Análise do mecanismo de ação da molécula argentilactona em Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii (original) (raw)
Gostaria de agradecer à UFRGS e a todos os professores pelo apoio e ensino de excelência; Em especial à minha orientadora professora Marilene Henning Vainstein, pelo apoio, incentivo, confiança e principalmente pela oportunidade. E à minha co-orientadora por todo o tempo dedicado a este trabalho, pelos conselhos, ensinamentos, pela amizade e também pela oportunidade. Ao professor Charley Staats e professora Lívia Kmetzsch pelo auxílio dado sempre que requisitado. Aos meus pais pelo amor, dedicação, conselhos e incentivo pleno para que eu conseguisse concluir esta etapa da vida. Ao meu irmão pela amizade e companheirismo. Aos meus amigos dos laboratórios 220 e do núcleo de biologia teórica e computacional do Centro de Biotecnologia pelo companheirismo, auxílio e amizade. Em especial à Vanessa Barcelos, pelos ensinamentos e ao Renato Corá pelo coleguismo e parceria. Ao Maurício Garcia pelo amor, paciência, companheirismo e amizade de sempre, obrigada por estar ao lado e me dar forças quando precisava. Aos amigos de Terra de Areia, que mesmo distantes fizeram-se presentes em minha vida, obrigada pelas inúmeras risadas, pelo carinho e amizade. Aos colegas da biotecnologia pelo companheirismo ao longo destes anos. Aos parentes que estiveram ao meu lado apoiando e incentivando. Às agências de fomento CAPES e CNPq. v v RESUMO Criptococose é uma doença infecciosa causada pelas leveduras Cryptococcus gattii e Cryptococcus neoformans e é caracterizada por atingir os pulmões e quando infecta o sistema nervoso, causando meningite. Diferencialmente C. neoformans afeta pacientes imunocomprometidos, enquanto C. gattii acomete principalmente indivíduos imunocompetentes. Na busca por novos antifúngicos, as moléculas naturais que possuam proteínas-alvo ausentes em humanos são fortes candidatas. Neste contexto, a molécula natural argentilactona, apresenta grande potencial como novo fármaco, pelo fato de afetar a enzima isocitrato liase. Estudos prévios demonstraram que a ausência da enzima em C. neoformans não alterou sua virulência em murinos, porém não existem relatos sobre a relação da enzima com virulência em C. gattii. Análises in vitro mostraram que baixas concentrações de argentilactona, além de alterar o desenvolvimento da cápsula polissacarídica e morfologia, principalmente para C. gattii, também interferem com o desenvolvimento a 37 ºC de ambas as espécies. Sendo assim, com o intuito de verificar as implicações da molécula na inibição da isocitrato liase de C. neoformans e C. gattii foram realizados testes com diferentes fontes de carbono como glicose e acetato. Em meios de cultivo contendo acetato, foi verificada uma diminuição do desenvolvimento das espécies na presença de argentilactona, com um efeito dose-dependente mais expressivo em C. gattii. Nas análises in silico, foram identificadas diferenças no comportamento estrutural das enzimas, apesar de possuírem alta identidade de sequência. A isocitrato liase de C. neoformans é muito mais compacta, o que pode influenciar em suas funções. Na presença de argentilactona foi observada uma maior estabilidade de ligação e interações mais favoráveis com a enzima de C. gattii, corroborando os resultados obtidos in vitro. Assim, conseguimos identificar neste trabalho uma maior inibição da enzima de C. gattii por argentilactona; entretanto, novos testes in vitro são necessários para analisar melhor o potencial terapêutico desta molécula. vi vi ABSTRACT Cryptococcosis is an infectious disease caused by the yeasts Cryptococcus gattii and Cryptococcus neoformans and is characterized by achieving the lungs and when it infects the nervous system, by meningitis. C. neoformans differentially affects immunocompromised patients, whereas C. gattii affects mainly immunocompetent individuals. In search for novel antifungals, natural molecules that have no target proteins in humans are strong candidates. In this context, the natural molecule argentilactone, has great potential as new drug, because it affects the enzyme isocitrate lyase. Previous studies have demonstrated that the absence of this enzyme in C. neoformans didn't alter virulence in mice, but there are no reports on the viii viii LISTA DE FIGURAS