A ética da mudança: moral anarquista na Primeira República (original) (raw)
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O movimento anarquista no Brasil durante a Primeira República
2015
Anais das IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos: Lutas, Experiências e Debates na América Latina - ISBN 978-950-793-223-6 - Orgs. Paulo Renato da Silva ; Mario Ayala ; Fabricio Pereira da Silva ; Fernando José MartinsEste artigo buscou investigar e compreender as contribuições políticas do movimento anarquista no início do século XX, analisar o porquê dessas contribuições serem relegadas às mar- gens da história. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, cuja mesma aponta para fatores combinados como responsáveis por quase obliterar da memória historiográfica o movi- mento anarquista no BrasilPPG – IELA – UNIL
A educação anarquista na república velha
2005
Durante a Republica Velha (1889-1930), os libertarios brasileiros promoveram varias experiencias educacionais, muitas delas inovadoras. O discurso que valorizava a educacao como forma de emancipacao nao estava, em nenhum momento, desvinculado de uma pratica revolucionaria. Os anarquistas brasileiros mantiveram contato frequente com os seus colegas acratas da Europa. Os livros e as praticas dos mais fecundos pensadores da pedagogia libertaria, destacando-se o educador catalao Ferrer, eram acompanhados e adaptados pelos militantes daqui. Palavras-chave: Republica Velha (1889-1930), anarquistas brasileiros, educacao.
Revista Estudos Libertários, 2023
Este artigo tem como objetivo analisar a construção e a atuação de algumas organizações especificamente políticas anarquistas, ou com influência anarquista e libertária, no período da Primeira República do Brasil, como a Alliança Anarquista de São Paulo, a Aliança Anarquista do Rio de Janeiro, o Partido Anarquista Comunista do Brasil, o Centro Feminino Jovens Idealistas e a Liga Communista Feminista. Recusando interpretações historiográficas que negaram os esforços de organização anarquista, ou apenas enxergaram suas empreitadas no nível social e cultural (sindicalismo, teatros operários, escolas racionalistas etc), temos a hipótese que militantes anarquistas no Brasil também se esforçaram para construir uma cultura política libertária na qual o dualismo organizacional (tanto no nível social e político) fosse consolidado.
Clube da Luta: princípios anarquistas na obra de Chuck Palahniuk
2018
O trabalho que você lerá agora tem como objeto de análise o livro Clube da Luta do autor norte-americano Chuck Palahniuk, a partir da leitura desse livro a proposta é observar dentro da obra características de um movimento social, o anarquismo. Depois de defini-lo sob duas abordagens sendo a primeira tradicional e a segunda ontológica, partimos para descrição da obra propriamente dita, definindo o que seria o clube da luta como uma coletividade, para então ao fim traçarmos pontos convergentes entre as características do clube com o anarquismo. Para melhor compreensão, trabalhamos em três capítulos, sendo cada um deles sobre cada elemento do trabalho, primeiro o anarquismo, no segundo capítulo o clube e no terceiro os princípios do anarquismo no clube.
Vestígios históricos da educação anarquista no Brasil
2021
In this article, we try to detect the nuances of action and libertarian thought, observing the anarchist principles, among which internationalism. To this end, the historical paths taken by the Brazilian labor movement are surveyed, thus detecting, as well as some of its landmarks, the First Brazilian Congress, of 1906, the intentions to implement workers' schools, free or rational, in general, since the end the 19th century and, in particular, the beginning of the 20th century. We also bring the historical context of the emergence of the Modern School nº 1, created by anarchists as a model and headed by João Penteado, an anarchist professor from the interior of São Paulo. The libertarian pedagogy, which had its roots in european socialism and anarchism, had political and cultural impacts and its historical development counted on the militancy of Brazilians and the presence of immigrants living in the country.
Anais do Encontro Internacional e XVIII Encontro de História da Anpuh-rio: História e Parcerias. Rio de Janeiro: Anpuh-Rio, 2018
O objetivo deste trabalho é discutir as formas de circulação, recepção e ressignificação das ideias anarquistas em espaços de sociabilidade da região central do Rio de Janeiro entre finais do século XIX e as primeiras décadas do XX, apresentando principalmente dúvidas e interrogações sobre o tema, e propondo, com isso, uma reflexão que busca compreender o papel destes espaços na construção, lenta e gradual, de uma cultura política libertária entre os trabalhadores na cidade.
A partir de um balanço bibliográfico crítico sobre as abordagens e interpretações que visaram o movimento anarquista na Primeira República, este artigo busca analisar como a esfera política foi e está sendo tratada pela historiografia, nesse recorte particular. Ressaltamos que, embora os estudos que introduziram o culturalismo para compreender a classe trabalhadora tenham enfraquecido o enfoque político desses na visão de alguns autores, os debates entre as linhas ou vertentes historiográficas diferentes, podem ser benéficos, inclusive para a História Social, no intuito de reintroduzir a análise que busca compreender tal esfera. Outra preocupação também busca compreender como as visões políticas dos autores, moldadas pelo tempo e por escolhas, afetaram suas conclusões. Nesse último intuito, nossa contribuição visa evidenciar a historiografia como objeto de análise, passível de ser desconstruída, inclusive para o refinamento das percepções futuras sobre o tema.
A singularidade histórica do anarquismo em Portugal
RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo
Por particularidades subjacentes à história singular de Portugal, pode-se afirmar que a plasticidade social do anarquismo em Portugal foi, particularmente, evidente no período de finais do final do século XIX até ao início da década de 1920. Os fatores básicos que estão na origem desse potencial residem num movimento social operário reivindicativo e revolucionário assente no anarco-sindicalismo. Com a revolução russa de 1917 e o golpe militar de 1926 traduzido, mais tarde, na ditadura salazarista em 1933, pode-se dizer que a pujança . demonstrada pela CGT (Confederação Geral do Trabalho) anarco-sindicalista se sindicalista revolucionária soçobra na prisão e na clandestinidade. Por outro lado, é necessário ter presente que a validade heurística da revolução russa transformou muitos desses militantes anarco-sindicalistas em arautos da constituição de Partidos Comunistas nos seus países obedecendo aos imperativos das 21 condições da Internacional Comunista sedeada em Moscovo. Subm...