Hanseníase no Brasil: ainda mais negligenciada em tempos de pandemia do COVID–19? (original) (raw)
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Hanseníase no brasil: breve revisão
STUDIES IN HEALTH SCIENCES, 2021
A hanseníase é uma infecção causada pelo Mycobacterium leprae, sendo que o Brasil encontra-se no segundo lugar globalmente entre os países com os maiores números de casos. Seu tratamento poliquimioterápico tem duração de seis (paucibacilar) ou 12 meses (multibacilar). Utiliza as medicações rifampicina, dapsona e clofazimina, combinadas com posologias de acordo com o tipo da doença e peso dos pacientes. Leprosy is an infection caused by Mycobacterium leprae, and Brazil is in second place globally among the countries with the highest number of cases. Its multidrug therapy treatment lasts six (paucibacillary) or 12 months (multibacillary). It uses the medications rifampicin, dapsone and clofazimine, combined with dosages according to the type of disease and weight of the patients.
Hanseníase Na Região Norte Do Brasil: Avaliando a Prevalência e a Incidência De Suas Complicações
Prevenção e Promoção de Saúde 3, 2019
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Hanseníase: uma doença reemergente na saúde pública brasileira
Multidisciplinary Reviews
Leprosy: a reemerging disease in the Brazilian public health ABSTRACT Leprosy, since biblical times, brings stigmas that trigger negative social repercussions, delaying diagnosis and adherence to treatment. It is a chronic granulomatous infectious contagious disease caused by Mycobacterium leprae, transmitted by inhalation through prolonged contact of individuals with the genetic predisposition of the sick person. Associated with this, populations in additional vulnerability, poverty, low-income underemployment, inadequate rooming, and many residents favor overlapping cases, creating endemic pockets in the Brazilian territory. The lack of clinical-immunological knowledge of pathology feeds the stigmas regarding image, social guilt and family descent, forcing the individual to isolate themselves from social life, generating a vicious cycle of inequality and social vulnerability.
Hanseníase no Estado do Espírito Santo, Brasil: uma endemia em ascensão?
Cadernos de Saúde Pública, 2008
Using temporal series statistical models, an upward trend was identified throughout the period in the overall detection rate (p < 0.05), with an apparent stabilization at the end of the period. We also observed an upward trend for the following periods: (i) 1980-1987 in the < 15 and ≥ 50-year age groups and for paucibacillary forms; (ii) 1988-1995 for the 15-19, 20-29, and ≥ 50-year groups and for multibacillary forms; and (iii) 1996-2003 in the 20-29-year group and paucibacillary forms. The indicators for evaluation of the endemic indicate: stable levels in grade 2 disability (mean of 6%); a proportion of less than 10% of cases in individuals < 15 years of age; and a treatment dropout rate of approximately 6%. Prevalence showed a sharp decline. The upward trend can be explained partially by greater surveillance sensitivity, but the high proportion of individuals < 15 highlights the need for studies aimed at better knowledge of residual sources of infection, especially in the household. Leprosy; Endemic Diseases; Time Series Studies Introdução A hanseníase ainda constitui grave problema de saúde pública, nas regiões em desenvolvimento 1 . Estudos recentes indicam que cerca de 90% dos casos vivem em seis países: Índia, Brasil, Nepal, Myanmar, Moçambique e Madagascar 2,3,4 . Dados de 2003 mostram que a prevalência de hanseníase no Brasil situava-se em 4,5 casos/10 mil habitantes 5 , colocando nosso país e a Índia como os mais atingidos por esta endemia, em todo mundo 3 . No âmbito das Américas, é o único país a não atingir a meta de prevalência inferior a 1 caso/10 mil habitantes, proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) 6 . Sua distribuição no Brasil é heterogênea , variando de prevalências inferiores à meta proposta pela OMS, como no Estado do Rio Grande do Sul 5 , a