Reinel, Jorge - Dicionário (original) (raw)
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Pedro e Jorge Reinel (at.1504-60)
Terra Brasilis, 2015
Na 1ª fase da expansão marítima pelo Oceano, os navegadores portugueses descobriram, mediram e cartografaram as Ilhas Atlânticas e a costa ocidental africana para sul de Marrocos. Em 1460, o ano da morte de seu principal instigador Infante D. Henrique, eles atingiam a embocadura da Serra Leoa (Sierra Leone)-"um dos lugares mais agradáveis do mundo para se viver", na opinião do geógrafo Elysée Reclus (1885)-, onde fundaram numa ilha à entrada da floresta uma feitoria e um forte para o comércio do ouro e produtos do sertão (ou "desertão": o Saara), estabelecendo relações muito cordiais com a população local: as aldeias de negros da etnia Wolof (Jalofos), altos, de feições finas, amigáveis, inteligentes, muito interessados por tudo-concretamente, os Sapés, que os Portugueses julgavam serem "Etíopes", súditos do imperador Preste João das Índias (que seriam exterminados c.1540 pela invasão dos Mendés, tribos vindas do interior, e reduzidos a algumas comunidades nas ilhas Sherbro, completamente desestruturados). Segundo a mitologia Sapé, seus mortos viviam sob o mar, brancos como peixes, e voltariam um dia para visitá-los montados numa grande ave marítima-motivo pelo qual acolheram tão bem os Portugueses e seus navios. 2 Exímios no talhe do marfim-assim como da madeira e pedra-sabão em que esculpiam os ídolos ou imagens de culto dos antepassados que colocavam à entrada de suas casas-, começaram imitando pequenos objetos que os Portugueses traziam nas caravelas: primeiro talheres (colheres de estanho, garfos, cabos de facas); depois saleiros e os chamados "olifantes", ou roncas, trompas de metal que serviam para assinalar a posição dos barcos em dias de nevoeiro; e, por fim, encomendas de peças mais elaboradas,
ADOUM, Jorge - Rumo aos Mistérios (Osíris Vive)
LIVRO
Nesta obra, o leitor terá contato com primorosas linguagens dos temas velados ao conhecimento profano da Antiguidade. Jorge Adoum, mais conhecido como Mago Jefa, apresenta comentários e narrativas em torno das antigas tradições dos povos que viviam na região mediterrânea, especialmente focalizadas pelo ângulo da perspectiva egípcia, a partir da qual as bases de quase toda a cultura judaico-cristã foram alicerçadas.
ADOUM, Jorge - Reviver o Vivido
LIVRO
"E agora, com uma nova obra, Reviver o vivido, sob a forma de contos, as duas características constantes não desaparecem, mas confirmam sua posição de homem vivido, cujos projetos conhecem a terra de todas as margens de rios; e sua posição de homem que, após uma experiência vivida pessoalmente, coloca-a em palavras para ser assimilada por outro. Desta vez ele procurou o relato curto e variado. Esta variação obedece também ao desejo de satisfazer a todos que o lerem. Não é senão a aplicação, em um só volume, daquilo que demonstrou através de toda a sua obra. São contos que, às vezes, numa referência ao autor Ricardo Ariel, encontram sua explicação na poderosa imaginação oriental". (...) . Nesta obra, encontramos a mais serena e profunda meditação sobre o homem, vista sob diversos ângulos. Essa compreensão do destino humano, da obra que é chamado a realizar, esse conhecimento que já havia evidenciado em todas as suas obras, nada é esquecido por Jorge E. Adoum, nem mesmo no relato que, às vezes, e muito equivocadamente, dá-nos a sensação de descanso ou de abandono. (...) . Esta nova obra, que segue o mesmo caminho rumo à luz, tem o valor de nos ensinar o conteúdo da humanidade que não descobrimos nos Evangelhos. Talvez seja porque vimos mais de perto a utilização que se fazia deles. Talvez porque aqueles que deviam nos ensinar negassem com as mãos o que diziam com os lábios. Ou talvez porque nos parecesse afetado. Ou porque o fosse demasiado divino... Sem nenhuma pretensão, e quem sabe ignorando-os, esta obra os tornou humanos. Tão humanos que o compreendemos e sentimos. . (Trechos retirados do prólogo)
Bayle, P. "Esclarecimento sobre os Pirrônicos -Dicionário Histórico e Crítico"
Que o que foi dito do pirronismo neste Dicionário não pode prejudicar a religião I. Estabeleço, primeiramente, como a base deste terceiro esclarecimento, esta máxima certa e incontestável: que o cristianismo é de uma ordem sobrenatural e que seu elemento fundamental é a autoridade suprema de Deus propondo-nos mistérios não a fim de que os compreendamos, mas a fim de que creiamos neles com toda a humildade que se deve ao ser infinito, que não pode nem enganar nem ser enganado.
