Força e evidência: uma análise teórico experimental da semântica de 'pode', 'deve' e 'tem que (original) (raw)

A prova testemunhal: “a razão antropológica” da sua força processual

2017

As diversas formas de surgimento e manifestação de criminalidade é um fenómeno mutável que, tem vindo a martirizar todo o tecido social, com particular destaque as novas formas de crimes que outrora S. Tomé e Príncipe não conhecia. Estes servem de estímulo, do sentimento de insegurança no país, tornando mais complexo quando as autoridades com competência para os investigar não as consegue porque não têm meios para o tal. No âmbito deste estudo pretende-se saber que com o aparecimento de novos crimes em STP, sobretudo crimes contra as pessoas e patrimoniais e novos modus operandi, a utilização apenas da prova testemunhal seria suficiente para o combate dos mesmos. O estudo realizado revela que, existe necessidade urgente de criação de condições materiais e humanos para a utilização de outros meios de obtenção provas (provas científicas) na investigação criminal de forma a resgatar a confiança do cidadão na justiça bem como para estancar as novas formas de criminalidade que nos último...

Três noções de obrigação: Um estudo semântico

Based on the distinction of W.D. Ross between prima facie duties and sans phrase duties, and on the distinction of D.O. Brink between prima facie obligations and all-things-considered obligations, I propose two alternative notions of obligation to the notion of obligation of Deontic Standard Logic, and I prove relationships between these three notions from a possible world semantics with enlarged models. For the weakiest of these notions of obligation the Principle of Conjunctive Obligation does not hold, which allows proper handling of moral dilemmas.

Uma compreensão Fenomenológico-Hermenêutica das compulsões na atualidade

Fractal : Revista de Psicologia, 2014

A proposta desse estudo é trazer outro modo de pensar as compulsões além daquela que as interpreta como algo da ordem de uma subjetividade encapsulada. Esse outro modo consiste em trilhar um caminho que denominamos de fenomenológico-hermenêutico. Acreditamos, com isso, poder abrir a possibilidade de se romper com os modelos previamente legitimados no campo da psicologia. Para tanto, procederemos a uma análise das compulsões nos pressupostos metodológicos da fenomenologia hermenêutica de Heidegger, partindo da ideia de que a existência humana se constrói na articulação copertinente com o mundo e viabilizando, assim, uma interpretação das compulsões no horizonte histórico da técnica.

Legística: Inventário semântico e teste de estresse do conceito

O artigo, utilizando metodologia de John Guerring, critica o conceito de Legística. Nos últimos tempos o termo tem ganho espaço e sido utilizado numa série de trabalhos no âmbito do Legislativo que, intentando incrementar a qualidade dos trabalhos legislativos, utiliza-se de discussões próprias da técnica e da ciência. O artigo é crítico da maioria das conceitualizações por serem prenhes de inconsistências, incoerências e sobretudo por não definirem de forma adequado o que são valores políticos e científicos e confundi-los.