regiões hiperendêmicas, particularmente nas regiões Norte e Nordeste 12, . O Estado do Espírito Santo foi o único da Região Sudeste que apresentou elevados níveis de endemicidade em 2003 5 , fato que o coloca entre os prioritários para o programa de controle dessa endemia, no país. Esse estado apresentou nos últimos anos alguns resultados favoráveis acompanhando a tendência do Brasil e mundial 3,6,15,16 . No entanto, à semelhança de outras regiões do Brasil 17 , o Estado do Espírito Santo tem apresentado um aumento da incidência não perfeitamente explicado, fato que justifica um estudo mais detalha-ARTIGO ARTICLE
Epidemiologia Da Hanseníase Em Um Estado Hiperendêmico Do Nordeste Brasileiro (2016 a 2020)
REVISTA FOCO
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa milenar causada pelo Mycobacterium leprae, que tem como predileção afetar a pele e nervos periféricos. A doença possui cura e tratamento disponibilizado de forma gratuita no Brasil através do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, na região nordeste brasileira, o Maranhão continua sendo o segundo estado do Brasil mais acometido pela hanseníase. OBJETIVOS: Estudar o perfil epidemiológico da hanseníase entre os anos de 2016 a 2020 e determinar os indicadores epidemiológicos mais relevantes. MÉTODOS: A coleta de dados foi realizada através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os cálculos dos indicadores de qualidade de serviço e de eliminação foram realizados segundo o Manual Técnico-Operacional do Ministério da Saúde. RESULTADOS: Foram relatados 14920 novos casos, 1422 em menores de 15 anos e os grupos mais afetados pela doença foram: Homens (56,97 %), 30-59 anos (48,81 %), pardos (67,73 %) e escolaridade ...
2021
RESUMO Introdução : A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, uma micobactéria com afinidade pelas células cutâneas e nervos periféricos. É uma condição importante de saúde pública, prevalente em países subdesenvolvidos e que, no Brasil, tem atingido maior incidência nos últimos anos. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura na qual foram coletados dados referentes ao período de 2014 a 2019 disponibilizados no Sistema Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e nas bases de dados Pubmed, Scielo e Medline, incluindo artigos nacionais produzidos no período de 2010 a 2020. Resultados e discussão: A Hanseníase pode cursar com diversas disfunções fisiológicas. É considerada uma doença endêmica, de grande prevalência na Ásia, África e América Latina e cerca de 200 mil novos casos da doença são notificados por ano em todo o mundo. No Brasil, ocorre desde 2017 ascensão das curvas de incidência, mantendo o país na liderança de casos no continente americano. Conclusão: Com a alta incidência de casos de hanseníase e suas consequências, como a incapacidade física que pode ser irreversível, é de extrema importância a compreensão da doença, assim como de seus padrões epidemiológicos.
Hanseníase e determinantes sociais em saúde no Sul do Brasil: Análise geograficamente ponderada
Research, Society and Development, 2021
Objetivo: verificar a relação entre hanseníase e espaço geográfico, levando em consideração determinantes sociais em saúde e utilizando ferramenta que permita a análise dessas relações localmente. Metodologia: Estudo ecológico, realizado em município endêmico do Sul do Brasil. Foi conduzida a geocodificação dos casos e selecionadas variáveis socioeconômicas de interesse. Após análise descritiva, seguiu-se com a correlação espacial por meio do Índice de Moran Bivariado, seguido de Regressão Linear. Para as variáveis presentes no modelo selecionado, aplicou-se a Geographically Weighted Regression por meio do software ArcGis versão 10.5.1. Na sequência, os resultados foram especializados por meio de mapas temáticos. Resultados: Em relação às características socioeconômicas e clinico-operacionais, houve maior quantidade de casos do sexo masculino (55,3%), faixa etária de 16 a 60 anos (69,3%), raça branca (67,8%), casos multibacilares (80,9%), forma clínica dimorfa (45,2%) e grau de in...