Fronteiras incertas: da integração dos sistemas à expansão dos serviços (original) (raw)

Fronteiras, integração e paradiplomacia

Monções, 2017

Disponível em: http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/moncoes FRONTEIRAS, INTEGRAÇÃO E PARADIPLOMACIA As relações internacionais são permeáveis a mudanças. Consequentemente, a análise do comportamento dos atores internacionais não

Conflito e integração nas fronteiras dos "brasiguaios

Caderno CRH, 2010

O artigo analisa inicialmente as formas diversas de conflito e integração nas áreas de forte presença de brasileiros na sociedade paraguaia. O texto centraliza na discussão relacionada às línguas nacionais nessa região de fronteiras. Reflete ainda sobre as formas de resistências dos paraguaios ao avanço dos imigrantes e da cultura brasileira, particularmente por meio da escola e do ensino das duas línguas nacionais: o espanhol e o guarani.

Deslocando as fronteiras da organização dos Serviços de saúde

Revista De Administracao Publica, 1991

o interesse deste trabalho é analisar as possibilidades da participação do paciente na organização da assistência médica. Tal interesse afina-se com o questionamento, hoje presente na sociedade brasileira, sobre as características de mna ordem democrática. A questão talvez fosse mais bem fonnulada nos seguintes tennos: sob que condições estaremos de fato concebendo mna nova organização de saúde? Diversas e contraditórias são as idéiaS que motivam esse debate, desafiando nossa imaginação política no momento em que as questões relacionadas com a regulamentação do Sistema Nacional de Sa~, criado pela nova Constituição, tornam força. A fonnulação de leis complementares à nova Carta tem estimulado os vários setores da sociedade a rever suas práticas e diretrizes políticas, na busca de conceber mna organização social que concretize os direitos de cidadania. No setor saúde, as idéias de democratização do atendimento e participação da comunidade tornam novo fôlego. &tas expressões, entretanto, pela constante repetição e conseqüente desgaste semântico, vêm sempre acompanhadas de desconcertante ambigüidade. Ocorre muitas vezes que, por não possuírem significado evidente, tais categorias, em vez de nos ajudarem a conceber com clareza mna situação nova, funcionam na realidade como verdadeiros obstáculos ideológicos que nos impedem de pensar as exigências de transfonnação do presente e nos condenam à monótona repetição do passado. A introdução de práticas participativas exige a compreensão prévia dos princípios de hierarquização e regionalização em função dos objetivos operacionais. Reconhecendo a importância e a necessidade da participação da comunidade, sobretudo quanto à reorganização dos serviços de saúde, questionamos, porém, as fonnas dessa participação, ou seja, mna certa "fetichização dos mecanismos e formas de participação". Como adverte Forb;, l não é pelo simples fato de se contar com representantes da população em detenninados níveis de decisão que a demo-* Mestre em Ciência Política pela UFMO; professora adjunta no Departamento de Ciências Adminis-tIativas da Face e do Curso de Mestrado em Administração/UO.

Fronteiras ampliadas, territórios movediços

Revista Visuais

A edição n.º 11 da Revista Visuais tem como o argumento a ideia de “Fronteiras ampliadas, territórios movediços”. Apresenta na sua seção artigos, três textos seleccionados pela comissão editorial da Revista Visuais, oferecendo como elemento ao diálogo questões complexas sobre o território, espécie, gênero, tradição, mestiçagens, através de experiências críticas e vivência relacional com os objetos de estudo. Estes textos refletem sobre um universo em alteração em sua orden política e nos ajudam para demonstrar que uma fricção entre limites, sejam geográficos, culturais, ou relacionados com problemas institucionais que nos impactam e que percebemos como testemunhas que uma alteração de forças se colocam em movimento. Além disso publicamos o dossiê "Paisagem em metamorfose: transitoriedade e paradigma das relações humanas com o território", organizado por Domingos Loureiro.

A internacionalização dos serviços

Revista de Administração de Empresas, 1999

Este artigo apresenta uma análise da mudança do papel dos serviços no contexto do comércio internacional. Enfoca, inicialmente, o desenvolvimento do embasamento tecnológico e da reestruturação produtiva, antecedente ao processo de internacionalização de serviços, que resultou nessa transformação. Examina, em continuidade, os condicionantes econômicos da internacionalização dos serviços que conduziram à revisão da natureza nontradable dessas atividades, apresentando uma análise da dinâmica diferenciada desse processo em países de níveis diversificados de desenvolvimento. Finalmente, discute os efeitos regionais causados por esse processo de difusão internacional da comercialização dos serviços.

