Etnoturismo Indígena Karajá-Xambioá (original) (raw)

Etnoastronomia indígena do povo Karajá Xambioá

2021

A astronomia desenvolveu papel importante em muitas civilizações. Auxiliou no plantio, na navegação, na mitologia, na criação de calendários etc. Diferentes culturas se relacionavam com o céu de diferentes formas e assim são diversas as maneiras de interpretá-lo, classificá-lo e nomeá-lo. Este trabalho tem como temática a Etnoastronomia, e o objetivo é estudar os saberes astronômicos do povo indígena Karajá Xambioá. Neste relato percebemos de que forma os astros celestes estão presentes na cultura do povo Karajá. Entendemos a importância de se conhecer e divulgar a astronomia indígena brasileira, contribuindo para a popularização da astronomia e na valorização da diversidade e dos saberes indígenas

Educação Etnomatemática Nas Escolas Indígenas Karajá De Xambioá

Revista Temas em Educação, 2018

Este trabalho apresenta uma investigação realizada com a comunidade indígena Karajá Xambioá, localizada no município de Santa Fé do Araguaia - TO. Para a coleta dos dados, empregou-se a metodologia etnográfica. Por meio de entrevistas e de observação, diretamente na comunidade, investigou-se o que os indígenas compreendem como educação escolar indígena diferenciada, na perspectiva do ensino intercultural, considerando os aspectos socioculturais dessa comunidade. O objetivo foi o de fazer um estudo investigativo da realidade educacional das escolas indígenas localizadas no território Karajá Xambioá. Foram analisados, entre outros aspectos, a necessidade premente dos professores e da comunidade de desenvolverem, nas escolas da aldeia, um estudo sobre o processo de ensino e aprendizagem que leve em consideração as matemáticas produzidas em seu contexto cultural e social.Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Educação escolar indígena. Formação de professor indígena.

DOCUMENTAÇÃO DE SABERES INDÍGENAS: povos Karajá Xambioá e Javaé. VOL. 4

Imprensa Universitária, 2017

Dando continuidade à publicação da série “Documentação de Saberes Indígenas”, com os trabalhos extraescolares dos professores indígenas, estudantes do curso de Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás, estes três volumes (4, 5 e 6) são compostos pelos trabalhos dos estudantes que ingressaram no curso no ano de 2009. Este volume 4 é formado por dois textos de estudantes Guarani e Xambioá, respectivamente, e quatro textos de estudantes Javaé. No que diz respeito aos dois primeiros textos, um descreve os hábitos alimentares dos Guarani Mbyá que vivem na Terra Indígena Xambioá e o outro, o artesanato produzido por mulheres Xambioá, com enfoque especial na confecção das bonecas de cerâmica (likoko). Ambos os trabalhos estão acompanhados de uma riquíssima documentação fotográfica de oficinas realizadas pelos pesquisadores indígenas e as comunidades, para mostrar a preparação de certos tipos de alimentos e a produção das bonecas de cerâmica pelas mulheres. O trabalho intitulado “Hábitos alimentares do povo Guarani” traz ainda um vocabulário preliminar da língua Guarani Mbyá. Nas palavras do autor, Edvan Guarani: “A ideia de criar este pequeno vocabulário com palavras da língua guarani mbyá relacionadas aos hábitos alimentares do povo Guarani Mbyá que vive na Terra Indígena Xambioá surgiu durante o desenvolvimento das pesquisas para a Atividade Extraescolar e tem como principal objetivo colaborar no fortalecimento do uso dessa língua nas comunidades guarani e também como subsídio para a educação escolar indígena, uma vez que poucas pessoas conhecem a escrita desta língua.” Quanto aos trabalhos de estudantes Javaé, os temas foram escolhidos por eles, em conjunto com a comunidade, de acordo com as demandas deste povo. O primeiro texto descreve o modo de confecção da cerâmica javaé e de armas tradicionais, como arco e flecha. O segundo trata do lugar que ocupa o coco babaçu na cultura javaé, uma vez que a utilização das palhas de coco, por exemplo, vai desde a cobertura de casas até a ornamentação de personagens importantes para festas tradicionais, passando pela produção de artesanatos e brinquedos. Os dois últimos trabalhos descrevem os usos de plantas medicinais no tratamento de doenças entre os Javaé. A documentação de saberes indígenas dos povos representados no curso de Educação Intercultural da UFG tem como objetivos principais fortalecer as culturas e línguas desses povos, bem como dar visibilidade às ciências indígenas. Os textos estão escritos em língua materna e/ou em língua Portuguesa. Como se deu nos três primeiros volumes da série (2016), aqui também os textos em Português guardam, na medida do possível, a escrita original, ou seja, a dos autores indígenas, a fim de que a riqueza das diferentes variedades do Português escrito por falantes de línguas indígenas seja colocada em evidência. Certamente, estes textos serão de grande utilidade nas escolas indígenas, uma vez que a falta de material didático em língua materna e sobre a realidade local destes povos ainda é um problema grave enfrentado por estudantes e professores indígenas. Por fim, a grandeza desta publicação está, sobretudo, no fato de se tratar de uma documentação de saberes feita verdadeiramente pelos próprios autores indígenas, sob o olhar atendo dos anciãos, fontes bibliográficas de todos os trabalhos dos estudantes do curso de Educação Intercultural da UFG. Léia Silva

