Sobre uma lâmpada tradicional da ilha do Pico (Açores) (original) (raw)
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A luminária popular da ilha Graciosa
1986
Prosseguindo o estudo sistemático das candeias de azeite açorianas, um dos utensílios indispensáveis no equipamento doméstico da antiga casa rural insular, é altura de nos debruçarmos sobre as lâmpadas da ilha Graciosa. De 1984 a 1986, tive a oportunidade de efectuar algumas estadias na illha Branca, que me proporcionaram um inesquecível convívio com os seus habitantes, e durante as quais me pude aperceber de quanto era urgente incluir também esta ilha nos programas de investigação do Centro de Estudos Etnológicos da Universidade dos Açores. Os vários projectos então iniciados revelaram aspectos inéditos e até surpreendentes do rico património tradicional da Região e, graças ao apoio incansável e desinteressado de tantos graciosenses, é possível divulgar agora os primeiros resultados do trabalho realizado.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Acerca de um suporte de lareira do povoado pré-histórico de Leceia (Oeiras)
Publicámos recentemente (CARDOSO & FERREIRA, 1990) um estudo sobre três artefactos cerâmicos, usualmente designados por "ídolos de cornos", provenientes do povoado pré-histórico da Penha Verde (Sintra). Defendemos então, tanto pela morfologia, como pelas marcas de combustão que ostentavam à superfície, e ainda por provirem de área habitada - como todos os outros conhecidos - finalidade doméstica, relacionada com o uso do fogo. Tal interpretação tinha sido já defendida por outros antes de nós (PAÇO & ARTHUR, 1954; SAVORY, 1970), por vezes em alternativa à hipótese, mais difundida, de "ídolos de cornos" (KALB & HOCH, 1981/82; SCHUBART, 1985). A recolha de um objecto integrável em um novo tipo destes artefactos, na campanha de escavações realizada em 1990 no povoado pré-histórico de Leceia Oeiras), bem como argumentos aduzidos ulteriormente a desfavor dos nossos, embora ignorando-os aparentemente (GONÇALVES, 1991), justificaram a apresentação deste estudo.
Notas sobre uma nova lâmina áurea de tiras do Norte de Portugal
Notes about a new golden striated and cut plate from an unknown site of the North of Portugal. One describes the object, documents his parallels and discusses the morphological, technological, functional and contextual aspects of this typical jewellery of the Initial Bronze Age with recognized Atlantic dispersion.
Aldeia e Património o caso da aldeia da luz
Aldeia e Património o caso da aldeia da luz, 2023
O planeamento de uma barragem no rio Guadiana (Alqueva) que servia para melhorar o abastecimento de água no Alentejo implicava uma escolha cuidadosa da sua localização, pois a barragem iria criar um grande lago artificial e, consequentemente, inundar uma grande porção de terras, o que mesmo numa região pouco povoada acabaria por envolver o inevitável alagamento de um povoado denominado Aldeia da Luz. Para minimizar os prejuízos dos habitantes desta aldeia o Estado propôs a transladação mesma para um novo local, tendo a população que abandonar a “velha” aldeia da Luz para se deslocar para uma “nova” aldeia da Luz, construída de raiz propositadamente para este fim. De facto, a transferência da aldeia da Luz foi um dos problemas mais cadentes a nível social, humano e infraestrutural do projeto do Alqueva. Tanto mais que na memória coletiva ainda estava presente a experiência de Vilarinho das Furnas, no Norte de Portugal, uma aldeia que também foi inundada com a construção de uma barragem, mas para cuja população não se construiu nenhuma nova aldeia. Os habitantes da Luz acabaram por ser realojados na nova aldeia no espaço de alguns meses, entre o Verão e o Outono de 2002. O velho lugar foi inundado, o rio desapareceu e a nova aldeia da Luz tem agora um enorme espelho de água em seu redor. As pequenas parcelas de terra em torno da aldeia antiga, aquilo que foi definido como “a unidade agrícola mínima”, foram replicadas por parcelas equivalentes em redor do novo aglomerado, e as propriedades de maior dimensão foram alvo de expropriação, com compensações pecuniárias para os seus donos.
Sobre lampejos em tempos de pandemia
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Sobre lampejos em tempos de pandemia discute a cultura e as políticas públicas no contexto da pandemia tomando como estudo de caso o Paço das Artes. O artigo divide-se em três partes. No primero, fazemos um breve arrazoado da área cultural no Brasil. Na segunda e terceira, apresentamos a programação virtual do Paço das Artes desenvolvida dentro do contexto da crise da cultura potencializada pela pandemia da COVID 19.