‘PODE’ E ‘PODIA’: UMA PROPOSTA SEMÂNTICO- PRAGMÁTICA

Revista a ABRALIN - Associação Brasileira de Linguística, 2011

Este artigo investiga a semântica de 'pode' e 'podia' no Português Brasileiro (PB). Com base na proposta de Kratzer ( , 1991Kratzer ( , 2008Kratzer ( , 2010, mostramos que tanto 'pode' quanto 'podia' expressam possibilidade a partir do momento de fala, e que as diferenças entre eles nesses contextos (como a não-factualidade, a subjetividade e o desejo veiculados por 'podia' e não por 'pode') se devem à atuação do imperfeito, ausente em 'pode' e presente em 'podia'. A proposta apresentada aqui é que 'pode' restringe os mundos de avaliação (base modal) aos mundos mais próximos ao mundo atual (do falante). Ao contrário, 'podia' não restringe os mundos da base modal, e o falante considera tanto mundos próximos quanto distantes do mundo real, já que evidências que suportam a factualidade da prejacente não são requisitadas tanto quanto com 'pode'. A partir dessa não-restrição, com 'podia' o falante veicula uma possibilidade subjetiva, mais uma declaração de opinião do que uma descrição de mundo, de onde podem ser derivados pragmaticamente outros signifi cados, como a contrafactualidade e o desejo. Kratzer's ( , 1991Kratzer's ( , 2008Kratzer's ( , 2010 proposals, I will show that both 'pode' and 'podia' may express possibility at the moment of utterance, and the differences between them (such as non-factuality, desire and the subjectivity conveyed by 'pode' bot not by 'podia') are due 'P ' 'P ': U S -P 12 to the contribution of the imperfect, which is the case in 'podia' but not in 'pode'. The proposal presented here is that 'pode' restricts the worlds of evaluation (modal base) to those closer to the actual world. On the other hand, 'podia' does not restrict the modal base worlds, since evidences to support the factuality of the prejacent are not required as much as with 'pode'. From this lack of evidence, the speaker conveys a more subjective possibility, a declaration of opinion rather than a description of the world, from what other meanings can be pragmatically derived, such as the counterfactuality and speaker's desire.

Algumas considerações semântico-pragmáticas sobre "capaz" Lovania R. Teixeira, Letícia L. Gritti, Eliza Koslinski

Cadernos de Estudos Linguísticos - Campinas, 2019

Neste artigo analisamos o item 'capaz' sob um viés semântico-pragmático, sugerindo que ele pode desempenhar três funções diferentes na gramática do Português Brasileiro (PB), tais como: marcador conversacional, negação e modal. Especificamente, aqui, focamos no comportamento modal de 'capaz', utilizando como bases teóricas a Semântica de Mundos Possíveis (KRATZER, 1981, 1991, 2012) e as abordagens para os modais do PB de Pires de Oliveira; Scarduelli (2008) e Pessotto (2011a, 2011b, 2015). Verificamos que o item tem força modal de possibilidade e veicula leituras: epistêmica, doxástica, epistêmico-tácita e físico-intelectual. Desse modo, 'capaz' é um legítimo modal do PB e merece figurar no rol dos modais das línguas naturais. Palavras-chave: semântica de mundos possíveis; capaz; modal. ABSTRACT: This paper analyzes the Brazilian Portuguese (BrP) item 'capaz' from a semantic-pragmatic point of view. We suggest that it can perform three different functions in the BrP grammar: conversational marker, negation and modal. Specifically, here, we exploit the modal behavior of 'capaz', using as theoretical bases the Possible World Semantics (KRATZER, 1981, 1991, 2012) and approaches of Pires de Oliveira & Scarduelli (2008) and Pessotto (2011a, 2011b, 2015) to BrP modals. After discussion, we affirm that the item 'capaz' has modal force of possibility and it expresses the following readings: epistemic, doxastic, epistemic-tacit and physical-intellectual. In this way, 'capaz' is a legitimate BrP modal item that should be included in the set of modals of natural languages.

A didática como diferenciador das diferenças pelas potências dos possíveis

Pro-Posições, 2015

Ao imantar o positivo, a diferença, os fluxos, os agenciamentos – expressões essas que denotam o que é vivo, a dobra e a redobra, a duração e os signos geradores de potencialidades –, o artigo interroga: como instalar na e pela multiplicidade das coisas vivas para aprender “a repetição como passagem de um estado das diferenças gerais à diferença singular, das diferenças exteriores à diferença interna – em suma, a repetição como o diferenciador da diferença” (Deleuze, 1988, p. 136)? Ao buscar delinear, pelas potências dos possíveis, a didática como diferenciador da diferença, conclui-se que essa didática exerce um duplo papel: 1) mostra o conteúdo da força; e 2) permite as passagens entre virtual e atual, revelando, distintamente, a ontologia da pura diferença.