Masculinidade em tempos de pandemia: onde o poder encolhe, a violência se instala (original) (raw)
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Masculinidades e Saúde em tempos de pandemia
Anais do IX Encontro da Saúde do IFRJ/Campus Realengo, 2022
Esse texto visa a articular nosso tema de pesquisa e extensão sobre masculinidades subalternas no Rio de Janeiro ao tema do aumento da vulnerabilidade da saúde masculina durante a epidemia de Covid-19. Tentaremos resumir brevemente nossa pesquisa atentando para os elementos da mesma que confirmam o aumento da vulnerabilidade social das masculinidades subalternizadas durante a pandemia de Covid-19 no Brasil. A articulação das seguintes temáticas nos pareceu fundamental: 1) o aumento do subemprego e do desemprego dentre essas masculinidades como consequência do incremento das políticas de austeridade impetradas pelo governo federal; 2) o aumento da vulnerabilidade em termos de saúde física e mental devido ao paulatino desmantelamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos serviços de saúde pública em geral; 3) a manutenção de uma política de segurança calcada na extrema violência policial (em nome da “guerra às drogas” e não aliciamento de menores) que atinge fundamentalmente os territórios habitados pelo lumpemproletariado, sobretudo jovens negros do sexo masculino entre 12 e 18 anos. Salientamos que o objetivo do resumo não é tanto explorar cada um desses temas, mas mostrar que é no seu entrecruzamento que a discussão sobre o agravo da vulnerabilidade masculina encontra seu melhor enfoque.
As silhuetas da violência contra mulher em tempos de pandemia
2020
Resumo: A violência contra mulheres não pode ser generalizada pela complexidade e implicações que perpassam fatores econômicos, culturais, psicossociais e de saúde; é preciso contextualizar o tema visando intervenções eficazes para romper com a violência. Dados sobre medidas protetivas de urgência do Juizado da Mulher de Ponta Grossa/PR, de 2014 a 2020, ilustram essa reflexão demonstrando tendência rompida nos meses de março/abril do último ano quando iniciou o isolamento social pela pandemia da COVID-19: a queda nos pedidos de proteção a mulheres em situação de violência não indica redução do problema, mas sugere outras roupagens. Almejando refletir sobre o assunto, pesquisa bibliográfica, de campo e documental retratam, neste artigo, a violência contra mulheres na ótica dos direitos humanos; resgatam análises preliminares sobre o novo coronavírus e as consequências às mulheres em situação de violência; e expõem o trabalho do Judiciário nesses casos na pandemia, salientando a necessidade da atuação ainda mais fortalecida entre as Políticas Públicas diante do problema.
VEJA (português), 2018
Os homens têm um fraco por guerras; isso é fato. Mas daí a acreditar que a violência, inclusive a sexual, é parte da sua natureza há uma longa distância Por Matthew Gutmann access_time23 nov 2018, 07h00 "O MACHO DEMONÍACO" -Os homens são propensos à violência sexual? (na foto, O Minotauro, de Pedro Requejo) (Museu El Escorial, Madrid/.) Homens fazem guerras. De fato. Aristófanes sabia como pará-las, como escreveu em Lisístrata: bastava que as mulheres passassem a negar sexo a eles. Spike Lee também, como mostrou no filme Chi-Raq, em que mulheres negavam sexo aos homens. Susan Sontag, parafraseando Virginia Woolf, provocou: a guerra é um jogo de homens e a máquina de matar tem gênero, o masculino. Os homens não apenas fazem a guerra, mas, em sua maioria, parecem gostar dela. Há quanto tempo essa verdade incontestável domina o pensamento bélico? VEJA (Brasil), 23 novembro 2018
Violências sobrepostas na pandemia: O machismo que mata, as agendas e os enfrentamentos no Brasil
Inovação e gênero: Em busca de um mundo inclusivo, 2021
Nos diversos campos de atuação – político, social, econômico e jurídico – a questão de gênero tem sido tratada e traz contribuições nas vivências e nas experiências de organizações governamentais e não-governamentais, destacadas nas agendas acadêmicas e na elaboração de políticas públicas. No entanto, no que se convencionou chamar de terceira onda do feminismo, uma das principais abordagens e enfoques nos últimos anos foi o silêncio frente às “bandeiras desfraldadas”, práxis e ações de promoção e proteção dos e para Direitos Humanos. A violência contra mulheres, especialmente a doméstica e que chega à letalidade, ocupa espaços na mídia, ganha projetos e programas governamentais, mas ainda se mostra como uma agenda de lutas. O objetivo deste texto é enveredar por questões relativas ao debate da violência de gênero em Tempo Presente, especificamente o assassinato de mulheres através de revisão de literatura e uso de dados governamentais para a Bahia nos últimos cinco anos.
