Diversidade cultural e política de informação (original) (raw)

COMUNICAÇÃO, CONTEXTOS CULTURAIS E DIVERSIDADE

Anais do XIII Enecult, 2017

O artigo discute como a comunicação e a cultura produzem e colocam em circulação sentidos, bem como de que modo ocorrem suas mediações, como se dá a articulação entre uma e outra e se (e em que medida) isto interfere na perspectiva da Diversidade Cultural. Com base nos autores Martin-Barbero (2002), Barros (2013), Sodré (2002; 2006), Schutz (1979), Hall (2000) e Knoblauch (2001), buscamos refletir sobre as relações entre Cultura, Comunicação e contextos culturais e seus vínculos com a promoção da diversidade cultural.

Usuários da Informação e Diversidade

Helen de Castro Silva Casarin, 2021

Seguindo a temática do livro anterior “Estudos de Usuários da Informação”, publicado em 2014, a presente obra reúne textos de especialistas de diferentes áreas do conhecimento que apresentam as principais características e informações sobre pessoas com perfis variados. Entretanto, diferentemente da obra anterior, que trazia informações sobre grupos de usuários mais recorrentes na literatura, neste livro optou-se por uma abordagem mais inclusiva e plural, incluindo capítulos sobre grupos pouco abordados em obras sobre o tema, tais como bebês, defi cientes, indivíduos com altas habilidades, pessoas do grupo LGBTQIA+, usuários de arquivos e de museus. O intuito é proporcionar informações básicas, porém fundamentais para que os profi ssionais da informação possam compreender as principais características e necessidades destes grupos, dirimindo pré-conceitos e estigmas que possam comprometer o trabalho de bibliotecários, arquivistas e museólogos no atendimento destes indivíduos. A postura inadequada ou equivocada destes profissionais, muitas vezes devido ao desconhecimento acerca das especificidades destes indivíduos pode, involuntariamente, resultar em experiências negativas ao usuário que, por sua vez, ficará com uma imagem distorcida do papel dos profi ssionais e das Unidades de Informação, afastando-o ou dificultando o uso das unidades de informação. Além disto, estes grupos muitas vezes são invisíveis ao trabalho dos profi ssionais que estão à frente de unidades de informação, permanecendo na categoria de usuários potenciais ou mesmo de não usuários, visto que eles próprios muitas vezes não se reconhecem como tal e porque muitas vezes as unidades de informação não estão devidamente preparadas para atendê-los.

Sentidos da informação e da cultura

2017

Entre as notícias alentadoras que extraímos da leitura desse novo livro do professor Emir Suaiden, aqui em parceria com Cecília Leite, Cultura da Informação, está o fortalecimento da ideia de que o conceito de informação não pode se desvincular do sentido da informação. O termo "sentido", no caso presente, inclui o significado, em termos estritamente semânticos, assim como inclui o contexto, a direção desse significado na cultura, e, por fim, inclui ainda a acepção mais ampla da palavra "sentido" no fluxo da história (ou da História, com H maiúsculo, como alguns parecem preferir). Trata-se de uma notícia alentadora porque, não raramente, o universo da chamada Ciência da Informação tende a abrigar correntes para as quais o aspecto semântico não é mais que uma irrelevância-numa postura que é compreensível em termos estritamente científicos, mas que, sem prejuízo disso, abre indagações de natureza ética das quais não deveríamos nos descuidar. Aprofundaremos esse ponto logo mais, ao final deste texto. Antes disso, vale apresentar, em linhas gerais, uma visão de conjunto do livro aqui resenhado. Do que vem tratar a obra Cultura da Informação: os valores na construção do conhecimento? A resposta pode ser direta: por meio desse trabalho, os autores pleiteiam a consideração de uma categoria que nomeiam como "infocultura". Para tanto, partem da premissa de que "a informação só se realiza no trinômio cultura, comunidade e experiência do sujeito" (p. 15). Eles prosseguem, alertando que a informação, quando não tomada nesse trinômio, "não passa de um dado"-e, como sabemos, um dado não é necessariamente uma informação ou, em outras palavras, um dado que não seja dotado de sentido não informa nada a ninguém. Para Emir Suaiden e Cecília Leite, esse fundamento se assenta como postulado irrecorrível: dado sem sentido não pode ser chamado de informação.

A diversidade cultural

Neste artigo, reflete-se, de maneira geral, sobre algumas possibilidades teóricas e práticas de abordagem da diversidade cultural e, em específico, sobre a diversidade étnico-racial relacionada com as situações de aprendizagem no âmbito da educação escolar. O que se ensina, assim como a seleção do que é ensinado, não se dá de forma neutra nem desvinculada de certas concepções sociais e políticas. A aprendizagem cultural transmitida por meio da educação escolar suscita, então, muitas indagações e provocações e, ao mesmo tempo, merece ser concebida como uma fronteira de disputa de quais saberes sociais, históricos, políticos e culturais devem fazer parte do conhecimento dito universal da humanidade. Como princípio educativo, a diversidade cultural leva-nos a rever constantemente os valores políticos, sociais e culturais de compreensão do outro. Lançar mão desse princípio significa, ao mesmo tempo, entender o saber e a cultura como parte da produção sócio-histórica de determinada sociedade e também problematizar os ditos valores sociais e culturais universais.

A infodemia como barreira à diversidade cultural

Civilistica.com - Revista Eletrônica de Direito Civil, 2023

RESUMO: A internet trouxe inúmeras vantagens para a sociedade, porém, com o avanço das redes sociais e das ferramentas de busca trouxeram, ao mesmo tempo, uma grande ampliação na possibilidade de comunicação, mas também trouxe um mapeamento massivo do que as pessoas querem consumir. Assim, as informações que são amplamente acessadas, acabam sendo, apenas, as que as redes sociais e os mecanismos de busca acham mais interessante à sociedade, evitando assim um amplo acesso a informações e a diversidade de conteúdo. ABSTRACT: The internet has brought countless advantages to society, however, with the advancement of social networks and search tools, they have brought, at the same time, a great expansion in the possibility of communication, but also brought a massive mapping of what people want to consume. Thus, information that is widely accessed ends up being just what social networks and search engines find most interesting to society, thus preventing wide access to information and diversity of content.