A Equalização de Taxas de Juros como Instrumento de Promoção das Exportações Brasileiras de Bens de Capital (original) (raw)

A EQUALIZAÇÃO DE TAXAS DE JUROS COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE BENS DE CAPITAL NO PERÍODO 1994-2005

O objetivo do presente trabalho é refletir sobre o papel da sistemática de equalização de taxas de juros na promoção das exportações brasileiras do segmento de bens de capital no período compreendido entre 1994 e 2005. Dado que as condições de financiamento são parte da oferta de bens de capital, procurou-se investigar a situação do acesso financeiro aos recursos de equalização de taxas de juros pelas empresas deste segmento. Como hipótese, adotou-se que há alocação de recursos compatível com as necessidades de oferta no mercado externo. Para tanto, procurou-se comparar os recursos orçamentários dedicados ao programa de equalização aos gastos efetivamente realizados por categoria de empresas (segmento de negócio, localização, porte etc). Então, procurou- se identificar, através de entrevistas, possíveis distorções na alocação de recursos. Conforme se pode concluir, as pequenas e médias empresas manifestam dificuldade no acesso financeiro aos recursos de equalização, que durante o período foram canalizados majoritariamente para empresas de grande porte.Cumpre-se, portanto, repensar o futuro do programa de equalização como instrumento de promoção de políticas integradas comercial, tecnológica e industrial.

Relato Técnico Sobre a Utilização Dos Juros Sobre O Capital Próprio Para a Redução De Ônus Tributário

2019

A instituicao do Planejamento Tributario e fundamental para a tomada de decisao, sendo uma ferramenta que auxilia e da suporte aos gestores na analise e adequacao dos beneficios tributarios disponiveis, com o objetivo de reduzir a carga tributaria imposta a elas. Nesse contexto, com a vigencia da Lei 9.249/1995, instituiu-se a utilizacao dos Juros sobre Capital Proprio como deducao para a base de calculo dos impostos que incidem sobre o lucro. Dessa forma, o presente relato tecnico baseia-se na aplicacao dos Juros Sobre Capital Proprio como forma de remuneracao aos socios, e ainda utilizacao do beneficio fiscal disponivel como reducao/eliminacao do onus tributario. O trabalho foi desenvolvido em uma empresa do ramo do comercio e transporte de derivados do petroleo, localizada na cidade de Guarapuava – PR, atraves da analise dos dados, aplicacao do calculo e interpretacao dos resultados. A partir da realizacao do trabalho podera ser evidenciado, se o metodo de Juros Sobre Capital Pro...

Exportação De Bens Primários Eapreciação Do Câmbio Real: Há Uma Ligação?

Resumo: A taxa real de câmbio (TCR) pode ser considerada o preço relativo mais importante da macroeconomia, dadas as ramificações de influência que ela tem sobre inúmeros outros preços agregados, e pode se encontrar sobrevalorizada, dentre outros fatores, como sintoma de um processo de doença holandesa. Assim, buscando comprovar esta última afirmação, investigamos neste trabalho se há uma relação entre concentração de exportações de commodities e apreciação da taxa de câmbio real. Para isso, construímos a partir de um painel cointegrado para 102 países, um índice de desalinhamento da TCR, com o intuito de relacioná-lo ao tipo de pauta de exportação dos países. Primeiramente foram feitos testes para definir os determinantes da taxa real de longo prazo e, posteriormente, para identificar aqueles que concorrem para a sua sobreapreciação. Os resultados demonstram que uma pauta de exportações concentrada em produtos primários contribui para apreciar a taxa real de câmbio, enquanto uma pauta com maior participação de manufaturados não exerce o mesmo efeito, o que é condizente com os efeitos esperados nos modelos teóricos de doença holandesa.

EFEITO DA VOLATILIDADE DA TAXA DE CÂMBIO NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

2017

Uma economia com alta volatilidade no câmbio gera incertezas em seu fluxo de comércio internacional, o que acaba por impactar suas exportações. Tais incertezas ensejam pesquisas que procuram identificar os efeitos da volatilidade da taxa de câmbio sobre as exportações dos países. O presente trabalho visa investigar o impacto da volatilidade do câmbio de dólar estadunidense nas exportações do Brasil com foco em certos setores relevantes da economia brasileira. Assim, tomam-se como variáveis independentes quatro métricas distintas de volatilidade cambial e, como variáveis dependentes, os volumes exportados de alguns produtos e setores. As estimativas foram realizadas pelo Método Generalizado dos Momentos, por este apresentar melhores propriedades para amostras finitas e tratar problemas de endogenia. Os resultados demonstram que alguns produtos e setores são afetados pela volatilidade da taxa de câmbio do dólar estadunidense de forma negativa, enquanto outros produtos ou setores parecem não sofrer efeito algum.

A Influência Da Financeirização Sobre a Taxa De Juros Real Brasileira

Revista de Economia Contemporânea, 2020

RESUMO Esse artigo analisa a taxa de juros real do Brasil. Em primeiro lugar, definimos financeirização como a maior influência do sistema financeiro sobre a política doméstica. Utilizamos a proxy proporção do estoque da dívida pública federal detida por agentes do mercado financeiro para representar a financeirização. Posteriormente, e investigando o período compreendido entre os anos 2007 e 2017, adotamos a metodologia VEC, realizando análises por meio da cointegração e de funções impulso resposta. Os resultados sugerem que a financeirização exerce um efeito positivo sobre o patamar da taxa de juros real.

Algumas Considerações Sobre o Mercado de Taxa de Juros Brasileiro

Revista de Economia Mackenzie, 2009

Resumo A questão da existência e magnitude de prêmios de risco na estrutura a termo das taxas de juros brasileiras não é muito clara, reforçada pelo fato de esse mercado ainda ser incipiente. Há alguns anos, o Banco Central decidiu criar um sistema para medir as ...

Sobre O Desenvolvimento Da Categoria Capital Portador De Juros

Revista Ideação, 2019

O objetivo desse artigo é desenvolver a exposição dialética de Marx sobre o capital portador de juros e descobrir as potencialidades dessa categoria para compreender as relações fetichizadas do modo de produção capitalista. Para isso, pretende-se acompanhar a léxis de Marx sobre o desenvolvimento do capital e do juro que está presente nos capítulos XXI, XXII e XXIII da seção V do Livro III de O Capital. A seção V, como o próprio Engels afirma, foi a parte mais difícil de organizar e editar, pois muitos textos estavam inacabados e os capítulos não possuíam uma ordem expositiva clara. Dessa forma, o artigo busca organizar uma propostade apresentação de leitura desses capítulos de O Capital.