Intertextualidade, Sentido e Subjetividade (original) (raw)

A intertextualidade

A INTERTEXTUALIDADE LITERÁRIA O conceito de intertextualidade tem sido abordado tradicionalmente, sobretudo nos estudos concernentes à composição de textos literários. Tal abordagem se dá, na medida em que, nos diferentes estilos de época da Literatura verifica-se o diálogo entre textos como uma forma de se refratar o discurso original na composição de um novo enunciado lingüístico.

Intertextualidade e Psicanálise

Calidoscópio, 2012

RESUMO -Neste trabalho, discutimos o conceito de intertextualidade proposto por especifi camente por meio da caracterização dos eixos parafrástico e parodístico da linguagem, refl etindo sobre as relações que o autor tece com alguns pressupostos da teoria psicanalítica. Desenvolvemos a ideia de Sant'Anna de que o eixo parodístico é uma re-apresentação do que tinha sido recalcado pelo sujeito, ou seja, uma maneira inteiramente nova e diferente de ler o convencional, de tomar consciência e de liberar o discurso. Conforme o autor, nas paródias encontramos mais do que uma função de humor e crítica, pois elas expressam um desejo que foi recalcado pelo sujeito e que, através dos processos parodísticos, pôde se manifestar.

Intertextualidade Como Recontextualização

Linguagem: Estudos e Pesquisas, 2013

Resumo: A intertextualidade é uma questão de recontextualização, um movimento de um contexto para outro, formando outro contexto. Tomando como referência os pressupostos teóricos da Análise Crítica do Discurso, pretendemos examinar o processo de recontextualização do conteúdo de um artigo acadêmico para uma entrevista e uma notícia destinadas a um público não especializado, por meio da análise de princípios específicos de recontextualização.

Subjetividade e Autoria

Revista Letras, 2003

O objetivo deste trabalho é analisar as marcas do sujeito, Diogo Mainardi, em três publicações assinadas na Revista Veja (edições 1683, 1699 e 1700). Serão as marcas lingüísticas, reveladoras da subjetividade do jornalista, que analisaremos à luz de uma perspectiva discursiva, tal como propõe Possenti (2001). Um acontecimento pessoal – o filho com necessidades especiais – provoca a quebra do estilo de Mainardi, habitualmente irônico, e de suas “regras básicas” de construção discursiva. A partir dessa análise, faremos algumas considerações sobre a representação que o autor faz de seu leitor, de si mesmo, do filho e de crianças de condição similar, bem como sobre a representação dos pais sobre essas patologias infantis. The aim of this paper is analysing traces of the individual, Diogo Mainardi, within three columns of his authorship in Revista Veja (editions 1683,1699 e 1700). We will analyse linguistic traces, revealers of the journalist’s subjectivity, based on a discourse treatmen...

A intertextualidade no gênero resenha

Linguagem em (Dis)curso, 2012

O presente trabalho tem como objetivo investigar, sob a perspectiva teórica da Linguística Textual, como se manifesta o fenômeno da intertextualidade no gênero resenha. Para tanto, delimitaram-se como dados de pesquisa textos empíricos recentes de resenhas publicadas nas esferas acadêmica e jornalística, nos quais buscou-se identificar as marcas das diversas categorias de intertextualidade. Partindo do pressuposto de que a resenha é um texto dialógico que se propõe a apresentar e avaliar outro texto, os resultados obtidos com a análise nos levam a confirmar nossa hipótese de que a intertextualidade no gênero é tecida, sobretudo, por meio da explicitude desse diálogo com textos e autores.

A intertextualidade e suas origens

As próprias ideias nem sempre conservam o nome do pai, muitas vezes aparecem órfãs, nascidas do nada e de ninguém, cada um pega delas, verte-as como pode e vai levá-las a feira onde todos a tem por suas. Machado de Assis.

Contexto, leitura e subjetividade

Transinformação, 2001

Os estudos da efetivação do ato da literatura tecem suas raízes principalmente em três dimensões: o contexto, a motivação e o sentido. Os conceitos, advindos em primeira instância da história, da psicologia e da semiologia, respectivamente, demonstram o imbricado de assuntos e áreas do conhecimento que necessitam ser analisados para obter-se a compreensão da verdadeira efetivação da leitura. Apesar da fusão desses três conceitos atuarem quase indistintamente na prática da leitura, o artigo detém-se, de forma didática, na dimensão contexto. É considerado como o elemento catalisador da leitura, pois se o contexto descrito pelo autor não for ao encontro com o do leitor, não bater com a sua vivência, a ação leitura não se efetivará. São apresentados argumentos de pensadores da área de leitura, destacando conceitos, teses e postulados por eles elaborados.

Subjetividade e (re)produção escrita

Revista Horizontes de Linguistica Aplicada, 2011

Este trabalho , fundamentado no dialogismo bakhtiniano e nos referenciais teóricos da Análise do Discurso de linha francesa tem o objetivo de analisar dissertações de vestibulandos, a fim de evidenciar como a subjetividade emerge ao longo do texto. A subjetividade nas redações será analisada por meio de três categorias: 1. posicionamento – que nos permitirá evidenciar os recursos utilizados pelo sujeito ao se posicionar em relação ao tema (ou questões com este envolvidas) proposto para a dissertação; 2. retextualização – em que evidenciaremos os recursos utilizados pelo sujeito ao se relacionar com os trechos de textos apresentados na prova; e 3. estilo – que investigará o trabalho do sujeito com os aspectos meramente lingüísticos. De forma mais ampla, propomo-nos a repensar o ensino de escrita na escola, a partir de uma visão que considera a multiplicidade dos sentidos como fundamental em qualquer trabalho com a linguagem.

A Intertextualidade Como Um Critério De Coerência/Coesão

Línguas&Letras, 2017

A presente pesquisa tem como objetivo analisar como a intertextualidade constitui-se como um critério de coerência/coesão. Para isso, a base teórica será, sobre a visão de coerência/coesão, Cavalcante (2011) e Garantizado Júnior (2011), que propuseram as relações dos fenômenos intertextuais e a definição da coerência, sobre intertextualidade, Koch, Bentes e Cavalcante (2007), que propuseram uma visão mais ampla do fenômeno em análise. Metodologicamente, esta pesquisa possui caráter documental, pois serão analisados textos já previamente divulgados em documentos oficiais e nas grandes mídias. Os resultados apontam que a intertextualidade stricto sensu, como defendem Koch, Bentes e Cavalcante (2007), é um dos fatores para a geração dos sentidos de um texto, configurando-se como um importante critério da abordagem conceitual da coerência/coesão.