Violência contra a mulher em tempos de pandemia
Violência contra a mulher em tempos de pandemia, 2024
Compêndio de estudos sobre a violência contra a mulher em tempos da pandemia da COVID-19, tratando todas as nuances do tema de maneira crítica e com abordagem original.
Masculinidades Violentas: Legitimação e Normatividade
Desafios e Soluções da Sociologia, 2019
Revisão: Os Autores O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Conselho Editorial Ciências Humanas e Sociais Aplicadas APRESENTAÇÃO O livro "Desafios e Soluções da Sociologia" foi dividido em 2 Volumes, totalizando 42 artigos de pesquisadores de diversas instituições de ensino superior do Brasil. O objetivo da organização deste livro foi o de reunir pesquisas voltadas aos desafios atuais da Sociologia, assim como apresentar possíveis soluções para estes desafios. O Volume 1 foi dividido em duas partes denominadas "Desafios da Sociologia". Na Parte 1, são 11 artigos que discutem questões como a representação feminina e masculina, política LGBT, assédio moral e violência familiar. E na Parte 2, são 9 artigos que apresentam desafios à Sociologia por meio de discussões de temas como abuso sexual, masculinidades e racismo. No Volume 2, os artigos foram agrupados em torno de duas partes denominadas "Soluções da Sociologia". Na Parte 1, são 13 artigos e as temáticas giram em torno da economia criativa, cidadania, meio ambiente, educação, tecnologia e literatura. E na Parte 2, os 9 artigos discutem temas como autoajuda, quilombo, identidade cultural e valorização profissional. Entregamos ao leitor o Volume 1 do livro "Desafios e Soluções da Sociologia", e a intenção é divulgar o conhecimento científico e cooperar com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Assédio sexual: O poder do macho dentro da universidade
2018
Na presente pesquisa buscou-se analisar os aspectos da experiencia do assedio sexual vivenciadas por alunas dentro da universidade durante suas graduacoes, tomando como base a questao da relacao de poder da hierarquia de genero socialmente construida. Com isto, constatou-se que, em todos os casos, as entrevistadas sofreram algum tipo de assedio sexual dentro da universidade e que esta acao nao partiu apenas de seus colegas, mas tambem de seus professores, indicando forte presenca dessa hierarquizacao de genero socialmente construida.
A Caixa do Homem: a violência masculina como um dever?
Anuário Unesco/Metodista de Comunicação Regional, 2020
Este artigo tem como objetivo analisar a “Caixa do Homem” e suas consequências com o desnivelamento feminino que pode ter colaborado na masculinidade tóxica oprimindo mulheres, homens e colaborando no aumento do feminicídio.
Homens e violência urbana: Tecnologias de poder nos serviços de emergência de saúde
Revista Periódicus
Tendo em vista a alta mortalidade de homens negros, pobres e jovens no contexto brasileiro, o presente artigo refere-se a homens que acessam os serviços de emergência de saúde por agravos produzidos pela violência urbana. Busca-se investigar teoricamente os dispositivos de poder que operam na produção do cuidado quando políticas de saúde e de segurança pública co-habitam os equipamentos de emergência de saúde, o que leva-nos a analisar como a operacionalização do cuidado pode produzir a própria precariedade de vidas que quando não são dizimadas fisicamente o são socialmente. Para tanto, autores pós-estruturalistas como Michel Foucault, Giorgio Agambem, Loic Wacquant, Didier Fassin e Judith Butler conferem ao processo de pesquisa etnográfica problematizações relacionadas aos mecanismos de criminalização e medicalização que agem sobre determinados corpos masculinos nesse contexto.Palavras-chave: saúde; homens; segurança pública; criminalização; raça.
Violência contra a mulher em tempos de pandemia por covid-19
Research, Society and Development
O presente estudo teve como objetivo descrever informações contidas em produções científicas sobre a violência contra a mulher em tempos de pandemia por covid-19. A metodologia escolhida foi revisão bibliográfica do tipo revisão integrativa da literatura. Para a realização desse estudo, foram consultadas as bases de dados: MEDLINE, LILACS, SCIELO, Repositórios e Google acadêmico. Utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) de forma associada: “Mulher”, “Violência”, “pandemia” e “Isolamento Social”. Após a aplicação dos critérios de inclusão, restaram 8 estudos. Com os estudos incluídos foram feitas revisões críticas e corroborativas sobre cada um deles. Diante do exposto é possível pensar na crise iniciada pela pandemia, da ordem social, econômica e sanitária e as medidas emergenciais essenciais adotadas, mas também de separação dos recursos que podem ajudar na quebra do ciclo da violência que houve aumento a vulnerabilidade das mulheres.