Cultura Corporal De Indigenas Guarani Kaiowá: Um Relato De Experiência

Anais do I Congresso Brasileiro On-line de Ensino, Pesquisa e Extensão, 2022

Introdução: A cultura corporal indígena constitui um mundo de valores e significados muitas vezes desconhecidos nas sociedades contemporâneas. O contato com a cultura indígena, muitas vezes, é evidenciado por meio de práticas de ensino intercultural e inter-regional. Conhecer a cultura corporal indígena existente nos dias atuais ampliam as possibilidades reflexão sobre o impacto que a ancestralidade do nosso povo tem sobre a nossa cultura. Objetivo: Esse trabalho teve como objetivo analisar a importância das práticas corporais tradicionais nas comunidades indígenas Guarani Kaiowá. Material e métodos: Utilizou-se como metodologia principal a revisão bibliográfica associada a um relato de experiência. Resultados: Aqueles que tem a oportunidade de conhecer os indígenas em suas aldeias, perceberá imediatamente que algumas áreas de sua cultura estão completamente abertas à influência estrangeira, enquanto em outras áreas o apego aos padrões tradicionais é extremamente forte. As práticas ...

Etno-Desporto Indígena

portal.esporte.gov.br

apResentaçÃo Este livro, que temos a grande satisfação de apresentar, é um dos resultados da 1ª Edição do Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social. Prêmio lançado em 2008 pelo Ministério do Esporte com o objetivo de incentivar, apoiar e valorizar produções científicas, tecnológicas e pedagógicas que apresentem contribuições e subsídios para a qualificação e inovação de políticas públicas de esporte e lazer de inclusão social por meio de seleção, premiação e difusão de trabalhos; e contribuir com o reconhecimento da participação deste ministério, na agenda da Ciência e Tecnologia Brasileira.

Etnoentomologia Kaiowá na Terra Indígena Panambizinho: memória e conservação da diversidade biocultural

Espaço Ameríndio, 2023

Resumo: O presente artigo é resultado de uma pesquisa colaborativa entre um pesquisador Kaiowá, pesquisadoras/es não-indígenas e anciãs/anciões do povo Kaiowá da Terra Indígena Panambizinho, cujo principal objetivo foi o registro, a análise e a qualificação de narrativas no âmbito da etnoentomologia. Para além da importância no que tange a sociobiodiversidade, os conhecimentos tradicionais sobre os vixo’i (insetos) apresentados nesse estudo tematizam aspectos biológicos, ecológicos, territoriais, cosmológicos e políticos deste povo, que há séculos resiste contra a expropriação, a derrubada da floresta, antes existente, e a consequente tentativa de apagamento de suas memórias bioculturais. Uma escuta atenta para as histórias a respeito dos insetos revela uma estreita conexão entre os saberes ecológicos, cosmológicos, as práticas de manejo e as experiências sensoriais neste território tradicional, onde se articulam uma série de relações e agenciamento entre os diversos seres que coabitam o que antes era a Mata Atlântica, no sul do estado de Mato Grosso do Sul