This article presents the project of the Nietzsche-Wörterbuch (NWB), a long-term, multi-volume reference work on Nietzsches (use of) language. The article offers some background on the project, focusing on its motivation in the need for a Nietzsche dictionary. It explains the working principles and method, as well as the structure of the lemmata. In the last section, an example of the results of the dictionary work is given, focused the concept of Größe and its relation to Nietzsche's project of Umwertuung.
ADOUM, Jorge - A magia do verbo ou o poder das letras
LIVRO
"Mediante um acordo entre a vontade, a respiração e a pronúncia do Verbo, o homem conquista, progressivamente, as etapas de superação interior e, proporcionalmente, o equilíbrio psicofísico. Os grandes Mestres da Antiguidade não desconheciam o valor desse recurso e, em toda circunstância propícia, transmitiram essas práticas proveitosas a todos 03 que pretendem encará-las com capacidade, dedicação e convicção. . A doutrina aqui exposta pelo Dr. Jorge Adoum é mais do que significativa, e sua aceitação par parte do leitor desapaixonado estará condicionada à análise de uma substância e não ao eco de uma simples presunção. Aliás, a literatura esotérica em geral impõe a reflexão severa, o avanço cauteloso e o conselho atinado de \"quem sabe\". Consciente do valor desses preceitos, o autor se propõe a expor de maneira, concisa, ordenada e simples o núcleo de uma doutrina tradicional que, nascida no Oriente, foi assimilada em quase todo o mundo, com maiores ou menores variantes".
Dicionário do Insólito Ficcional Tolkien
Cristina Casagrande, 2020
Considerado o grande expoente da literatura de fantasia moderna, John Ronald Reuel Tolkien nasceu em 1892, na cidade de Bloemfontein, atualmente em território sulafricano. Na época, a cidade era capital do Estado Livre de Orange, hoje extinto, fundado por descendentes calvinistas holandeses, alemães e dinamarqueses chamados bôeres. Por se mudar para a Inglaterra ainda bem pequeno, aos três anos, perdeu sua nacionalidade de acordo com leis próprias do Estado Livre de Orange, tornando-se cidadão inglês, como eram seus pais e demais familiares. Seu pai, Arthur Tolkien, mudou-se para Bloemfontein com a família para trabalhar como bancário no Bank of Africa, mas Ronald e seu irmão Hilary, dois anos mais novo, não se adaptaram ao clima local. Por isso, em 1895, a mãe deles, Mabel Tolkien, decidiu voltar com as crianças para a Inglaterra. Arthur Tolkien permaneceu devido ao trabalho, mas o plano era também partir mais tarde. Contudo, logo depois, em 1896, faleceu de febre reumática em Bloemfontein antes de reencontrar a família. Da mãe, Ronald herdou não só a aparência, mas o apreço pelas línguas e pela literatura, além de uma profunda religiosidade. Quando ele tinha oito anos, Mabel foi recebida na Igreja Católica, a contragosto de seus parentes, todos protestantes, de distintas igrejas luteranas e a anglicana. Sem o apoio da família, Mabel foi acolhida no Oratório de Birmigham, onde conheceu o padre Francis Morgan, que fora pupilo do Cardeal John Henry Newman, nome importante na história da Igreja da Inglaterra e na formação do pensamento de Tolkien no que diz respeito à religiosidade.