Os cinemas nos projetos de urbanização do Distrito Federal (The movie theaters in the urban plans of the Federal District) (original) (raw)

Os lugares dos cinemas no subúrbio carioca da Leopoldina: falências, usos e destinos // The place of the cinemas in the Leopoldina suburb of Rio de Janeiro: collapses, uses and destinies

2015

Este artigo examina a transformacao do acesso a sala de cinema, quando este equipamento coletivo, antes vigoroso em ruas e pracas do espaco urbano da cidade do Rio de Janeiro, perde seu folego no final do seculo XX, cedendo lugar para os cinemas de shopping entre as praticas de lazer dos individuos. Nosso foco de analise e o caso dos extintos “cinemas de estacao”, que existiram em frente a cada estacao de trem dos bairros da Zona da Leopoldina, suburbio ferroviario carioca, e as atuais condicoes da exibicao cinematografica nesta regiao. Com base em dados etnograficos e numa literatura sobre o papel do cinema nas dinâmicas urbanas, pensamos o estatuto da sala de cinema hoje nesta area da cidade.

A urbanidade problematizada nos diálogos entre o cinema e a cidade de Palmas

LAPLAGE EM REVISTA, 2018

A participação que uma pequena cinematografia tem a desempenhar no imaginário dos lugares periféricos é o principal interesse deste texto. Tomo como exemplo o caso da cidade de Palmas, capital do estado do Tocantins, e sua razoável produção de filmes que, no entanto, permanecem pouco conhecidos pelo próprio espectador local. A investigação, ancorada no conceito de geografias de cinema, leva em conta a característica de Palmas ser uma cidade muito nova e projetada, com a história marcada pelo personalismo político e com uma identidade forjada por uma história oficial muito propagada nos meios midiáticos hegemônicos. Questiona-se então se o cinema de pouca repercussão consegue desenvolver um outro discurso histórico menos comprometido com o poder instituído. Para tanto, proponho uma observação de Palmas, eu gosto de tu, primeiro longa-metragem produzido em Palmas a ser exibido comercialmente.

Design de serviços para uma experiência significativa na revitalização de um cinema de rua // Service design for a significant experience by the revitalization of a classic street theater

Projética, 2016

Nesse trabalho pretende-se propor uma experiência envolvente na revitalização de um cinema de rua que existiu na cidade de Novo Hamburgo-Rio Grande do Sul. O cinema em estudo, o Cine Lumière, era o maior do interior do estado entre 1950 e 1980. Por meio do design de serviços, o objetivo foi apontar possibilidades para resgatar o espaço e oferecer à população atual uma alternativa de lazer e cultura distinta em relação ao modelo dos cinemas contemporâneos. // This work aims to propose an engaging experience by the revitalization of a street movie theater that existed in the city of Novo Hamburgo-Rio Grande do Sul. The movie theater under study Cine Lumière was known as the largest theater in the countryside from the 1950s to the 1980s. Through service design, the aim is to offer an alternative of leisure and culture distinct from the model of contemporary cinemas.

A relação da sala de cinema com o espaço urbano em São Paulo: do provinciano ao cosmopolita

Introdução Este trabalho pretende traçar um itinerário (ou evolução) da relação das salas de cinema com o espaço urbano na cidade de São Paulo. Essa proposta nasceu da tentativa de entender a presença de suntuosos edifícios de cinema concentrados na região central e em suas proximidades, que pareciam fornecer pistas sobre um modo de vida diferente do atual, quando o edifício do cinema fazia parte de uma paisagem grandiosa e imponente que parece ter perdido sentido frente às inúmeras mudanças ocorridas na cidade. O trabalho pressupõe que há uma relação entre o edificado (sua arquitetura) e a situação em que está inserido (o urbano e suas modificações). Pretende, dessa forma, remeter à conceitos de cidade, à sua evolução e ao papel desempenhado pelos equipamentos no percurso histórico de construção do espaço urbano. Moura Filha (2000, p.11), ao estudar a relação dos edifícios teatrais com o espaço urbano aponta que, em um determinado momento, a cidade e seus edifícios possuem algumas funções que justificam a sua existência; em outros, seus edifícios e a paisagem que compõe podem servir para representar a sociedade que vive nesse local o seu cotidiano. Seguindo seu ponto de vista, a construção da cidade dá-se à imagem da sociedade que a habita.

O CINEMA E A MODERNIZAÇÃO DAS CIDADES Impactos no contexto urbano de Pelotas

PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, 2022

Resumo O final do século XIX e início do século XX, marcou um período de modernização das cidades e dos meios artísticos. Os estudos científicos e fotográficos avançaram consideravelmente a ponto de marcar o advento de uma nova arte: o cinema. A cidade de Pelotas, mesmo que interiorana geograficamente, se mostrava inserida nas novidades da época. Com isso, o objetivo do artigo é apresentar um material teórico que evidencie a cidade de Pelotas neste contexto de avanços científicos, artísticos e urbanísticos da virada do século. O artigo organizou-se da seguinte maneira: a modernização das cidades e o surgimento do cinema, o cinema como atividade urbana, a cinematografia pelotense e o cinema como atividade urbana em Pelotas. Constata-se que tanto a abertura das salas de cinema, quanto a produção cinematográfica local no início do século XX marcaram esse período de modernidade da cidade-refletindo na relação do cidadão com o espaço urbano. Palavras-chave: cinema, modernidade, urbanização, produção cinematográfica, Pelotas.

O papel dos cinemas na formação da Praça Saens Peña (Rio de Janeiro-RJ)

Partindo-se do principio que as salas de exibição são objetos fixos do espaço urbano capazes de criar e recriar arranjos espaciais busca-se entender o papel das mesmas na formação da Praça Saens Peña, no bairro carioca da Tijuca entre os anos de 1935 – 1964, período no qual observou-se uma grande efervescência no que se refere a instalação de novos cinemas na região. Essas salas de exibição trouxeram movimentação não só de pessoas, mas atraiu também para a praça a abertura de outros estabelecimentos comerciais, fazendo com que o local mais tarde ficasse conhecido como um subcentro comercial do Rio de Janeiro.