Industrialização Em Feira De Santana-Ba (2002-2010): Planejamento Territorial e Neodesenvolvimentismo (original) (raw)
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Descentralização Econômica No Espaço Urbano: Uma Análise Da Cidade De Feira De Santana-Ba
Anais Do Simposio Cidades Medias E Pequenas Da Bahia Issn 2358 5293, 2014
Feira de Santana é a segunda maior cidade da Bahia, e 34ª do Brasil, segundo o IBGE (2010). Caracteriza-se pelo seu comércio, considerado altamente forte, atraindo compradores e investidores de diversas partes do estado, e até mesmo de outros estados. Com o evidente crescimento populacional, a cidade passa a vivenciar um novo processo: a descentralização econômica. O comércio, antes concentrado totalmente no Centro da cidade, passa a expandir-se também para os bairros, de acordo com variados vetores e motivos. Este processo tem como lógica a aproximação do capital com as moradias dos compradores, e está significativamente atrelado à expansão imobiliária, dentre outros fatores que serão explorados. Para este trabalho, utilizamos basicamente de pesquisas bibliográficas e rápidas pesquisas de campo, onde podemos observar as evidências do processo de descentralização. Para a realização do trabalho, determinouse alguns pontos fixos da cidade onde o comércio já se estabeleceu de forma significativa, não deixando de apontar outras áreas que tendem a se expandir gradativamente. Percebe-se que este processo tem participação do poder público, e influência consideravelmente à cultura do povo feirense, no que tange à absorção e apropriação do espaço urbano por este.
Resumo O objetivo deste artigo é estudar, com base na Geografia Econômica e Industrial, o processo de reordenamento territorial no oeste da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro. Mesmo com o bom momento econômico brasileiro, atualmente esta região assiste a um processo de reestruturação produtiva que reproduz um modelo industrial socialmente excludente e ambientalmente insustentável. Palavras-chave: Neodesenvolvimentismo; Reestruturação Produtiva; Oeste Metropolitano (Rio de Janeiro-Brasil). Abstract The aim of this paper is to study the process of territorial reorganization in west of the metropolitan region of the state of Rio de Janeiro based on Industrial and Economic Geography. Even with the good economic times in Brazil, currently this region attends a productive restructuring process which reproduces an industrial model of social exclusion and an unsustainable environmentally model.
O Processo De Urbanização e as Mudanças Na Cidade De Feira De Santana
Anais dos Seminários de Iniciação Científica, 2018
O propósito deste trabalho é pensar os fatores/dinâmicas que, aliados às alterações na lógica da urbanização capitalista, no decorrer dos anos, fizeram com que a Feira de Santana se constituísse enquanto uma cidade média, isso se pensarmos nas características e importância que o município adquiriu nas últimas duas décadas no contexto da urbanização baiana. Com tais discussões, torna-se possível avançar na compreensão sobre as transformações que vêm ocorrendo na produção das cidades médias localizados na Bahia e contribuir para a reflexão sobre como o avanço das relações capitalistas no Brasil alterou a vida e a dinâmica urbanas.Sendo assim, percebe-se que, a partir de um dado momento em sua constituição como cidade média, o comércio enraizado e os serviços implantados passaram a ter papel determinante para os rumos que tomaria; e esse processo, além de trazer a industrialização, maior infraestrutura e maiores planejamentos, evidenciou problemas sociais e enalteceu diversas formas de...
Latin American Journal of Development
As cidades do interior abrigavam viajantes e funcionavam como um portal de acesso para outras regiões. Assim foi com Feira de Santana uma cidade mercantilista, situada num dos principais entroncamentos rodoviários do Nordeste, abriga um diversificado setor de comércio que age como pólo gravitacional na confluência da produção e distribuição de bens e serviços. Feira transformou-se num eixo básico da região que expande suas atividades até áreas circunvizinhas aquecendo cada vez mais a economia local, além disso, recebe sempre imigrantes atraídos pelo desenvolvimento econômico e social do município. Este municipio que atua como parte de um sistema urbano primaz sempre exerceu importante papel no inter-relacionamento regional, consolidou-se como referência de centro polarizador das atividades econômicas e políticas do Estado da Bahia, mais especificamente do Portal do Sertão, entretanto, as consequências deste crescimento populacional, urbano e econômico acelerado tem provocado mudanç...
