Comunidades de Prática: Contribuições para Garantir o Direito à Cidadania (original) (raw)

Comunidades de Prática e TIC: Que Realidades?

RESUMO: Este artigo descreve um estudo que investigou de que forma, a partir de uma equipa do projecto Ensino Recorrente por Módulos em Ambiente Virtual para os alunos do ensino secundário recorrente nocturno em regime de e-learning, numa escola secundária, é possível criar e dinamizar, entre os professores, uma Comunidade de Prática, ancorada na teoria de Etienne Wenger. Optámos pela abordagem qualitativa e estudo de caso. Quanto à recolha de dados, aplicámos um questionário a todos os professores, nove entrevistas semi-directivas e constituíram objecto de análise cinco diários. Apenas um grupo de professores (o grupo nuclear) evidenciou dinâmicas próprias de uma CoP no estádio um de desenvolvimentopotencial. Os restantes, devido à sua inclusão não voluntária e à não familiaridade com as novas tecnologias, incluindo a plataforma Moodle não se reviram membros plenos da comunidade. As mudanças nas práticas pedagógicas para um trabalho colaborativo apenas foram evidenciadas pelo grupo nuclear, teimando os restantes num isolamento docente. Também, quando conscientes da inevitabilidade de uma dinâmica colaborativa, os professores encontraram resistência dos colegas do regime presencial. Porém, todo o grupo reconheceu a necessidade de uma colegialidade para a eficácia deste e de todos os projectos como no contexto de uma escola que se pretende actual.

Comunidades De Prática: A Prática Educacional Na Prática

Revista Mundi Sociais e Humanidades, 2020

Para a abordagem Histórico-Cultural de Vygotsky, a essência humana, construída no social, é resultante de práticas sociais. Isso significa dizer que não há atividade em isolamento, ela só se realiza no coletivo e por meio da comunicação. Tais pressupostos apoiam as práticas educativas da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Brasil, pela unidade entre teoria e prática a fim de tornar o trabalho uma atividade criadora e fundamental ao ser humano, superando a dualidade entre cultura geral e técnica. O Documento Base de 2007, que declara as diretrizes dos Institutos Federais, alerta para a necessidade de formação docente em EPT, pois, via de regra, a formação dos professores no Brasil tem origem propedêutica. A fim de contribuir para a mudança dessa realidade, o Instituto Federal do Paraná oferta o Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), buscando atender ao pressuposto de que o processo ensino-aprendizagem deve ser organizado a partir dos conhecimentos formais (currículo) e dos informais, oriundos da prática social que considera o trabalho como princípio. Mas, afinal, o que são práticas educativas na EPT? O presente estudo tem por objetivo refletir sobre os conceitos dessa Prática Educativa sob a perspectiva da Teoria da Aprendizagem Social de Ettiene Wenger, que cunhou o conceito de Comunidades de Prática, na busca por explicar o caráter social da aprendizagem humana. A metodologia utilizada foi um estudo bibliográfico aliado à experiência da prática adotada na disciplina de Práticas Educativas. Os resultados mostram uma prática educativa que pode ser definida como facilitadora da participação do sujeito ativo nas comunidades sociais, permitindo sua interação por meio de atividades que possuam em si, um significado social, possibilitando a construção de identidades, o sentimento de pertencimento, moldando o fazer e o ser, interpretando e compreendendo aquilo que faz.

Contribuições das Comunidades de Prática para o Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas

Research, Society and Development

We are experiencing a period of intense transformation and innovation, and managing knowledge has become a must for organizations that want to survive the competition. However, the challenge is that many organizations do not have a structured training policy or do not yet have professionals prepared to encourage employees as they should. In these terms, new formats for knowledge sharing have been proposed, such as communities of practice, which are spontaneous groups created for the exchange of knowledge and information. The present work aims to present conceptual characteristics of communities of practice and analyze the benefits between communities of practice and training and development of people. Therefore, through a bibliographical review, it was verified that communities of practice can be inserted within the organizations, which, however, will have to adopt methods and teaching techniques compatible with the objectives, contents and objects of the training . As a consequence...

Comunidades De Prática Como Meio De Desenvolvimento Profissional De Grupos Em Situação De Vulnerabilidade Social

REAd: Revista Eletrônica de Administração, 2017

A criação de vínculos sociais em meio digital pode colaborar para a aprendizagem, apoio mútuo e valores compartilhados em determinados grupos sociais. Este artigo apresenta os resultados de um estudo que buscou compreender como uma comunidade de prática criada na mídia social Facebook® pode ser utilizada para o desenvolvimento profissional de indivíduos que pertencem a grupos em situação de vulnerabilidade social. O método de pesquisa empregado foi a Design Science Research, por meio da qual se criou e testou um artefato-uma metodologia para a criação de uma comunidade de prática em mídia social (no Facebook®). A comunidade foi criada por um grupo de jovens com perfil sócio vulnerável que realizavam um curso técnico profissionalizante em uma unidade do SENAI. Os resultados do estudo apontam que o Facebook® possui as ferramentas necessárias para dar apoio à interação e aprendizagem em uma comunidade de prática, porém, outros fatores, como a ausência de lideranças, a necessidade do contato face a face e o uso de outras mídias (como aplicativos móveis) para interação, limitações na habilidade de escrita dos participantes e o narcisismo, comportamento característico no Facebook®, entre outros, afetaram o nível de desenvolvimento da comunidade de prática criada nessa mídia.

