A materialidade do poder em Marx (original) (raw)

Fetichismo da mercadoria em Marx

Fetishism in the marxist theory: a comment R ESUMO -Este artigo consiste num comentário didático, com base na visão de Isaak I. Rubin, sobre o papel do fetichismo no pensamento de Karl Marx. O fetichismo é identificado como elemento central para a distinção, localizada no campo do método, entre a economia política inglesa e o marxismo.

O caráter metafísico da mercadoria em Marx

Resumo A mercadoria é um conceito fundamental na teoria de Marx, mas ela não é algo objetivo, não subsiste por si mesma, ninguém pode tocá-la com o dedo. Isso ocorre porque ela é concebida por Marx dentro dos moldes da metafísica tradicional. Assim, o objetivo deste texto é apresentar uma contribuição preliminar para uma leitura filosófica de O Capital a partir da análise desse conceito, como aparece no início do livro primeiro. Palavras-chave: Valor de uso; Valor de troca; Substância; Economia política. Abstract The merchandise is a fundamental concept in Marx's theory, but it is not something objective, does not subsist by itself, nobody can touch it with the finger. This occurs because it is conceived by Marx inside of the moulds of traditional metaphysics. Thus, the aim of this text is to present a preliminary contribution for a philosophical reading of The Capital from the analysis of this concept, as it appears at the beginning of the book first.

Valor e Fetichismo em Marx. As sutilezas da Mercadoria.

Valor e fetichismo em Marx, as sutilezas da Mercadoria. ALUNO: KAYQUE EDUARDO DE SOUZA ORIENTADOR: EMMANUEL APPEL CURITIBA 2020 AGRADECIMENTOS Agradeço à minha família, principalmente minha mãe, meu pai, meu irmão e minha tia. Sem vocês eu não conseguiria terminar o curso de Filosofia. Agradeço ao meu professor do Ensino médio, Jansen, agradeço ao pessoal do grupo no facebook Dialética, Hegel e Marx e também a própria Universidade e as incontáveis horas que dediquei a esse projeto. Agradeço ao Professor Appel que me ajudou muito e suas aulas inspiradoras. Obrigado a todos que me ajudaram. '' Sou o espírito da negação! Faço as coisas que todo mundo almeja, mas nega diante dos outros.'' Fausto, Goethe. Resumo Uma investigação a respeito do problema do Valor e da Forma Mercadoria em Marx, especialmente o capítulo 1 de ''O Capital'' onde a problemática é desenvolvida pelo autor. Trata-se de mostrar como o Capitalismo se naturaliza e tem seu movimento a despeito da vontade dos homens. As noções que tornam tal conclusão espantosa e desesperançosa para as pretensões humanistas são entendidas a partir do Valor e da Mercadoria consequentemente. Abstract An investigation into the problem of Value and Merchandise Form in Marx, especially chapter 1 of '' Capital '' where the problem is developed by the author. It is about

Teoria Da Violência Em Marx

Revista Dialectus - Revista de Filosofia, 2020

O presente artigo tem como finalidade apresentar o conceito de violência em Marx a partir do 24º capítulo do livro I de O Capital, cujo cerne temático consiste no que o autor denomina de acumulação primitiva ou processo originário. Marx, ao apontar a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador (mais valia) como base de exploração do sistema capitalista, procura compreender, através da história, a gênese do modo de produção capitalista e afirma que, ao contrário da hipótese defendida pela economia política clássica, a concentração de riqueza nunca foi resultado da negligência de muitos e da disposição de poucos, mas de um violento processo de expropriação camponesa, servidão da força de trabalho indígena, exploração da mão de obra africana e espoliação da América. Marx nega a base histórica do sistema capitalista proposta pelos teóricos liberais ao apontar um conjunto de fatores que contribuíram decisivamente para o surgimento do capitalismo na Eur...

Materialismo, Ciência e Metafísica Em Marx

Revista Ideação, 2019

Pretendo, neste artigo, tratar da relação entre materialismo, ciência e metafísica na obra de Marx, ainda que de forma bastante rápida. As questões que orientam esta exposição são as seguintes: mesmo se declarando um pensador materialista, Marx não seria ainda tributário da metafísica pelo fato de não abandonar por completo certas reminiscências metafísicas? Isso não gera uma incoerência no interior de sua nova concepção [materialista] de mundo, que éestabelecida justamente para se contrapor às muitas concepções idealistas de sua época, e pretende revelar a “única” e verdadeira “ciência da história” (MARX & ENGELS, 2007, p. 86)? Assim, o empreendimento teórico de Marx estaria apenas assentado sobre bases científicas, e tão afastado quanto possível do terreno da metafísica?

Notas Sobre o Materialismo das Formas Socioeconômicas de Karl Marx

Mediações - Revista de Ciências Sociais

Busco realizar uma síntese e precisão de uma interpretação da crítica da economia política de Karl Marx que privilegia a forma como elemento teórico-crítico fundamental. A partir do tratamento de noções-chave como “relação social de produção”, “categoria econômica”, “imanência” e “reconstrução”, discuto o papel fundante das formas socioeconômicas mercadoria e dinheiro e do conceito de capital, bem como seu estatuto teórico-crítico. Com isso, tento pôr em questão a instrumentalização de O Capital como repositório de categorias descritivas em favor de sua condição crítica.

Reich o primeiro psiquiatra materialista: a potência do capital humano

2014

Wilhelm Reich foi um autor revolucionario para a sua epoca, tendo sido acolhido por alguns e incompreendido por muitos. Esse artigo trata de recuperar o que Reich tem de potente em sua obra, especialmente no que diz respeito a valorizacao da vida. Articulo as ideias de Reich com o pensamento de Gilles Deleuze e Feliz Guattari, que no livro o anti-Edipo fizeram vasta referencia a Reich, onde afirmaram a radicalidade do seu pensamento como o primeiro psiquiatra materialista. O artigo faz uma descricao breve do percurso de Reich em suas pesquisas teoricas. A medida em que vao sendo enumeradas suas ideias vou tecendo conexoes com o pensamento de Deleuze e Guattari, especialmente na sua luta pela livre expressao do desejo e na afirmacao da vida

Se isto é um Homem: A Força de Trabalho como Categoria Fetichista na Obra de Karl Marx

in Livro de Actas – 4º Fórum de Investigação CSG. Lisboa: CEsA/CSG/ISEG, pp. 175-188, 2019

A distinção entre força de trabalho e trabalho é fulcral na obra de Marx. Ela está na base da sua teoria do valor, pois a diferença entre o valor da força de trabalho (salário) e o valor criado pelo trabalho vivo permite explicar a origem de um excedente (mais-valia) respeitando a troca de equivalentes. Partindo dessa teoria, o presente artigo dá os seguintes contributos: i) Demonstra que a exploração do trabalho assalariado é uma operação funcional e impessoal, não sendo, por isso, atribuível à mera subjetividade do capitalista; ii) Denuncia o conceito de “trabalho não-pago” como desprovido de sentido teórico, porquanto aquilo que é transacionado (e pago) é a força de trabalho; iii) Sustenta que o intuito da teoria da exploração de Marx não é reclamar a apropriação da mais-valia pela classe operária, mas denunciar o fetichismo inerente à produção de valor económico e, nesse sentido, à categoria força de trabalho; iv) Apresenta a despossessão dos produtores e a igualdade jurídica (abstrata) como os principais pressupostos históricos da mercadoria força de trabalho e do modo de (re)produção capitalista. Palavras-chave: Marx, força de trabalho, trabalho, valor, fetichismo