Narrativas autobiográficas e histórias de vida na formação do professor de Geografia (original) (raw)
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Relatos Autobiográficos Na Formação Inicial De Professores Em Geociências e Educação Ambiental
Poíesis Pedagógica, 2011
Resumo: Apesar da grande importância do conhecimento em Geociências na formação dos indivíduos para o exercício da cidadania, o espaço destinado a este campo do saber no currículo da Educação Básica no Brasil é mínimo. A necessidade de criação de um curso de licenciatura em Geociências como possibilidade de inclusão dos conteúdos geocientíficos nos currículos do Ensino Fundamental e médio se concretizou em 2004 com a criação da Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental (LiGEA) na USP. Neste trabalho, avaliamos como a história de vida tem sido utilizada na formação de professores no LiGEA, através da análise de três relatos autobiográficos resultantes de pesquisas de Iniciação Científica realizadas por graduandos da licenciatura, que pesquisam seu próprio curso através da pesquisa-ação participante. Até o momento, investigamos principalmente o desenvolvimento dos estágios e a caracterização histórico-epistemológica da área de ensino em Geociências e Educação Ambiental que está surgindo. A história de vida serviu como instrumento essencial para a definição metodológica das pesquisas, para a avaliação do processo formativo, para a definição da identidade docente e para a avaliação do currículo do curso.
Ressonâncias De Narrativas Autobiográficas Na Formação Continuada De Professores
2021
This study addresses the narratives in the continuing education of teachers from the early years of elementary school in order to analyze their resonances in the processes of self-knowledge, selfeducation and understanding of the objective and subjective conditions of this education and teaching practice. It assumes that the teachers and their training are important, but advocates that the contributions and effects of training processes need to be analyzed considering their materiality and the reality of teaching and learning practices in the Brazilian educational context. Presents results of research developed at the Center for Studies and Research on Teacher Education and Teacher Professionalization in Pedagogy, embodied in the autobiographical approach. It concludes that narratives, as research devices, generate forms of resistance and understanding of the dynamics of continuing teacher education. Kaywords: Biographical approach. Ongoing training. Self-training.
Contribuições da pesquisa (auto)biográfica para a formação do professor de Geografia
Anais do XV ENANPEGE, 2023
Este estudo tem por objetivo propor uma reflexão sobre contribuições do método (auto)biográfico para a formação do professor de Geografia. Baseado nas histórias e narrativas de vida, este método tem se apresentado como uma possibilidade entre as pesquisas sociais, sobretudo nas últimas quatro décadas. Esta pesquisa tem um caráter bibliográfico, evocando autores que já discutiram de forma qualitativa o uso das narrativas (auto)biográficas numa perspectiva da formação do professor de Geografia. Entre os principais autores trabalhos, temos: DELORY-MOMBERGER (2014) e JOSSO (2004) que discutem as fontes biográficas para a formação do sujeito. PASSEGGI (2021) e SOUZA (2006) que abordam o uso das narrativas nas pesquisas em educação no Brasil e sua importância na formação de adultos. Também utilizamos a pesquisa de BARROS e PINHEIRO (2017) que discutem o uso das narrativas (auto)biográficas na formação do professor de Geografia. A partir das reflexões evocadas, ficou evidente o quanto o uso dessas fontes é importante na formação inicial e continuada dos professores de Geografia, possibilitando uma formação docente mais autônoma, reflexiva, sem desconsiderar as aprendizagens disciplinares, antes, centrando a formação no sujeito da formação e não apenas na formação em si mesma. Portanto, entendemos que o uso das narrativas, histórias de vida e fontes (auto)biográficas não se constitui na solução dos problemas da formação docente, porém, aponta um caminho, entre os tantos possíveis, para uma formação que valorize a história de vida do sujeito em formação, seus saberes experienciais e sua subjetividade como elementos fundamentais em sua formação pessoal e profissional.