Comunidades de Prática e Saúde: Uma introdução ao tema

O diálogo entre a educação permanente, colaboração interprofissional e comunidades de práticas na saúde se impõe como uma necessidade atual e inadiável. Como explicar esse imperativo? Seria porque as equipes de Saúde da Família realizam ações que não produzem bens, mas serviços que são processados, em grande parte, por um trabalho imaterial? Seria porque as ações e interações que constituem as relações entre organizações, equipes, profissionais e pacientes adquiririam uma autonomia deliberada, intencional e dirigida por processos colaborativos? Seria porque, finalmente, tomamos consciência de que o SUS sofre de uma subutilização das competências profissionais e da lentidão na implantação de uma rede de colaboração inserida efetivamente nas práticas cotidianas? Comunidades de Prática (CoP) como categoria analítica e transformadora provoca a atenção de muita gente, sobretudo no campo de práticas na saúde. Na medida em que as pessoas participam, se envolvem e se mobilizam realizando ou elaborando projetos, trocando impressões, opiniões e intenções, inevitavelmente elas tendem a aprender a se adaptar uns aos outros e ao contexto circundante. Juntas, as pessoas são levadas a aprender a colaborar coletivamente, a produzir práticas que evoluem e a estabelecer relações sociais que perduram. São exatamente essas práticas que se tornam o coração da comunidade e contribuem para transformá-las em um empreendimento coletivo. O termo Comunidade de Prática é o mais apropriado para designar esse fenômeno. A Escola de Saúde Pública do Ceará em parceria com o Laboratório de Pesquisas em Ensino e Gestão do Conhecimento, da Educação e do Trabalho na Saúde, da UFC, com o financiamento da CAPES e Ministério da Saúde por meio do Projeto Pró-Ensino na Saúde, decidiram contribuir para o estudo dessa noção oferecendo o presente livro como introdução, pretexto e instrumento reflexivo, tendo em vista aprofundar o diálogo sobre os desafios na consolidação do SUS.

Que Trajetórias Nas Práticas Criativas Para Uma Cultura De Cidadania?

Educação: Saberes em Movimento, Saberes que Movimentam II

O conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons Atribuição-Não-Comercial NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). Direitos para esta edição cedidos à Editora Artemis pelos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento, desde que sejam atribuídos créditos aos autores, e sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. A responsabilidade pelo conteúdo dos artigos e seus dados, em sua forma, correção e confiabilidade é exclusiva dos autores. A Editora Artemis, em seu compromisso de manter e aperfeiçoar a qualidade e confiabilidade dos trabalhos que publica, conduz a avaliação cega pelos pares de todos manuscritos publicados, com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica.

Gestão De Comunidades De Prática: Fatores Críticos De Sucesso as Suas Manutenções

Revista Administração em Diálogo - RAD, 2015

As Comunidades de Prática – CoPs assumem um papel importante na criação e no compartilhamento do conhecimento organizacional, e suas formações dependem de uma gama de fatores que agem como propulsores ou inibidores ao seu bom desenvolvimento. Com essa compreensão, o objetivo deste estudo é identificar os fatores críticos de sucesso – FCS à manutenção das Comunidades. Para alcançar tal objetivo, realizou-se uma pesquisa exploratória de cunho bibliográfica, por meio da busca sistemática da literatura em base científica de dados. Como resultado para a investigação, chegou-se a um quadro-síntese em que 28 fatores são apresentados como críticos ao sucesso das CoPs.

Comunidades Virtuais De Prática Como Facilitadoras De Inovação No Serviço Público: Um Estudo De Caso Na Polícia Federal

Anais do XI Congresso Internacional de Conhecimento e Inovação (ciKi), 2022

Knowledge management in organizations results from the need to observe ethics and transparency determined by new public management models to achieve strategic goals and increase effectiveness and relevance, guided by collaborative work in the transfer of knowledge, a catalyst for innovation. The purpose of the research is to identify if there are signs of being a Virtual Community of Practice (VCoP) "Team SELOGS" of the Brazilian Federal Police that facilitates innovation in the public sector. The research is exploratory and descriptive, using the case study strategy, in addition to bibliographical and documentary research and interviews with the managers responsible for the VCoP. As a result, the data shows that the "SELOGs Team" has all the characteristics of the VCoP elements, making it possible to identify signs of managerial innovation.

Reflexões sobre a participação de um aprendiz em uma Comunidade de Prática

Neste artigo, após discutir brevemente o conceito de comunidades e refletir, especificamente, sobre alguns dos elementos comuns a diferentes tipos de comunidade, analisarei a iniciação de um participante novato em uma Comunidade de Prática, sob a perspectiva de sua participação periférica legítima (LAVE; WENGER, 1991). Este estudo de caso (NUNAN, 1992), conduzido a partir da análise das interações ocorridas em um curso a distância de formação continuada para coordenadores, permitiu observar a ocorrência de estratégias discursivas que indicam a importância de se assumir, declaradamente, uma postura de aprendiz como forma de obter uma melhor acolhida do restante do grupo e, com isso, construir um contexto apropriado para que a colaboração e a aprendizagem possam ocorrer.