ao sentido da vida, como também à ausência de doença. A tristeza, dor, desânimo, desconforto e medo de dependência foram os principais motivos alegados pelas mulheres que se percebiam como doentes. Discute-se a importância destes achados na prestação de assistência orientada para a saúde.

[Innovative practices for health care]

Revista da Escola de Enfermagem da U S P, 2007

The need to build a new look to the care, based on dialogue and creativity, enables the social transformation of the role of professionals in their practice. It is understood here that the care is more than an act: it is an attitude. Moreover, the conceptual framework of psychosocial rehabilitation is an instrument that might enable the construction of this new look. In this context, to care is to consider the importance of building projects of life, significant for each user, as lynchpin of the therapeutic action. The necessary changes in mental health's practice and psychiatric nursing are progressing, since the knowledge produced in this area incorporates strategies to welcome and maintenance which considers, at all times, the exercise of active citizenship of the mental patients.

[Perception influence of professionals regarding unsafe in attention to women's health]

Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia : revista da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, 2012

To identify the knowledge and awareness of health professionals regarding the Brazilian legislation on induced abortion. Unidentified sealed envelopes containing the questionnaires were sent to all professionals (n=149) working in the Obstetrics Department of a university hospital and public hospital at the periphery of São Paulo (SP), Brazil. A total of 119 professionals responded to the questionnaire. The 0.05 confidence interval and the Fisher exact test and χ² test were used for data analysis. Of the respondents, 48.7% were physicians, 33.6% were nursing professionals and 17.6% were professionals from other fields (psychologists, nutritionists, physiotherapists, laboratory technicians and administrators). There was a significant difference (p=0.01) in the proportion of professionals who believe that abortion for non-lethal fetal malformation and due to unplanned pregnancies should be included in the Brazilian legislation. It was observed that the knowledge about the law and the ...