Saber da experiência e narrativas autobiográficas na formação inicial de professores de biologia
O artigo trata da produção de narrativas na formação de alunos de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade de Brasília, à luz das ideias de Larrosa sobre saber da experiência e tendo, como referencial metodológico de pesquisa, as narrativas autobiográficas. As narrativas estudadas foram produzidas em duas disciplinas, e indicam uma autorreflexão dos licenciandos sobre seu percurso de formação desde estudante de Educação Básica até sua vivência no estágio supervisionado. Os elementos que orientam as reflexões aqui desenvolvidas destacam: o papel da subjetividade na formação do professor; o ato de narrar como facilitador de uma autocompreensão; e o papel das narrativas autobiográficas como metodologia de pesquisa e formação de professores.
Qualidade e políticas públicas na educação 7, 2018
As reflexões aqui sistematizadas são fruto de um processo de ensino- pesquisa desenvolvido na UFPR Setor Litoral, especificamente, com os estudantes de Licenciatura em Educação Física (EF), no módulo Introdução aos Projetos de Aprendizagem. O objetivo principal do trabalho-pesquisa foi buscar com que os estudantes encontrassem referências em suas narrativas que trouxessem sentidos e significados para a formação. O processo metodológico se caracterizou por uma pesquisa-ação e não apresentava objetivos iniciais totalmente definidos, visando ser complementados e alterados a medida que ia sendo implementada. Em relação aos dados obtidos, de um total de 50 estudantes, 41 responderam os dois instrumentos, a escrita inicial e a segunda escrita. O primeiro elemento que nos chama a atenção ao analisar o processo é a dificuldade dos estudantes, em geral, em escrever sobre suas próprias histórias, em muitos casos percebemos um bloqueio em reconhecer as suas vidas como algo significativo, com passagens que mereçam ser registradas e contadas. Outras categorias significativas foram: infância; escola; professores; esporte; e a escolha do curso. Ao problematizar os resultados que sistematizamos coletivamente, buscamos provocar nos estudantes a necessidade de definirmos projetos de formação, com objetivos a serem alcançados, dando sentido ao curso que estão realizando e provocando a construção e/ou fortalecimento da autonomia para que escolham temas que lhes interessem e façam parte dessa formação, assim como, ressignifiquem os diferentes saberes trabalhados no curso a partir dos seus projetos profissionais e de vida.
Narrativas revelando projetos de si na trajetória de formação docente
Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica
O presente texto é um recorte de uma pesquisa de mestrado que deu voz a seis professoras da Educação Infantil da rede municipal de ensino de Imperatriz/MA e as escutou. Neste artigo, discutem-se, a partir das narrativas orais das professoras, as avaliações que elas fazem do que sonhavam e do que querem para sua vida, ou seja, seus projetos biográficos de vida e formação. A pesquisa é de natureza (auto)biográfica, utilizando-se de entrevistas narrativas para a produção dos dados, pois partiu-se da proposta do sociólogo alemão Fritz Schütze (2011), para sua efetivação e análise. A investigação revela histórias marcadas por sonhos e realizações como professoras, mas também pela passagem transitória pelo magistério, por não se identificarem com a profissão ou pelas tensões vividas no cotidiano escolar. São histórias semelhantes às de tantas outras professoras que, inseridas na profissão, podem ou não aderir à docência. Conhecer as trajetórias de professores é fundamental para quem atua ...
Narrativas autobiográficas e representações: o entrelaçar de histórias docentes
Educação (UFSM), 2014
http://dx.doi.org/10.5902/1984644411342Este trabalho analisa os conceitos de autoridade e autoritarismo através de narrativas autobiográficas de professoras de escolas de educação básica do município de Santa Maria RS e das representações sociais. Fez-se uso de uma pesquisa de cunho bibliográfico. Utilizou-se da teoria das Representações Sociais e também da História Oral. O artigo divide-se em cinco partes. A primeira delas, aborda a História Oral como possibilidade de contar uma história do mundo contemporâneo. Na segunda, discute-se a Teoria das Representações Sociais como uma decodificação da vida cotidiana. Maffesoli (1998), na terceira parte, questiona o que seria melhor representar ou apresentar na construção da realidade. A quarta parte, reflete sobre as falas docentes e a bibliografia estudada. A última parte traz as falas dos professores sobre os conceitos de autoridade e autoritarismo docente.