Reestruturação De Espaços De Desindustrialização Em São Paulo: Vila Leopoldina e Santo Amaro
Revista Geografica De America Central, 2011
Os espaços de desindustrialização objetos da pesquisa mostram o movimento de passagem de lugares produzidos no processo de industrialização para lugares de expansão do mercado imobiliário. Estamos diante da produção de novas centralidades em lugares já constituídos da cidade, transformando a paisagem e a vida social desses lugares. Essa incorporação dos espaços de desindustrialização pelas atividades mais dinâmicas da economia produz uma transformação radical dos lugares, produzindo uma valorização do espaço, que induz um aprofundamento da segregação sócio-espacial na cidade, pois destitui os próprios moradores de seus lugares habituais de sociabilidade e mobiliza as classes empobrecidas para lugares distantes do centro, mais desprovidos de infra-estrutura. Por outro lado, a vida proposta pelos novos equipamentos que se instalam nos lugares (condomínios verticais fechados e espaços de consumo voltados para classes com maior poder de consumo) se fecham à cidade, colocando a auto-segregação como uma solução dos problemas urbanos (violência, trânsito, falta de espaços de lazer, falta de espaços verdes, etc.), naturalizando a segregação. Nossa reflexão sobre a reestruturação de espaços de desindustrialização nos coloca diante da necessidade de pensar a orientação do processo de produção do espaço hoje, implicando uma preocupação sobre a vida urbana concreta dos habitantes da cidade. Palavras chave: espaços de desindustrialização, novas centralidades, valorização do espaço, vida cotidiana, segregação
Ateliê Geográfico, 2016
ResumoO objetivo desta pesquisa é compreender e analisar os processos de complexificação de centralidades de comércio e serviços, por meio dos campos da produção e do consumo - inclusive cultural - em um bairro popular de Feira de Santana. Para tanto, foram articulados os métodos dialético e fenomenológico. Como procedimentos metodológicos realizou-se uma revisão bibliográfica, uma pesquisa documental e pesquisas diretas em campo: aplicação de questionários junto aos usuários de comércios e serviços e aos empreendedores no bairro do Tomba (quantitativa); realização de entrevistas com os empreendedores (qualitativa). Os resultados estão estruturados em quatro etapas: uma discussão sobre o conceito de classe média no Brasil, o processo histórico de formação do Tomba e sua consolidação como centralidade na cidade, uma discussão sobre consumidores e outra sobre empreendedores no bairro. As principais conclusões apontam que o comércio e os serviços neste bairro exercem uma grande atrativ...
O Rural e O Urbano De São Felipe-Ba: A Feira e O Plano Diretor
2016
O presente trabalho apresenta uma breve analise do Plano Diretor Participativo do Municipio de Sao Felipe, instrumento basico da politica de desenvolvimento e expansao urbana em uma perspectiva critica a partir do que expressam feirantes da feira livre como agentes do desenvolvimento do municipio que, na condicao de populacoes rurais, ao mesmo tempo transformam e resistem a urbanizacao. Atribui-se importância ao Plano Diretor por ser este o instrumento basico da politica de desenvolvimento que visa assegurar a funcao social da propriedade e o bem estar de seus habitantes. O percurso metodologico utilizado foi pesquisa de campo, bibliografica e documental, tratamento de dados por analise de conteudo. Os resultados preliminares da pesquisa indicam que a feira livre nao e contemplada em sua identidade rural, como lugar de trabalho e vida, no Plano Diretor.