Expansão da fronteira, megaprojetos de infraestrutura e integração sul-americana

Caderno CRH, 2012

As análises da relação entre políticas desenvolvimentistas e as dinâmicas socioterritoriais na Amazônia têm se voltado para a dimensão nacional. Este artigo procura revelar o aumento do interesse pela exploração dos recursos naturais da região para além de suas fronteiras políticas, tornando-se a Pan-Amazônia um espaco central na geopolítica brasileira. Os Planos de Aceleração do Crescimento (PAC I e II) e a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura da América do Sul (IIRSA) assumem a mesma orientação de integração competitiva, adotando um modelo de modernização com base em megaprojetos de investimentos. A IIRSA, no âmbito sul-americano, como bloco regional, e o PAC, em âmbito nacional, são programas voltados para a logística de transporte, energia e comunicação. No plano continental, expressam dinâmicas socioterritoriais irreverersíveis e representam interesses comuns do Brasil e dos demais países, via modelo dominante de expansão da fronteira amazônica a partir dos anos 70 do...

As fronteiras ofuscadas: no cruzamento entre a segurança pública e privada

Desde os finais do século XX, tornou-se comum no fornecimento dos serviços de segurança ver agentes privados operarem ao lado ou em conjunto com agentes estatais, tanto em cenários de paz como em conflitos. A multiplicação dos agentes privados, que para além das empresas de segurança privada, hoje incluem outros fornecedores de serviços de segurança (como grupos tradicionais, criminosos ou terroristas), implica um ambiente cada vez mais complexo de gerir e estudar. O argumento de que o Estado fornece serviços e valores públicos enquanto as empresas e outros agentes privados fornecem valores privados (focados no lucro), é cada vez mais difícil de defender no mundo em que vivemos. Neste artigo, utilizando o conceito de global security assemblages, que olha para além das relações de poder e hierarquia dos agentes envolvidos e se foca nas dinâmicas e no impacto que a atividade dos atores privados tem no fornecimento de segurança, exploramos os contextos e dinâmicas entre os agentes estatais e não estatais. O objetivo deste artigo é discutir o esbatimento das fronteiras entre fornecimento dos serviços de segurança público e privado em alguns cenários e a assimilação de valores "públicos" pelos atores privados. Exploradas as dinâmicas e contextos de funcionamento paralelo e/ ou de cooperação entre os agentes estatais e não estatais, exploramos este ofuscamento que ocorre dentro das fronteiras estatais e fora delas, nos contextos que balançam entre a paz e o conflito, olhando para a crescente utilização da segurança privada comercial como suplemento preferencial dos cidadãos. Ainda que a normalização do uso dos serviços da segurança, tanto pelos Estados como pelos cidadãos e empresas, tenha aumentado nas últimas décadas, a última década em particular trouxe uma nova perspetiva à análise da dimensão do cruzamento entre o fornecimento público e privado e a sua aproximação. Os estudos empíricos (Abrahamsen and Leander 2016; Dunigan 2014; Higate and Utas 2017) demonstram que as fronteiras previamente estabelecidas com base no entendimento Weberiano, de que o Estado tem o monopólio do uso legítimo da força já não são aplicáveis.1 A realidade demonstra uma complexa interligação dos atores estatais e não estatais quando se trata da provisão da segurança tanto ao nível global como local. Este ofuscamento das fronteiras relativamente às tarefas realizadas pelos atores estatais e não estatais, como também no papel e a contribuição dos atores não estatais para o ambiente securitário é cada vez mais óbvio. Enquanto umas décadas atrás era impensável que as empresas da segurança privada pudessem ter um papel fundamental nas comunidades locais, ocupando as tarefas que tradicionalmente eram consideradas parte dos serviços fornecidos pelo aparelho do Estado, neste momento a sua presença tornou-se vulgar e normalmente não é questionada a sua autoridade. 1 1 Nós não implicamos que o estado deixou de ter monopólio do controlo sobre meios de coação física, mas que existe uma divisão das funções que tradicionalmente foram executadas unicamente pelas forças estatais.

Inovação responsável através de fronteiras: tensões, paradoxos e possibilidades

Em março de 2014, um grupo de jovens pesquisadores do estado de São Paulo e do Reino Unido encontraram-se na Universidade de Campinas para participar do Workshop “Inovação Responsável e a Governança de Tecnologias Socialmente Controversas”. Este texto apresenta as re exões e observações mais importantes das discussões travadas ali, com atenção especial para o discurso da inovação responsável, pensada a partir de uma perspectiva comparativa. O texto descreve ainda algumas das tensões, paradoxos e oportunidades importantes que emergiram ao longo dos 3 dias de workshop.