Congestionamento urbano: custos sociais (original) (raw)

Interação Espacial Nas Despesas Municipais

2016

O trabalho testa a ocorrencia de interacao estrategica entre os gastos municipais motivados por spillover no ano de 2012. Para tanto, foram estimadas as curvas de reacao para dez categorias de despesa utilizando o metodo Generalized Spatial Two-Stage Least Squares (GS2SLS). Os resultados indicaram que as curvas de reacao sao relevantes e positivamente inclinadas para nove entre dez tipos de servicos publicos, indicando relacao de complementaridade entre despesas de municipios proximos. Com relacao a intensidade dos coeficientes de interacao, sugere-se que sua maior magnitude esteja relacionada ao maior poder discricionario do governo local. Assim, existe maior liberdade para se efetuar mudancas nos dispendios com Cultura e Seguranca Publica, em face da elevada magnitude no coeficiente de interacao. Todavia, despesas com Educacao, Saude e Administracao Publica sao pouco reativas a mudancas dos municipios vizinhos, em virtude da existencia de restricoes legais que limitam o poder de m...

Sistemas de Tarifação de Congestionamento: Estudo de Caso de Londres

O presente artigo desenvolve uma avaliação da eficácia da tarifação de congestionamento nas vias de tráfego urbano por autoridades locais, utilizando um estudo de caso da cidade de Londres. Por meio dos conceitos de externalidade e precificação da carga de pico, objetiva discutir os impactos da medida, avaliando seus resultados em termos de mobilidade urbana.

Custo Social da Degradação da Qualidade Hídrica para o Abastecimento Público

Floresta e Ambiente, 2016

RESUMO Este trabalho propõe a determinação do custo social da degradação da qualidade hídrica em bacias hidrográficas de captação urbana do Distrito Federal, Brasil. Procurou-se elaborar um procedimento de valoração econômica que permita dimensionar a magnitude dos impactos da perda da cobertura florestal sobre o bem-estar social. Os impactos da degradação da qualidade hídrica foram estimados em duas classes de consumidores residenciais do sistema público de abastecimento de água. Na categoria popular (baixa renda), o custo social foi estimado em R$ 7,0 milhões por ano, o que representou 8,9% da despesa total de água dos consumidores dessa categoria no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2008. Na categoria normal (de renda média a alta) o custo social foi estimado em R$ 12,9 milhões por ano, o equivalente 6,8% da despesa total de água desses consumidores no período estudado.

DISCURSOS DA SUSTENTABILIDADE URBANA

R E S U M O A noção de sustentabilidade remete antes à lógica das práticas, em que efei-tos práticos considerados desejáveis são levados a acontecer, do que ao campo do conhecimento científico, em que os conceitos são construídos para explicar o real. Aplicada ao espaço urba-no, a noção de sustentabilidade tem acionado diversas representações para a gestão das cida-des, desde a administração de riscos e incertezas ao incremento da " resiliência " – a capacida-de adaptativa-das estruturas urbanas. O que parece organizar analiticamente o discurso da " sustentabilidade urbana " seria sua distribuição em dois campos: de um lado, aquele que pri-vilegia uma representação técnica das cidades pela articulação da noção de sustentabilidade urbana aos " modos de gestão dos fluxos de energia e materiais associados ao crescimento urba-no " ; de outro, aquele que define a insustentabilidade das cidades pela queda da produtivida-de dos investimentos urbanos, ou seja, pela " incapacidade destes últimos acompanharem o rit-mo de crescimento das demandas sociais " , o que coloca em jogo, conseqüentemente, o espaço urbano como território político.*

Consumo, lazer e espaço urbano

INTERIN

A Rua 16 de Março, localizada na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, recebeu especial atenção de empreendedores que investiram na criação de uma associação de comerciantes, visando à promoção de atrações culturais, produzindo novas lógicas e mecanismos de circulação e produção de sentidos associados ao local. Neste trabalho, a partir de visitas ao local e de relatos das gestoras da Associação Rua 16 de Março, procuramos compreender como se articulam práticas de consumo, lazer e dinâmicas de circulação no espaço urbano, nas iniciativas empreendedoras que têm sido implementadas na localidade. Observamos, a partir dos dados analisados, a busca dos gestores por incrementar a imagem da Rua 16 de Março, por meio de iniciativas voltadas à valorização do espaço urbano, em conformidade com as tendências mundiais de gestão de cidades criativas e cidades-espetáculo.

Custos no serviço público

1. Custos e qualidade do gasto público Imagine que o cenário econômico do Brasil atual fosse o do início dos anos 70, quando a economia nacional apresentava altas taxas de cresci-mento econômico, pleno emprego, inflação tolerável, contas públicas saudáveis (superavit fiscal estrutural e baixo nível de dívida pública) e equilíbrio nas contas externas. Nesse período, conhecido como milagre econômico, não havia crise do Estado nem crise da economia. Era com-preensível, naquele contexto, que não houvesse grande incentivo para discutir o tema custos no serviço público. A partir dos anos 80, com a intensificação da crise fiscal do Estado e a maior exposição da economia nacional à competição internacional, o Estado foi forçado a reorientar a política econômica e, em particular, conter suas despesas. Dada a dificul-dade política de aumentar a carga tributária, especialmente a tributação direta, a palavra de ordem passou a ser cortar gastos. A política de corte de gastos atravessou a década de 80 e entrou na década atual alcançando o limite de suas possibilidades. Esta percepção não se restringiu aos econo-mistas acadêmicos, mas passou a integrar o discurso do Banco Mundial e do próprio Fundo Monetário Internacional (FMI). 2 Estes organismos inter-nacionais vêm enfatizando a qualidade do gasto público, e não simples-mente o corte do gasto público. Ambos têm se empenhado em introduzir o tema "qualidade do gasto público" na agenda de reforma do Estado de diversos países, entre eles o Brasil. Como as informações sobre os gastos do governo em geral são organizadas com vistas às necessidades da administração financeira (fluxo de caixa do Tesouro Nacional), o governo sempre teve noção de quanto

Custos Sociais

Revista Acadêmica, 2008

Social costs, as those resulting from repair the damage to nature, or assistance to victims of adverse natural phenomena, are caused by human action, and therefore in final circumstances, the man is causing them and is the victim of its own inconsequent actions. It is emphasized in this work some main sources of generating social costs, particularly about the rational and depredatory use of nature and in the agriculture and industry production processes. Exemplifying the social costs sources, it can highlight its origins in accelerating the exploitation of natural resources, specifically the cutting of forests for border agricultural expansion; expansion of large cities, with consequent inappropriate occupation of areas unsuitable for housing, with a steep hillsides or subject to flooding; growing use of polluting products in the agriculture production process and, finally, the atmosphere pollution by industrial emissions. Social costs are almost always paid by the state and therefore by the taxpayers. It is suggested as an alternative to that reality the adoption of "user-payer" concept, or include in the products price the social costs generated by them. In our perception this proposition does not reduce the pollution produced by them in the short term, but would help to generate change in population consumption habits, who could choose products produced with in better environmental conditions.